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Bolsas de Frankfurt e Londres avançam; Milão cai

Bons resultados da Procter & Gamble e Microsoft e anúncio sobre pagamento de empréstimos do BCE concedidos a bancos ditaram alta dos índices

O principal índice da Bolsa de Frankfurt, o DAX, subiu 1,42%, maior avanço entre as bolsas da Europa (AFP/ Marc Tirl)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Londres - A maioria das bolsas da Europa fechou em alta nesta sexta-feira, com o anúncio de que bancos da zona do euro pretendem começar a pagar na semana que vem parte dos empréstimos tomados do Banco Central Europeu (BCE) há dois anos, o forte avanço da confiança de empresas alemãs e balanços positivos da Procter & Gamble e Microsoft. Mas dados negativos do PIB do Reino Unido e do mercado de trabalho nos EUA pressionaram alguns índices.

O índice Stoxx 600 subiu 0,29% e encerrou aos 289,72 pontos. O índice DAX da Bolsa de Frankfurt registrou a maior alta entre as bolsas europeias, impulsionada pelo índice de confiança das empresas alemãs, e tocou os maiores níveis desde janeiro de 2008.

O dia começou com uma leitura positiva do índice de confiança das empresas da Alemanha, que em janeiro atingiu seu nível mais alto em sete meses, segundo o instituto IFO. O índice subiu este mês para 104,2, de 102,4 em dezembro, superando a previsão de 103,0.

"O dado motivou ainda mais o recente rali dos ativos de maior risco que levou as ações às maiores altas em anos", disse Matt Basi, da CMC Markets.

Em seguida, em seu primeiro pronunciamento público sobre o pagamento da primeira rodada de operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO, na sigla em inglês) de três anos, o BCE disse nesta sexta-feira que 278 bancos europeus, de um total de 523, vão devolver 137,16 bilhões de euros em empréstimos liberados pela instituição no próximo dia 30.

Além de o número ter vindo acima do previsto, o reembolso de empréstimos é um indício de que as condições financeiras dos bancos na região estão melhores. No auge da crise fiscal europeia, os bancos europeus tomaram mais de 1 trilhão de euros por meio de LTROs.


Já a multinacional norte-americana Procter & Gamble divulgou um resultado trimestral mais sólido do que se previa. O lucro da maior empresa mundial de produtos de consumo mais que dobrou no segundo trimestre fiscal (equivalente ao quarto trimestre de 2012), para US$ 4,06 bilhões, ou US$ 1,39 por ação, e suas vendas totais cresceram 2%, para US$ 22,18 bilhões. Analistas consultados pela Thomson Reuters previam lucro por ação de US$ 1,11 e receita de US$ 21,91 bilhões.

Também superou a projeção média o lucro da Microsoft, que foi divulgado ontem e ficou em US$ 6,38 bilhões no segundo trimestre fiscal, ou US$ 0,76 por ação. A estimativa era de lucro de US$ 0,75 por ação.

Por outro lado, o único indicador dos EUA previsto para esta sexta-feira ficou bem aquém das expectativas. Segundo o Departamento do Comércio dos EUA, as vendas de moradias novas caíram 7,3% em dezembro ante o mês anterior, contrariando uma previsão de aumento de 2,1%.

Outra notícia negativa veio do Reino Unido, que aparentemente se encaminha para uma nova recessão. Dados preliminares do Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) britânico caiu 0,3% no quarto trimestre, em comparação com o terceiro. Em base anual, a produção ficou estável. Economistas consultados pela Dow Jones previam que o PIB britânico teria contração trimestral de 0,1% e crescimento anual de 0,3%.

Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt avançou 1,42% e fechou a 7.857,97 pontos. A Bayer avançou 4,8% após o Morgan Stanley ter aumentado o preço-alvo para suas ações.


Em Londres, o índice FTSE ganhou 0,31% e fechou a 6.284,45 pontos. "Os dados piores que o esperado do PIB do Reino Unido na verdade significam que a economia pode receber mais relaxamento monetário do Banco da Inglaterra (BoE)", disse David Madden, do IG. Os destaques foram IAG +2.1%, TUI Travel +3.9% e EasyJet +5.2%.

Já o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, subiu 0,69%, encerrando a sessão a 3.778,16 pontos. Os bancos puxaram a alta, com o Credit Agricole subindo 2,3%, o Société Générale ganhando 1,8% e o BNP Paribas registrando alta de 1,3%.

Em Madri, o índice IBEX-35 subiu 0,68%, a 8.724,60 pontos. Já o índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, perdeu 0,17%, fechando a 17.726,89 pontos. E na Bolsa de Lisboa o PSI-20 registrou desvalorização de 0,12%, a 6.274,89 pontos. As informações são da Dow Jones.

