Bolsas da Ásia encerram com sinais mistos

Tóquio - Os mercados asiáticos apresentaram números distintos nesta sexta-feira. Houve realização de lucros, aliada às preocupações com a situação política do Egito, em parte das bolsas. Outros mercados se beneficiaram com a presença de investidores em busca de ofertas de ocasião.

Este foi o caso da Bolsa de Hong Kong, que fechou em alta após queda de 5,3% nos últimos quatro pregões. O índice Hang Seng ganhou 120,30 pontos, ou 0,5%, e encerrou aos 22.828,92 pontos.

As Bolsas da China também fecharam em elevação. As expectativas de aumento da demanda estimularam as ações dos produtores de cimento, enquanto as imobiliárias continuaram a se beneficiar da procura pelos caçadores de ofertas. O índice Xangai Composto subiu 0,3% e terminou aos 2.827,33 pontos - na semana de apenas três pregões, encurtada por conta do feriado do Ano Novo Lunar, o índice acumulou ganhos de 1%. O índice Shenzhen Composto avançou 1,1% e fechou aos 1.234,18 pontos.

O yuan caiu ante o dólar uma vez que Pequim promoveu uma surpreendente elevação da taxa de paridade central dólar/yuan, seguindo a valorização da moeda americana nos mercados ocidentais, e depois que um grupo de deputados de dois partidos dos EUA disse que provavelmente enviará uma legislação mirando a divisa chinesa este ano para a aprovação do presidente Barack Obama. Os legisladores pretendem novamente introduzir uma medida que imporá uma taxação em retaliação ao país por desvalorizar sua moeda, depois de medida similar que passou na Câmara dos Representantes apoiada pelos dois partidos no ano passado, mas nunca apreciada no Senado. A iniciativa vem depois que o Departamento do Tesouro declinou na semana passada mais uma vez tachar a China como manipuladora de sua moeda em seu relatório semestral ao Congresso. No mercado de balcão, o dólar foi cotado a 6,5919 yuans, de 6,5865 yuans de ontem. A taxa de paridade central dólar/yuan foi fixada em 6,5952 yuans, de 6,5849 yuans ontem.

Já a Bolsa de Taipé, em Taiwan, fechou em forte baixa com a liquidação generalizada de ações promovida por investidores estrangeiros. As fracas receitas em janeiro das empresas de tecnologia e financeiras, devido à valorização do dólar taiwanês, agravaram a queda. O índice Taiwan Weighted recuou 2,57% e encerrou aos 8.609,86 pontos.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi da Bolsa de Seul recuou 1,6%, terminando aos 1.977,19 pontos, fechando abaixo dos 2 mil pontos pela primeira vez desde meados de dezembro.

A Bolsa de Sydney, na Austrália, sucumbiu à realização de lucros, diante do esfriamento das bolsas dos EUA em meio à cautela com a situação política no Egito. O índice S&P/ASX 200 baixou 0,7% e fechou aos 4.880,9 pontos.

Nas Filipinas, a Bolsa de Manila encerrou em alta, com os caçadores de pechinchas aproveitando os recentes declínios do mercado. O índice PSE avançou 0,29% e encerrou aos 3.749,15 pontos.

A Bolsa de Cingapura fechou em baixa pela quinta sessão consecutiva, seguindo o fraco desempenho nos demais mercados regionais, em meio a preocupações com a crise egípcia. O índice Straits Times recuou 0,8% e fechou aos 3.077,27 pontos, acumulando perdas de 4,3% na semana. Quedas nos mercados europeus também pesaram na bolsa local na sessão da tarde.

O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, reverteu as perdas do começo da sessão para ganhar 0,5% e fechar aos 3.391,76 pontos, devido a compras de papeis em oferta na parte da tarde.

O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, subiu 0,1% e fechou aos 949,57 pontos, por causa de busca por papeis em oferta.

O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, recuou 0,6% e fechou aos 1.494,52 pontos, com realizações de lucros generalizadas. As informações são da Dow Jones