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Bolsas da Europa fecham em baixa com Irlanda

Por Álvaro Campos Londres - As bolsas europeias fecharam em leve baixa, enquanto os investidores continuam a esperar por uma resolução para os problemas da dívida da Irlanda. Além disso, o banco central da China elevou pela quinta vez este ano o recolhimento compulsório dos bancos, para tentar gerenciar o excesso de liquidez e controlar […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2010 às 15h19.

Por Álvaro Campos

Londres - As bolsas europeias fecharam em leve baixa, enquanto os investidores continuam a esperar por uma resolução para os problemas da dívida da Irlanda. Além disso, o banco central da China elevou pela quinta vez este ano o recolhimento compulsório dos bancos, para tentar gerenciar o excesso de liquidez e controlar o crédito. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou com queda de 1,65 ponto (0,61%), a 269,50 pontos. Na semana o índice perdeu 0,25%, mas acumula ganho de 6,2% no ano.

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O ministro de Finanças da Irlanda, Brian Lenihan, disse hoje que o país estaria aberto a um plano de resgate para fortalecer o sistema bancário. Mas o prazo de um possível acordo ainda é incerto. "O desempenho dos mercados europeus hoje é condizente com o sentimento geral do mercado nas últimas semanas, com notícias positivas (como o programa de compra de bônus do Federal Reserve dos EUA) e negativas (como a crise da dívida soberana na zona do euro) se alternando e causando oscilações nas bolsas", disse Christoph Riniker, da Bank Julius Baer & Co. "Nós acreditamos que a atual tendência do mercado ficar de lado deve continuar até o fim do ano", completou.

Analistas acreditam que o aumento no compulsório dos bancos na China pode sinalizar que o governo pretende tomar novas medidas de aperto monetário no futuro. "Os investidores estão nervosos, esperando pela notícia de um possível aumento nos juros", disse David Rosenberg, economista-chefe da Gluskin Sheff.

Londres

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em queda de 35,88 pontos (0,62%), a 5.732,83 pontos, após ajuste. O setor bancário está sob pressão por causa de relatos de que o irlandês Allied Irish Bank deve precisar levantar 6,6 bilhões de euros em capital. O Standard Chartered perdeu 2,65%, o Lloyds recuou 1,58% e o HSBC teve queda de 1,35%. Já a decisão da China prejudicou o desempenho das mineradoras, já que o país é um dos maiores consumidores mundiais de metais (Eurasian Natural Resources -1,83%, Xstrata -1,46%, BHP Billiton -1,37%, Rio Tinto -1,20%).

Frankfurt

O índice DAX-30, da Bolsa de Frankfurt, teve leve alta de 11,44 pontos (0,17%), para 6.843,55 pontos, marcando o maior fechamento do ano, assim como aconteceu ontem. A Volkswagen subiu 2,98%. A montadora disse que vai investir 51,6 bilhões de euros nos próximos cinco anos em suas operações globais. Além disso, a Porsche adotou medidas para acelerar sua fusão com a Volkswagen. A farmacêutica Bayer teve ganho de 2,19%, após anunciar ontem um plano de reestruturação de 800 milhões de euros. A fabricante de cimento Heidelberg avançou 1,69%. No campo negativo, o Deutsche Bank perdeu 1,62% e o Commerzbank recuou 0,99%.

Paris

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 7,81 pontos (0,20%), encerrando a sessão a 3.860,16 pontos. A Lafarge, do setor de construção, teve alta de 1,36%, após a emissão de um bônus de 1 bilhão de euros. As ações da companhia aeroespacial e de defesa Safran subiram 4,48%, depois de o grupo desistir de sua oferta pela Zodiac Aerospace. Mas o banco Société Générale recuou 2,29%, o Crédit Agricole teve queda de 1,17% e o BNP Paribas perdeu 0,67%.

Madri, Milão e Lisboa

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou com queda de 53,60 pontos (0,52%), a 10.271,70 pontos. O índice FTSE-MIB, da Bolsa de Milão, teve perda de 107,26 pontos (0,51%), a 20.773,12 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI-20 ficou praticamente estável, com leve retração de 1,33 ponto (0,02%), fechando a 7.895,20 pontos. As informações são da Dow Jones.

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