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Bolsas de NY abrem perto da estabilidade

Por Luciana Xavier Nova York - As Bolsas de Nova York abriram o dia próximas da estabilidade, mesmo após a divulgação dos dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, anunciados na manhã de hoje pelo Departamento do Trabalho do país. Às 11h51 (horário de Brasília), o índice Dow Jones recuava 0,16%, o […]

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 10h52.

Por Luciana Xavier

Nova York - As Bolsas de Nova York abriram o dia próximas da estabilidade, mesmo após a divulgação dos dados positivos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, anunciados na manhã de hoje pelo Departamento do Trabalho do país. Às 11h51 (horário de Brasília), o índice Dow Jones recuava 0,16%, o Nasdaq caía 0,20% e o S&P 500 registrava estabilidade.

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Após uma semana de agenda pesada, o relatório sobre o mercado de trabalho dos EUA (payroll) foi uma boa notícia, embora o investidor mantenha a cautela, à espera do encontro do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) em Seul, na Coreia do Sul, na próxima semana. Analistas esperavam um aumento de 60 mil empregos nos EUA em outubro, mas foram geradas 151 mil vagas.

Esse foi o primeiro aumento de vagas desde maio, quando começaram as demissões dos empregados temporários contratados para o Censo 2010 nos EUA. O setor privado criou 159 mil vagas em outubro. Apesar dos bons números, a taxa de desemprego se manteve em 9,6% no mês. A resistência da taxa em se afastar dos 10% mostra que o mercado de trabalho norte-americano segue enfraquecido.

A situação para o presidente dos EUA, Barack Obama, cuja popularidade não anda em alta, deve ficar mais difícil agora que os Democratas viraram minoria na Câmara de Representantes e por pouco também não perderam a maioria no Senado nas eleições da última terça-feira. Todo o carregamento de dólares que vem sendo despejado pelo Fed na economia tem se mostrado incapaz de recolocar no mercado os cerca de 15 milhões de desempregados do país, dos quais cerca de 8 milhões perderam o trabalho após o início da crise, em 2008.

Esta semana, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) resolveu continuar com sua política de imprimir dinheiro, promovendo uma segunda rodada de alívio quantitativo, de US$ 600 bilhões. A compra de títulos da dívida de longo prazo será feita até junho de 2011. Hoje, o Japão manteve sua política de juro zero e detalhou o plano de compra de ativos, dizendo que vai adquirir cerca de 3,5 trilhões de ienes em títulos da dívida do governo a partir da próxima semana.

A política de afrouxamento monetário em alguns países avançados, especialmente nos Estados Unidos, tem irritado o resto do mundo. O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse ontem, em Chicago, que a ação do Fed tem "consequências negativas para outros países, que é o caso do Brasil".

Outro crítico do Fed é o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble. Ele disse hoje que a estratégia do Fed está em conflito com os acordos internacionais e pode criar "problemas adicionais para o mundo".

Hoje, a montadora japonesa Toyota informou um lucro líquido de 289 bilhões de ienes (US$ 3,58 bilhões) na primeira metade do seu ano fiscal até setembro e melhorou as projeções para o ano, ainda que espere que o iene se valorize ainda mais nos próximos meses. O resultado dissipou temores de que a montadora teria um balanço ruim por causa dos inúmeros recalls. Já o lucro da rede de cafeterias Starbucks aumentou 86% no trimestre encerrado em 3 de outubro, para US$ 278,9 milhões (US$ 0,37 por ação). O lucro líquido da companhia de alimentos Kraft Foods caiu 8%, para US$ 754 milhões (US$ 0,43 por ação).

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