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Bolsas de Nova York em direções opostas

Nos EUA, o índice Empire State de atividade industrial do Fed de Nova York subiu para 19,53 em fevereiro, de 13,48 em janeiro, superando a estimativa de que ficaria em 15

Bolsa de Nova York, a NYSE (Getty Images)

Bolsa de Nova York, a NYSE (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2012 às 13h02.

Nova York - Era para ser um início de negociação com ações em alta nos Estados Unidos hoje. As bolsas novaiorquinas até sinalizavam isso, enquanto aguardam pela ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), em janeiro, que sai às 17h (de Brasília). Mas o Dow Jones abriu em queda enquanto a Nasdaq subia. Às 13h31, Dow Jones ainda caía 0,18% e Nasdaq subia 0,57%.

A expectativa antes da abertura do pregão era de que a melhora do humor tinha como resultado a posição da China, que se comprometeu a se envolver mais na ajuda à zona do euro que, aliás, dá indícios cada vez maiores de que entrará em recessão. A Grécia, por sua vez, segue num mar de incertezas.

Nos EUA, o índice Empire State de atividade industrial do Fed de Nova York subiu para 19,53 em fevereiro, de 13,48 em janeiro, superando a estimativa de que ficaria em 15. Foi a maior alta em mais de um ano. Mesmo assim, os índices futuros não se mexeram após a divulgação do dado. "A única razão de haver interesse dos mercados pelo índice Empire é que ele é visto como precursor dos movimentos do índice do Fed da Filadélfia, que sai na quinta-feira, e que por sua vez é visto como sinalizador do índice ISM do setor manufatureiro", explica o economista-chefe da consultoria MFR, Joshua Shapiro.

Já a produção industrial nos EUA ficou inalterada em janeiro, informou hoje o Federal Reserve. A expectativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones era de alta de 0,7%. A produção industrial de dezembro foi revisada para alta de 1,0%, de avanço de 0,4% informado anteriormente.

Na zona do euro, a situação está cada vez mais delicada. Por isso mesmo, duas autoridades chinesas manifestaram apoio à zona do euro. Primeiro foi o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, que disse que o país se prepara para ter um maior envolvimento para ajudar a zona do euro a sair da crise. Depois, o presidente do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, disse que o país elevará suas reservas em euro.

Conforme apurou a correspondente Daniela Milanese, o risco de um default desordenado na Grécia aumentou com o cancelamento da reunião de ministro de Finanças do bloco, que era esperada para hoje. O país está tendo dificuldades em cumprir todas as exigências para receber seu resgate financeiro de 130 bilhões de euros e, ainda que não seja um caso perdido, está cada vez mais difícil o salvamento do país.

Difícil também está para a zona do euro conseguir crescer em meio a um cenário tão adverso. A economia do bloco encolheu 0,3% no último trimestre de 2011 ante o terceiro trimestre, a primeira contração trimestral desde 2009. Na comparação anual, houve crescimento de 0,7%. Cinco economias do bloco já estão em recessão técnica, ou seja, de pelo menos dois trimestres seguidos de contração econômica: Holanda, Itália, Portugal, Grécia e Bélgica.

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