Bolsas chinesas controlam venda de ativos de curto prazo
A medida, comunicada pelas bolsas de Xangai e Shenzhen, e aprovada pela Comissão Reguladora do Bolsa de Valores, controla o comércio marginal
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2015 às 10h41.
Pequim - As bolsas da China operam nesta terça-feira sem empréstimos marginais para o curto prazo, com a entrada em vigor de uma nova restrição do regulador da bolsa sobre o uso destes créditos, com o que procura reduzir a volatilidade dos mercados .
A medida, comunicada pelas bolsas de Xangai e Shenzhen, e aprovada pela Comissão Reguladora do Bolsa de Valores, controla o comércio marginal (pelo qual as corretoras das bolsas de valores emprestam dinheiro aos seus clientes para que invistam no pregão), uma prática que está há meses na mira das autoridades.
Além disso, o anúncio das bolsas foi seguido pelos compromissos adotados por várias corretoras chinesas, entre elas a Citic Securities, a maior e de propriedade estatal, de suspender a venda curta (quando se vende um ativo financeiro sem a intenção de recomprá-lo posteriormente a um preço inferior).
O índice geral da Bolsa de Xangai, o principal indicador dos pregões chineses, subiu hoje 3,69% após a divulgação das novas normas, e o da Bolsa de Shenzhen teve alta de 4,52%.
O governo chinês discute há meses como conter o comércio marginal, e no final do ano passado, quando as bolsas estavam em uma longa seqüência de alta que durou até meados do junho, iniciou uma investigação sobre as operações deste tipo, que acabou em janeiro com punições a várias empresas.
Os pregões da gigante asiático entraram em crise a partir de 12 de junho e durante quase um mês experimentaram uma das piores quedas de sua história, quando os mercados chegaram a perder quase um terço de seu valor após a revalorização dos meses anteriores.
Por causa dessa crise, controlar a venda curta se transformou em outro dos objetivos das autoridades da segunda economia mundial, e também da Comissão de Valores americana durante a crise financeira de 2008.
Em 9 de julho, o vice-ministro chinês de Segurança Pública, Meng Qingfeng, declarou que a polícia nvestigaria os possíveis casos de "venda curta maliciosa" durante esse período de perdas na bolsa.
A abertura desta investigação, que se somava à do regulador da bolsa e às fortes intervenções de Pequim nos mercados, estabilizou temporariamente as bolsas e interrompeu sua seqüência negativa.
No entanto, em 27 de julho a Bolsa de Xangai desabou 8,48 %, sua maior queda em apenas um dia em oito anos, o que voltou a disparar as dúvidas sobre a efetividade das medidas adotadas por Pequim.
Antes de entrar em crise, há um mês e meio, as bolsas chinesas tinham subido mais de 150% em apenas um ano, 60% desde o início de 2015.
Por enquanto, as bolsas de Xangai e Shenzhen suspenderam as atividades de 34 contas de investimento por "transações anormais", as últimas quatro na noite desta segunda-feira, e advertiram que continuam a acompanhar qualquer movimento estranho.
Pequim - As bolsas da China operam nesta terça-feira sem empréstimos marginais para o curto prazo, com a entrada em vigor de uma nova restrição do regulador da bolsa sobre o uso destes créditos, com o que procura reduzir a volatilidade dos mercados .
A medida, comunicada pelas bolsas de Xangai e Shenzhen, e aprovada pela Comissão Reguladora do Bolsa de Valores, controla o comércio marginal (pelo qual as corretoras das bolsas de valores emprestam dinheiro aos seus clientes para que invistam no pregão), uma prática que está há meses na mira das autoridades.
Além disso, o anúncio das bolsas foi seguido pelos compromissos adotados por várias corretoras chinesas, entre elas a Citic Securities, a maior e de propriedade estatal, de suspender a venda curta (quando se vende um ativo financeiro sem a intenção de recomprá-lo posteriormente a um preço inferior).
O índice geral da Bolsa de Xangai, o principal indicador dos pregões chineses, subiu hoje 3,69% após a divulgação das novas normas, e o da Bolsa de Shenzhen teve alta de 4,52%.
O governo chinês discute há meses como conter o comércio marginal, e no final do ano passado, quando as bolsas estavam em uma longa seqüência de alta que durou até meados do junho, iniciou uma investigação sobre as operações deste tipo, que acabou em janeiro com punições a várias empresas.
Os pregões da gigante asiático entraram em crise a partir de 12 de junho e durante quase um mês experimentaram uma das piores quedas de sua história, quando os mercados chegaram a perder quase um terço de seu valor após a revalorização dos meses anteriores.
Por causa dessa crise, controlar a venda curta se transformou em outro dos objetivos das autoridades da segunda economia mundial, e também da Comissão de Valores americana durante a crise financeira de 2008.
Em 9 de julho, o vice-ministro chinês de Segurança Pública, Meng Qingfeng, declarou que a polícia nvestigaria os possíveis casos de "venda curta maliciosa" durante esse período de perdas na bolsa.
A abertura desta investigação, que se somava à do regulador da bolsa e às fortes intervenções de Pequim nos mercados, estabilizou temporariamente as bolsas e interrompeu sua seqüência negativa.
No entanto, em 27 de julho a Bolsa de Xangai desabou 8,48 %, sua maior queda em apenas um dia em oito anos, o que voltou a disparar as dúvidas sobre a efetividade das medidas adotadas por Pequim.
Antes de entrar em crise, há um mês e meio, as bolsas chinesas tinham subido mais de 150% em apenas um ano, 60% desde o início de 2015.
Por enquanto, as bolsas de Xangai e Shenzhen suspenderam as atividades de 34 contas de investimento por "transações anormais", as últimas quatro na noite desta segunda-feira, e advertiram que continuam a acompanhar qualquer movimento estranho.