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Bolsas de NY fecham em alta após acordo de Basileia 3

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, após o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia anunciar regras menos rígidas do que se esperava sobre quanto capital os bancos precisarão reservar para se protegerem de crises - fator que beneficiou particularmente os papéis do setor […]

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2010 às 14h58.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, após o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia anunciar regras menos rígidas do que se esperava sobre quanto capital os bancos precisarão reservar para se protegerem de crises - fator que beneficiou particularmente os papéis do setor financeiro.

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Segundo as novas normas, chamadas de Acordo Basileia 3, os bancos deverão manter um nível de capitalização - medido pela soma do valor de suas ações ordinárias com reservas em dinheiro - equivalente a pelo menos 4,5% de seus ativos; a exigência atual é de apenas 2%. Também será exigido um colchão de conservação de capital equivalente a 2,5% dos ativos; caso o nível de capital de um banco caia abaixo desse porcentual, ele poderá se ver diante de restrições para o pagamento de dividendos a seus acionistas ou de bônus para seus executivos.

A implementação das regras deverá ocorrer a partir de janeiro de 2013 e será gradual. Entre janeiro de 2013 e janeiro de 2015, os bancos precisarão implementar a parte referente às reservas de capital; o colchão de conservação de capital deverá ser implementado entre janeiro de 2016 e janeiro de 2019.

"O prazo de oito anos oferece bastante tempo para que os bancos se organizem e fortaleçam seu capital", disse Wasif Latif, vice-presidente de investimentos em ações da USAA Investment Management. "Levando em consideração os obstáculos que os bancos estão enfrentando, isso provavelmente é algo bom".

As ações de empresas ligadas ao segmento de matérias-primas também fecharam em alta, reagindo a uma bateria de indicadores positivos da China. Segundo o governo do país, a produção industrial cresceu 13,9% em agosto na comparação com igual período do ano passado, enquanto as vendas no varejo subiram 18,4%. Nos dois casos, a expansão superou a estimativa de analistas.

O índice Dow Jones subiu 81,36 pontos, ou 0,78%, para 10.544,13 pontos, puxado pelo bom desempenho de componentes como JPMorgan (+3,50%), Alcoa (+3,04%), Bank of America (+2,95%) e também da Microsoft, cujo papel teve ganho de 5,12% diante da notícia divulgada pela Bloomberg de que a companhia pretende vender bônus para pagar dividendos e financiar uma recompra de ações. A Hewlett-Packard, que também faz parte do índice, fechou em alta de 0,16% após anunciar que fechou um acordo para adquirir a fabricante de softwares de segurança ArcSight por cerca de US$ 1,5 bilhão.

No mês, o Dow Jones acumula alta de 5,29%, seu melhor desempenho para o início de um mês de setembro desde 1939. Entre os demais índices, o Nasdaq ganhou 43,23 pontos, ou 1,93%, para 2.285,71 pontos. O S&P 500 avançou 12,35 pontos, ou 1,11%, para 1.121,90 pontos.

Alguns analistas afirmaram que o avanço das bolsas deve ser recebido com cautela. "Falamos o ano todo sobre estarmos num mercado preso a um intervalo e não há nada que nos faça acreditar que saímos desse padrão", disse J.J. Kinahan, estrategista-chefe de derivativos da TD Ameritrade, acrescentando que o volume de negócios está muito baixo. "Tivemos um tremendo rali nas últimas duas semanas, mas não há razão para acreditar que ele será sustentado se olharmos para quanto dinheiro está sendo direcionado aos fundos de bônus." As informações são da Dow Jones.

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