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Londres - A maioria das bolsas da Europa fechou em alta nesta sexta-feira, com o anúncio de que bancos da zona do euro pretendem começar a pagar na semana que vem parte dos empréstimos tomados do Banco Central Europeu (BCE) há dois anos, o forte avanço da confiança de empresas alemãs e balanços positivos da Procter & Gamble e Microsoft. Mas dados negativos do PIB do Reino Unido e do mercado de trabalho nos EUA pressionaram alguns índices.

O índice Stoxx 600 subiu 0,29% e encerrou aos 289,72 pontos. O índice DAX da Bolsa de Frankfurt registrou a maior alta entre as bolsas europeias, impulsionada pelo índice de confiança das empresas alemãs, e tocou os maiores níveis desde janeiro de 2008.

O dia começou com uma leitura positiva do índice de confiança das empresas da Alemanha, que em janeiro atingiu seu nível mais alto em sete meses, segundo o instituto IFO. O índice subiu este mês para 104,2, de 102,4 em dezembro, superando a previsão de 103,0.

"O dado motivou ainda mais o recente rali dos ativos de maior risco que levou as ações às maiores altas em anos", disse Matt Basi, da CMC Markets.

Em seguida, em seu primeiro pronunciamento público sobre o pagamento da primeira rodada de operações de refinanciamento de longo prazo (LTRO, na sigla em inglês) de três anos, o BCE disse nesta sexta-feira que 278 bancos europeus, de um total de 523, vão devolver 137,16 bilhões de euros em empréstimos liberados pela instituição no próximo dia 30.

Além de o número ter vindo acima do previsto, o reembolso de empréstimos é um indício de que as condições financeiras dos bancos na região estão melhores. No auge da crise fiscal europeia, os bancos europeus tomaram mais de 1 trilhão de euros por meio de LTROs.


Já a multinacional norte-americana Procter & Gamble divulgou um resultado trimestral mais sólido do que se previa. O lucro da maior empresa mundial de produtos de consumo mais que dobrou no segundo trimestre fiscal (equivalente ao quarto trimestre de 2012), para US$ 4,06 bilhões, ou US$ 1,39 por ação, e suas vendas totais cresceram 2%, para US$ 22,18 bilhões. Analistas consultados pela Thomson Reuters previam lucro por ação de US$ 1,11 e receita de US$ 21,91 bilhões.

Também superou a projeção média o lucro da Microsoft, que foi divulgado ontem e ficou em US$ 6,38 bilhões no segundo trimestre fiscal, ou US$ 0,76 por ação. A estimativa era de lucro de US$ 0,75 por ação.

Por outro lado, o único indicador dos EUA previsto para esta sexta-feira ficou bem aquém das expectativas. Segundo o Departamento do Comércio dos EUA, as vendas de moradias novas caíram 7,3% em dezembro ante o mês anterior, contrariando uma previsão de aumento de 2,1%.

Outra notícia negativa veio do Reino Unido, que aparentemente se encaminha para uma nova recessão. Dados preliminares do Escritório para Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês) mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) britânico caiu 0,3% no quarto trimestre, em comparação com o terceiro. Em base anual, a produção ficou estável. Economistas consultados pela Dow Jones previam que o PIB britânico teria contração trimestral de 0,1% e crescimento anual de 0,3%.

Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt avançou 1,42% e fechou a 7.857,97 pontos. A Bayer avançou 4,8% após o Morgan Stanley ter aumentado o preço-alvo para suas ações.


Em Londres, o índice FTSE ganhou 0,31% e fechou a 6.284,45 pontos. "Os dados piores que o esperado do PIB do Reino Unido na verdade significam que a economia pode receber mais relaxamento monetário do Banco da Inglaterra (BoE)", disse David Madden, do IG. Os destaques foram IAG +2.1%, TUI Travel +3.9% e EasyJet +5.2%.

Já o índice CAC-40, da Bolsa de Paris, subiu 0,69%, encerrando a sessão a 3.778,16 pontos. Os bancos puxaram a alta, com o Credit Agricole subindo 2,3%, o Société Générale ganhando 1,8% e o BNP Paribas registrando alta de 1,3%.

Em Madri, o índice IBEX-35 subiu 0,68%, a 8.724,60 pontos. Já o índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, perdeu 0,17%, fechando a 17.726,89 pontos. E na Bolsa de Lisboa o PSI-20 registrou desvalorização de 0,12%, a 6.274,89 pontos. As informações são da Dow Jones.

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