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Bolsas chinesas fecham em baixa, mas outras asiáticas sobem

Xangai voltou a perder força e encerrou o dia em baixa de 1,3%, a 2.927,29 pontos, mantendo-se abaixo da marca psicologicamente importante de 3 mil pontos

Bolsa de Xangai: encerrou o dia em baixa de 1,3%, a 2.927,29 pontos, mantendo-se abaixo da marca psicologicamente importante de 3 mil pontos (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2015 às 07h15.

São Paulo - As bolsas asiáticas deram novos sinais de recuperação nesta quarta-feira, após o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) adotar novas medidas de relaxamento monetário, mas os mercados chineses ampliaram as perdas recentes, depois de uma sessão bastante volátil.

O Xangai Composto , principal índice acionário da China, chegou a recuar quase 4% nos negócios da manhã (pelo horário local), antes de avançar mais de 4% pouco antes do fim do pregão.

Nos últimos minutos, porém, o Xangai voltou a perder força e encerrou o dia em baixa de 1,3%, a 2.927,29 pontos, mantendo-se abaixo da marca psicologicamente importante de 3 mil pontos. Nas últimas cinco sessões, o Xangai já perdeu quase um quarto de seu valor.

O Shenzhen Composto, de menor abrangência, recuou 3,1% hoje, a 1.695,76 pontos, enquanto o ChiNext, formado principalmente por startups, teve queda ainda mais intensa, de 5,1%, a 1.890,04 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caía cerca de 1,2% pouco antes do fechamento.

Os investidores continuaram a vender ações na China, apesar de o PBoC ter cortado ontem suas taxas de juros pela quinta vez desde o fim do ano passado e reduzido os depósitos compulsórios exigidos dos bancos. Os cortes foram de 0,25 ponto porcentual nos juros e de 0,50 ponto nos compulsórios.

O gesto do PBoC, no entanto, impulsionou outros mercados asiáticos. A Bolsa de Tóquio terminou o dia em alta de 3,2%, a 18.376,83 pontos, enquanto o índice sul-coreano Kospi avançou 2,57% em Seul, a 1.894,09 pontos, e o taiwanês Taiex subiu 0,5%, a 7.715,59 pontos.

De qualquer forma, analistas temem que as medidas do PBoC possam não bastar para conter a turbulência que tem dominado os mercados financeiros globais nos últimos dias.

"Elas (as medidas) provavelmente não foram duras e fortes o suficiente para dar ao mercado um sinal de que irão sustentá-lo nas próximas duas a três semanas, quando as coisas vão ficar bastante voláteis", comentou Evan Lucas, estrategista de mercado da corretora IG, com sede em Cingapura.

Lucas aponta ainda que Pequim não adotou nenhuma iniciativa específica para dar suporte às bolsas chinesas.

Os problemas da China e a turbulência global têm alimentado incertezas sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode começar a elevar os juros básicos dos níveis próximos de zero em que se encontram desde o fim de 2008.

Anteriormente, a expectativa de muitos analistas era de que o primeiro aumento de juros viria em setembro.

A inesperada desvalorização do yuan, anunciada pelo PBoC há mais de duas semanas, ampliou temores de que a desaceleração chinesa possa ser pior do que sugerem os indicadores oficiais, lançando uma sombra sobre economias emergentes, cujo crescimento depende fortemente da demanda da China.

Na Oceania, o mercado australiano fechou em tom positivo, após um dia também volátil. O índice S&P/ASX 200, que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, avançou 0,7%, a 5.172,80 pontos, depois de chegar a recuar 1,7% ao longo do pregão.

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São Paulo - As bolsas asiáticas deram novos sinais de recuperação nesta quarta-feira, após o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) adotar novas medidas de relaxamento monetário, mas os mercados chineses ampliaram as perdas recentes, depois de uma sessão bastante volátil.

O Xangai Composto , principal índice acionário da China, chegou a recuar quase 4% nos negócios da manhã (pelo horário local), antes de avançar mais de 4% pouco antes do fim do pregão.

Nos últimos minutos, porém, o Xangai voltou a perder força e encerrou o dia em baixa de 1,3%, a 2.927,29 pontos, mantendo-se abaixo da marca psicologicamente importante de 3 mil pontos. Nas últimas cinco sessões, o Xangai já perdeu quase um quarto de seu valor.

O Shenzhen Composto, de menor abrangência, recuou 3,1% hoje, a 1.695,76 pontos, enquanto o ChiNext, formado principalmente por startups, teve queda ainda mais intensa, de 5,1%, a 1.890,04 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caía cerca de 1,2% pouco antes do fechamento.

Os investidores continuaram a vender ações na China, apesar de o PBoC ter cortado ontem suas taxas de juros pela quinta vez desde o fim do ano passado e reduzido os depósitos compulsórios exigidos dos bancos. Os cortes foram de 0,25 ponto porcentual nos juros e de 0,50 ponto nos compulsórios.

O gesto do PBoC, no entanto, impulsionou outros mercados asiáticos. A Bolsa de Tóquio terminou o dia em alta de 3,2%, a 18.376,83 pontos, enquanto o índice sul-coreano Kospi avançou 2,57% em Seul, a 1.894,09 pontos, e o taiwanês Taiex subiu 0,5%, a 7.715,59 pontos.

De qualquer forma, analistas temem que as medidas do PBoC possam não bastar para conter a turbulência que tem dominado os mercados financeiros globais nos últimos dias.

"Elas (as medidas) provavelmente não foram duras e fortes o suficiente para dar ao mercado um sinal de que irão sustentá-lo nas próximas duas a três semanas, quando as coisas vão ficar bastante voláteis", comentou Evan Lucas, estrategista de mercado da corretora IG, com sede em Cingapura.

Lucas aponta ainda que Pequim não adotou nenhuma iniciativa específica para dar suporte às bolsas chinesas.

Os problemas da China e a turbulência global têm alimentado incertezas sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode começar a elevar os juros básicos dos níveis próximos de zero em que se encontram desde o fim de 2008.

Anteriormente, a expectativa de muitos analistas era de que o primeiro aumento de juros viria em setembro.

A inesperada desvalorização do yuan, anunciada pelo PBoC há mais de duas semanas, ampliou temores de que a desaceleração chinesa possa ser pior do que sugerem os indicadores oficiais, lançando uma sombra sobre economias emergentes, cujo crescimento depende fortemente da demanda da China.

Na Oceania, o mercado australiano fechou em tom positivo, após um dia também volátil. O índice S&P/ASX 200, que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, avançou 0,7%, a 5.172,80 pontos, depois de chegar a recuar 1,7% ao longo do pregão.

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