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Bolsas de Nova York abrem em direções divergentes

Por Luciana Xavier Nova York - As Bolsas norte-americanas abriram sem direção definida nesta quinta-feira. Após a divulgação dos indicadores domésticos de inflação ao produtor, pedidos de auxílio-desemprego e balança comercial, que vieram todos acima das estimativas, os mercados esboçaram pouca reação. Nos mercados globais, um dos destaques é Cingapura, que apertou sua política monetária […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 07h39.

Por Luciana Xavier

Nova York - As Bolsas norte-americanas abriram sem direção definida nesta quinta-feira. Após a divulgação dos indicadores domésticos de inflação ao produtor, pedidos de auxílio-desemprego e balança comercial, que vieram todos acima das estimativas, os mercados esboçaram pouca reação.

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Nos mercados globais, um dos destaques é Cingapura, que apertou sua política monetária por meio da ampliação da banda cambial, visando fortalecer sua moeda e enfraquecer a inflação. No front corporativo circulam notícias de que o Yahoo! pode receber uma oferta de compra.

Às 10h37 (de Brasília), o Dow Jones perdia 0,20% aos 11.073,91 pontos, o Nasdaq registrava queda de 0,20% para 2.433,84% pontos e o S&P 500 cedia 0,34% aos1.174,21 pontos.

O retrato de hoje da economia norte-americana mostra que a inflação ao produtor subiu 0,4% em setembro ante agosto, acima da previsão de alta de 0,1%. O núcleo do PPI subiu como esperado, em 0,1%.

Já o déficit comercial do país avançou para US$ 46,35 bilhões em agosto, acima da previsão de déficit de US$ 43,4 bilhões, sendo que o déficit com a China subiu para US$ 28 bilhões, após importação recorde. Esses números relativos ao comércio com a China chegam num momento sensível da relação entre os dois países, que lideram a guerra cambial, e deve colocar mais pressão sobre a questão do fraco yuan.

Até a reunião do G-20, em Seul, nos dias 11 e 12 de novembro, deve continuar valendo a lei do "salve-se quem puder", com cada país tentando defender seu câmbio e garantir a retomada de sua economia.

Valendo-se disso, é provável que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) compre mais títulos da dívida de longo prazo na reunião do dia 3 de novembro, dando sequência ao ciclo de afrouxamento quantitativo, enquanto no Brasil a Fazenda deixou em aberto a possibilidade de anunciar novas medidas para conter a valorização do real.

Uma das razões para o Fed seguir injetando dólares na economia é o grande número de desempregados no país. Enquanto o mercado de trabalho não se recuperar com mais vigor, a poupança tende a aumentar e o consumo continuar minguado.

O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou esta manhã que o número de trabalhadores norte-americanos que entraram pela primeira vez com pedido de auxílio-desemprego subiu 13 mil, para 462 mil, após ajustes sazonais, na semana até 9 de outubro, bem acima do aumento de 1 mil solicitações estimado por analistas.

Em conferência ontem o presidente do Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, disse que não apoia mais afrouxamento monetário nos EUA. "Não estou convencido ainda de que a inflação deve continuar baixa", afirmou.

Em Cingapura, o governo resolveu ampliar a banda de negociação de sua moeda para conter a inflação. Isso levou o dólar cingapuriano a recorde de alta hoje ante o dólar americano, assim como outras moedas. O dólar australiano atingiu o maior nível dos últimos 28 anos e se aproximou da paridade com a moeda norte-americana, o franco suíço atingiu novo recorde, o euro superou o patamar de US$ 1,41 e, diante do iene, o dólar bateu uma nova mínima em 15 anos, cotado abaixo de 81 ienes.Já o ouro spot bateu esta manhã novo recorde de alta, sendo negociada a US$ 1.387,36 por onça-troy. Também na Ásia, a Banco Central coreano manteve os juros estáveis em 2,25%, citando as incertezas sobre a retomada global e a volatilidade cambial externa.

A fabricante de fertilizantes Potash prometeu recolocar alguns funcionários importantes da província de Saskatchewan, no Canadá, para Chicago, na esperança de ter apoio político na briga contra a maior mineradora do mundo, a BHP Billiton, que fez oferta hostil à Potash.

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