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Bolsas de NY fecham sem direção com dados nos EUA

Investidores ficaram presos entre uma leitura negativa sobre as encomendas de bens duráveis e balanços corporativos mistos

Wall Street O índice Dow Jones perdeu 43,16 pontos (0,29%) e fechou a 14.676,30 pontos. O Nasdaq ganhou 0,32 ponto (0,01%), fechando a 3.269,65 pontos (John Moore/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 19h49.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam sem direção comum nesta quarta-feira, após uma sessão volátil na qual os investidores ficaram presos entre uma leitura negativa sobre as encomendas de bens duráveis e balanços corporativos mistos.

O índice Dow Jones perdeu 43,16 pontos (0,29%) e fechou a 14.676,30 pontos. O Nasdaq ganhou 0,32 ponto (0,01%), fechando a 3.269,65 pontos. O S&P 500 teve alta de 0,01 ponto (0,00%), encerrando a sessão a 1.578,79 pontos.

Os indicadores divulgados nos EUA não foram positivos nesta quarta-feira. As encomendas de bens duráveis caíram 5,7% em março ante fevereiro, para um valor sazonalmente ajustado de US$ 216,28 bilhões, segundo afirmou o Departamento do Comércio. Analistas consultados pela Dow Jones tinham previsto uma queda bem menor, de 2,9%.

Na Europa, o instituto Ifo divulgou que o índice de confiança das empresas da Alemanha caiu para 104,4 em abril, de 106,7 em março. O resultado ficou abaixo da previsão dos economistas, que esperavam uma leitura de 106,2. Na Itália, as vendas no varejo caíram 0,2% em fevereiro ante janeiro, segundo dados do instituto nacional de estatísticas Istat.

Os dados negativos, entretanto, dão suporte à análise de que o Banco Central Europeu (BCE) será obrigado a agir na próxima reunião. Nesta quarta-feira, o vice-presidente da instituição, Vitor Constâncio, afirmou que a política monetária pode ser ajustada para refletir as quedas nas taxas de inflação.

Enquanto isso, a situação na Itália parece estar se encaminhando para uma resolução do impasse político. Também nesta quarta-feira, o presidente do país, Giorgio Napolitano, deu ao ex-ministro de Assuntos Europeus Enrico Letta o poder para tentar formar um governo.

"É um desafio comprar ações quando os dados econômicos estão claramente ruins. É um lugar desconfortável para se estar. Ninguém está feliz com os fundamentos econômicos", afirma o estrategista-chefe de mercado da ConvergEx, Nicholas Colas. Enquanto isso, no mundo corporativo alguns balanços foram bem recebidos.

"A maioria das companhias está superando as previsões de lucro. Mas isso acontece não porque a receita está crescendo, e sim porque elas encontraram formas de cortar gastos", afirma o estrategista de investimento da unidade de gestão de ativos do US Bank, Favid Heidel.


Entre os componentes do Dow Jones, a Boeing subiu 3,01%, após divulgar que seu lucro teve alta de 20% no primeiro trimestre deste ano, a US$ 1,11 bilhão (US$ 1,44 a ação).

A empresa também informou que as entregas do modelo 787 Dreamliner devem ser retomadas em maio, após problemas com a bateria, que obrigaram as companhias aéreas a suspender temporariamente o uso da aeronave.

A Procter & Gamble divulgou que seu lucro cresceu 6,4%, para US$ 2,57 bilhões (US$ 0,88 por ação), enquanto a receita avançou 2%, para US$ 20,6 bilhões. As ações da companhia tiveram desvalorização de 5,88%. Já os papéis da AT&T caíram 5,03%, depois da empresa de telefonia informar na noite de ontem que seu lucro ficou em US$ 3,7 bilhões (US$ 0,67 por ação).

A Apple, que também liberou seus resultados do primeiro trimestre ontem, perdeu 0,16% hoje. O lucro melhor que o esperado não conseguiu dar suporte à ação da empresa, que tem o maior valor de mercado do mundo. Analistas expressaram preocupação com a queda nas margens de lucro e a demora para o lançamento de novos produtos.

A companhia também disse que vai recomprar US$ 60 bilhões em ações até 2015 e aprovou uma alta de 15% no dividendo trimestral, para US$ 3,05 por ação.

A Ford caiu 0,22%, depois de anunciar uma alta de 15% no lucro do primeiro trimestre, que subiu para US$ 1,61 bilhão (US$ 0,40 por ação). A Sprint Nextel, que também divulgou balanço, teve queda de 0,14%.

