Bolsas de NY devem abrir em baixa com "caos" na Itália
Apesar de ainda pesarem as incertezas sobre o pacote de resgate ao Chipre, a Itália é o país europeu que influencia negativamente os mercado
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2013 às 10h47.
Nova York - Os índices futuros das bolsas norte-americanas sinalizam uma abertura do pregão com perdas nesta quarta-feira. Depois do Chipre, agora também é a vez da Itália e de seu caos político influenciarem negativamente os negócios em Wall Street. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,43%, o Nasdaq recuava 0,44% e o S&P 500 tinha baixa de 0,50%.
Apesar de ainda pesarem as incertezas sobre o pacote de resgate ao Chipre, que deve adotar inéditos controles de capitais para um país da zona do euro, a Itália é o país europeu que influencia negativamente os mercados nesta manhã.
A razão foi o fracasso do líder do Partido Democrático do país, Pier Luigi Bersani, de formar uma aliança de governo. Repercutiu particularmente mal em Wall Street suas declarações desanimadoras. "Apenas uma pessoa insana gostaria de governar este país, que está uma bagunça", disse ele.
O presidente do Goldman Sachs Asset Management, Jim O'Neill, destaca em relatório a clientes que a Itália precisa urgentemente buscar políticas para estimular o crescimento econômico e promover reformar para criar um ambiente mais favorável à expansão do Produto Interno Bruto (PIB).
Nos EUA, a agenda de indicadores desta quarta-feira está praticamente esvaziada, com a maior expectativa ficando para a divulgação, amanhã, da terceira e última revisão do PIB do quarto trimestre de 2012.
Espera-se que haja um ligeiro ajuste para cima ante o crescimento de 0,1% da economia divulgado na segunda revisão. A previsão agora é de expansão de 0,5%, segundo consenso dos economistas.
Na manhã de hoje, saem apenas as vendas pendentes de imóveis referentes a fevereiro e os dados semanais de estoques de petróleo, ambos às 11h30 (de Brasília).
Além de um crescimento um pouco maior do que o anteriormente divulgado no quarto trimestre - inicialmente foi divulgado uma retração no PIB - os analistas esperam aceleração do crescimento neste primeiro trimestre de 2013.
Ontem, o economista chefe do Barclays, Peter Newland, revisou para cima suas projeções de expansão da economia, para 2,6%. O motivo foi o crescimento acima do esperado das encomendas de bens duráveis em fevereiro, de 5,7%, puxado pelos pedidos de construção de novas aeronaves.
Alguns economistas já tinham revisto seus números há alguns dias, após o anúncio do aumento acima do esperado nas vendas do varejo, produção industrial e criação de emprego.
Para falar sobre perspectivas da economia e da política monetária de estímulos do crescimento do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), quatro dirigentes fazem discursos nesta quarta-feira. O mais aguardado é o do presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, que é membro votante nas reuniões e defensor da política de estímulos.
Também deve atrair atenção a entrevista à imprensa de Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, também membro votante e o primeiro dirigente a sugerir a adoção de "gatilhos" como sinalizadores dos movimentos de política monetária do Fed. Rosengren fala às 12h30 e Evans às 15h, ambos pelo horário de Brasília.
No noticiário corporativo, a American Airlines busca nesta quarta-feira aprovação em uma corte de falências para sua fusão com a US Airways, um negócio de US$ 11 bilhões que é visto por analistas do setor aéreo como a última tentativa de manter a AA em operação.
A AA pediu falência no final de 2011. Um segundo passo para a fusão, anunciada em fevereiro, é conseguir aprovação dos órgãos de defesa da concorrência.
Já os papéis da BlackBerry atraem atenção dos investidos um dia antes de a empresa canadense divulgar resultados trimestrais. Com vendas iniciais fracas de seu novo modelo de celular, o Z10, a expectativa é que a companhia tenha prejuízo. No pré-mercado, a ação subia 0,91%, depois de cair forte nos últimos dias.
Nova York - Os índices futuros das bolsas norte-americanas sinalizam uma abertura do pregão com perdas nesta quarta-feira. Depois do Chipre, agora também é a vez da Itália e de seu caos político influenciarem negativamente os negócios em Wall Street. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro perdia 0,43%, o Nasdaq recuava 0,44% e o S&P 500 tinha baixa de 0,50%.
Apesar de ainda pesarem as incertezas sobre o pacote de resgate ao Chipre, que deve adotar inéditos controles de capitais para um país da zona do euro, a Itália é o país europeu que influencia negativamente os mercados nesta manhã.
A razão foi o fracasso do líder do Partido Democrático do país, Pier Luigi Bersani, de formar uma aliança de governo. Repercutiu particularmente mal em Wall Street suas declarações desanimadoras. "Apenas uma pessoa insana gostaria de governar este país, que está uma bagunça", disse ele.
O presidente do Goldman Sachs Asset Management, Jim O'Neill, destaca em relatório a clientes que a Itália precisa urgentemente buscar políticas para estimular o crescimento econômico e promover reformar para criar um ambiente mais favorável à expansão do Produto Interno Bruto (PIB).
Nos EUA, a agenda de indicadores desta quarta-feira está praticamente esvaziada, com a maior expectativa ficando para a divulgação, amanhã, da terceira e última revisão do PIB do quarto trimestre de 2012.
Espera-se que haja um ligeiro ajuste para cima ante o crescimento de 0,1% da economia divulgado na segunda revisão. A previsão agora é de expansão de 0,5%, segundo consenso dos economistas.
Na manhã de hoje, saem apenas as vendas pendentes de imóveis referentes a fevereiro e os dados semanais de estoques de petróleo, ambos às 11h30 (de Brasília).
Além de um crescimento um pouco maior do que o anteriormente divulgado no quarto trimestre - inicialmente foi divulgado uma retração no PIB - os analistas esperam aceleração do crescimento neste primeiro trimestre de 2013.
Ontem, o economista chefe do Barclays, Peter Newland, revisou para cima suas projeções de expansão da economia, para 2,6%. O motivo foi o crescimento acima do esperado das encomendas de bens duráveis em fevereiro, de 5,7%, puxado pelos pedidos de construção de novas aeronaves.
Alguns economistas já tinham revisto seus números há alguns dias, após o anúncio do aumento acima do esperado nas vendas do varejo, produção industrial e criação de emprego.
Para falar sobre perspectivas da economia e da política monetária de estímulos do crescimento do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), quatro dirigentes fazem discursos nesta quarta-feira. O mais aguardado é o do presidente do Fed de Boston, Eric Rosengren, que é membro votante nas reuniões e defensor da política de estímulos.
Também deve atrair atenção a entrevista à imprensa de Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, também membro votante e o primeiro dirigente a sugerir a adoção de "gatilhos" como sinalizadores dos movimentos de política monetária do Fed. Rosengren fala às 12h30 e Evans às 15h, ambos pelo horário de Brasília.
No noticiário corporativo, a American Airlines busca nesta quarta-feira aprovação em uma corte de falências para sua fusão com a US Airways, um negócio de US$ 11 bilhões que é visto por analistas do setor aéreo como a última tentativa de manter a AA em operação.
A AA pediu falência no final de 2011. Um segundo passo para a fusão, anunciada em fevereiro, é conseguir aprovação dos órgãos de defesa da concorrência.
Já os papéis da BlackBerry atraem atenção dos investidos um dia antes de a empresa canadense divulgar resultados trimestrais. Com vendas iniciais fracas de seu novo modelo de celular, o Z10, a expectativa é que a companhia tenha prejuízo. No pré-mercado, a ação subia 0,91%, depois de cair forte nos últimos dias.