Bolsas de NY abrem em alta à espera do Fed

Por Luciana Xavier

Nova York - Com uma agenda repleta de eventos e indicadores nos próximos dias, os investidores aproveitaram para garantir ganhos na abertura de hoje das Bolsas de Nova York, mas sem abandonar a cautela. Os destaques da semana, que devem ajudar a sinalizar para onde deve ir a economia do país, são as eleições do Congresso dos Estados Unidos, a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o relatório de empregos (payroll) de outubro. Às 11h31 (horário de Brasília), o índice Dow Jones avançava 0,44%, o Nasdaq subia 0,55% e o S&P 500 registrava alta de 0,52%.

As eleições dos Estados Unidos amanhã devem colocar mais poder nas mãos dos republicanos, dificultando ainda mais o caminho para o presidente Barack Obama. Na quarta-feira, o Fed deve anunciar a segunda rodada de alívio quantitativo, com compras de algumas centenas de bilhões de dólares em títulos da dívida do governo, talvez seu único recurso disponível no momento para tentar ajudar a economia a crescer. Analistas acreditam que o Fed adotará um plano de compra de US$ 500 bilhões ao longo de seis meses.

Economistas do Goldman Sachs, no entanto, acreditam que o banco central norte-americano pode ser bem mais agressivo, comprando cerca de US$ 2 trilhões. Muitos economistas são céticos em relação à eficácia desse instrumento e temem que mais liquidez no mercado só vá piorar o conflito cambial. Aliás, a ação do Fed esta semana deve fazer render mais o tema da guerra das moedas na cúpula dos líderes do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), em Seul, na Coreia do Sul, nos dias 11 e 12 deste mês.

Para fechar a semana, na sexta-feira saem os dados de outubro de emprego nos EUA. A expectativa é de que tenham sido criadas 73 mil vagas de trabalho no mês, após os cortes de 95 mil vagas em setembro. A taxa de desemprego deve continuar rondando os 10%.

Entre os destaques corporativos está a notícia de que a IBM estaria em conversas avançadas para comprar a companhia de aplicativos de segurança Fortinet. Já a Apple resolveu reagir ao processo que a Motorola abriu contra ela, sobre quebra de patente, e entrar com sua própria ação, dizendo que o smartphone da Motorola copia o software touchscreen da Apple.