A companhia teve prejuízo de US$ 643 milhões (-US$ 0,21 por ação), menor do que o rombo de US$ 863 milhões (-US$ 0,29 por ação) registrado no primeiro trimestre do ano passado. A receita cresceu 0,6%, para US$ 8,79 bilhões. As informações são da Dow Jones.

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Nova York - As bolsas de Nova York fecharam sem direção comum nesta quarta-feira, após uma sessão volátil na qual os investidores ficaram presos entre uma leitura negativa sobre as encomendas de bens duráveis e balanços corporativos mistos.

O índice Dow Jones perdeu 43,16 pontos (0,29%) e fechou a 14.676,30 pontos. O Nasdaq ganhou 0,32 ponto (0,01%), fechando a 3.269,65 pontos. O S&P 500 teve alta de 0,01 ponto (0,00%), encerrando a sessão a 1.578,79 pontos.

Os indicadores divulgados nos EUA não foram positivos nesta quarta-feira. As encomendas de bens duráveis caíram 5,7% em março ante fevereiro, para um valor sazonalmente ajustado de US$ 216,28 bilhões, segundo afirmou o Departamento do Comércio. Analistas consultados pela Dow Jones tinham previsto uma queda bem menor, de 2,9%.

Na Europa, o instituto Ifo divulgou que o índice de confiança das empresas da Alemanha caiu para 104,4 em abril, de 106,7 em março. O resultado ficou abaixo da previsão dos economistas, que esperavam uma leitura de 106,2. Na Itália, as vendas no varejo caíram 0,2% em fevereiro ante janeiro, segundo dados do instituto nacional de estatísticas Istat.

Os dados negativos, entretanto, dão suporte à análise de que o Banco Central Europeu (BCE) será obrigado a agir na próxima reunião. Nesta quarta-feira, o vice-presidente da instituição, Vitor Constâncio, afirmou que a política monetária pode ser ajustada para refletir as quedas nas taxas de inflação.

Enquanto isso, a situação na Itália parece estar se encaminhando para uma resolução do impasse político. Também nesta quarta-feira, o presidente do país, Giorgio Napolitano, deu ao ex-ministro de Assuntos Europeus Enrico Letta o poder para tentar formar um governo.

"É um desafio comprar ações quando os dados econômicos estão claramente ruins. É um lugar desconfortável para se estar. Ninguém está feliz com os fundamentos econômicos", afirma o estrategista-chefe de mercado da ConvergEx, Nicholas Colas. Enquanto isso, no mundo corporativo alguns balanços foram bem recebidos.

"A maioria das companhias está superando as previsões de lucro. Mas isso acontece não porque a receita está crescendo, e sim porque elas encontraram formas de cortar gastos", afirma o estrategista de investimento da unidade de gestão de ativos do US Bank, Favid Heidel.


Entre os componentes do Dow Jones, a Boeing subiu 3,01%, após divulgar que seu lucro teve alta de 20% no primeiro trimestre deste ano, a US$ 1,11 bilhão (US$ 1,44 a ação).

A empresa também informou que as entregas do modelo 787 Dreamliner devem ser retomadas em maio, após problemas com a bateria, que obrigaram as companhias aéreas a suspender temporariamente o uso da aeronave.

A Procter & Gamble divulgou que seu lucro cresceu 6,4%, para US$ 2,57 bilhões (US$ 0,88 por ação), enquanto a receita avançou 2%, para US$ 20,6 bilhões. As ações da companhia tiveram desvalorização de 5,88%. Já os papéis da AT&T caíram 5,03%, depois da empresa de telefonia informar na noite de ontem que seu lucro ficou em US$ 3,7 bilhões (US$ 0,67 por ação).

A Apple, que também liberou seus resultados do primeiro trimestre ontem, perdeu 0,16% hoje. O lucro melhor que o esperado não conseguiu dar suporte à ação da empresa, que tem o maior valor de mercado do mundo. Analistas expressaram preocupação com a queda nas margens de lucro e a demora para o lançamento de novos produtos.

A companhia também disse que vai recomprar US$ 60 bilhões em ações até 2015 e aprovou uma alta de 15% no dividendo trimestral, para US$ 3,05 por ação.

A Ford caiu 0,22%, depois de anunciar uma alta de 15% no lucro do primeiro trimestre, que subiu para US$ 1,61 bilhão (US$ 0,40 por ação). A Sprint Nextel, que também divulgou balanço, teve queda de 0,14%.

A companhia teve prejuízo de US$ 643 milhões (-US$ 0,21 por ação), menor do que o rombo de US$ 863 milhões (-US$ 0,29 por ação) registrado no primeiro trimestre do ano passado. A receita cresceu 0,6%, para US$ 8,79 bilhões. As informações são da Dow Jones.

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