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Bolsas asiáticas sobem após Fed, mas Xangai volta a cair

O Xangai Composto, principal índice acionário da China, caiu 2,9% hoje, a 2.655,66 pontos, atingindo o menor patamar desde novembro de 2014

Bolsa: o Xangai Composto, principal índice acionário da China, caiu 2,9% hoje, a 2.655,66 pontos, atingindo o menor patamar desde novembro de 2014 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2016 às 07h33.

São Paulo - As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com a maioria delas assegurando ganhos após um pregão volátil marcado pelas incertezas sobre o futuro da política monetária dos EUA.

A exceção foi os mercados chineses, que voltaram a mostrar fortes perdas, apesar de o PBoC (o BC da China) continuar injetando recursos no sistema financeiro de forma agressiva.

Em Hong Kong, o Hang Seng terminou a sessão com alta de 0,75%, a 19.195,83 pontos, enquanto em Seul, o índice sul-coreano Kospi avançou 0,48%, a 1.906,94 pontos, e em Taiwan, o Taiex subiu 0,7%, a 7.905,1 pontos.

Apesar dos ganhos terem prevalecido em parte da Ásia, as ações na região mostraram volatilidade após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA).

Ontem, o Fed manteve os juros básicos inalterados, após elevá-los no mês passado pela primeira vez em quase uma década, e mostrou preocupação com a recente turbulência nos mercados financeiros globais, mas deixou a aberta a possibilidade de um aumento de juros em março.

Embora o Fed possa ter passado uma imagem relativamente dúbia, vários economistas avaliam que a postura do BC norte-americano foi "dovish" (favorável à manutenção de estímulos monetários) e que futuros aumentos adicionais de juros ocorrerão gradualmente.

Na China, por outro lado, as bolsas fecharam em baixa pelo terceiro dia consecutivo, em meio a preocupações com a desaceleração do gigante asiático e crescentes saídas de capital.

As perdas nos mercados chineses se acentuaram principalmente na última hora do pregão. O Xangai Composto , principal índice acionário da China, caiu 2,9% hoje, a 2.655,66 pontos, atingindo o menor patamar desde novembro de 2014, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda ainda mais expressiva, de 4,2%, a 1.629,06 pontos.

Desde o pico que atingiu em junho do ano passado, o Xangai acumula desvalorização de 48,6%. Em janeiro, as perdas do Xangai chegam a 25%, o que significa que o índice está a caminho de registrar seu pior desempenho mensal desde outubro de 2008.

O tom negativo na China prevaleceu apesar de o PBoC - o BC do país - ter feito esta semana a maior injeção líquida no sistema financeiro desde fevereiro de 2013, no valor de 590 bilhões de yuans (cerca de US$ 89 bilhões), por meio de operações rotineiras normalmente conduzidas às terças e quintas.

A iniciativa veio depois de o PBoC oferecer, na semana passada, mais de 1,5 trilhão de yuans em empréstimos de curto e médio prazos aos bancos.

Com as injeções, o PboC busca atender o aumento da demanda por capital antes do feriado do ano-novo chinês, que será na segunda semana de fevereiro, e conter a aceleração da fuga de capitais. No ano passado, as saídas de capital da China totalizaram US$ 500 bilhões, o equivalente a 13% das reservas internacionais do país.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou em tom positivo, favorecida pela recuperação do petróleo, que ontem subiu em Nova York e Londres, e de outras commodities, como minério de ferro e cobre.

O S&P/ASX 200, que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, avançou 0,6%, a 4.976,20 pontos. No acumulado de janeiro, porém, o índice australiano tem desvalorização de 6%.

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São Paulo - As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com a maioria delas assegurando ganhos após um pregão volátil marcado pelas incertezas sobre o futuro da política monetária dos EUA.

A exceção foi os mercados chineses, que voltaram a mostrar fortes perdas, apesar de o PBoC (o BC da China) continuar injetando recursos no sistema financeiro de forma agressiva.

Em Hong Kong, o Hang Seng terminou a sessão com alta de 0,75%, a 19.195,83 pontos, enquanto em Seul, o índice sul-coreano Kospi avançou 0,48%, a 1.906,94 pontos, e em Taiwan, o Taiex subiu 0,7%, a 7.905,1 pontos.

Apesar dos ganhos terem prevalecido em parte da Ásia, as ações na região mostraram volatilidade após a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA).

Ontem, o Fed manteve os juros básicos inalterados, após elevá-los no mês passado pela primeira vez em quase uma década, e mostrou preocupação com a recente turbulência nos mercados financeiros globais, mas deixou a aberta a possibilidade de um aumento de juros em março.

Embora o Fed possa ter passado uma imagem relativamente dúbia, vários economistas avaliam que a postura do BC norte-americano foi "dovish" (favorável à manutenção de estímulos monetários) e que futuros aumentos adicionais de juros ocorrerão gradualmente.

Na China, por outro lado, as bolsas fecharam em baixa pelo terceiro dia consecutivo, em meio a preocupações com a desaceleração do gigante asiático e crescentes saídas de capital.

As perdas nos mercados chineses se acentuaram principalmente na última hora do pregão. O Xangai Composto , principal índice acionário da China, caiu 2,9% hoje, a 2.655,66 pontos, atingindo o menor patamar desde novembro de 2014, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda ainda mais expressiva, de 4,2%, a 1.629,06 pontos.

Desde o pico que atingiu em junho do ano passado, o Xangai acumula desvalorização de 48,6%. Em janeiro, as perdas do Xangai chegam a 25%, o que significa que o índice está a caminho de registrar seu pior desempenho mensal desde outubro de 2008.

O tom negativo na China prevaleceu apesar de o PBoC - o BC do país - ter feito esta semana a maior injeção líquida no sistema financeiro desde fevereiro de 2013, no valor de 590 bilhões de yuans (cerca de US$ 89 bilhões), por meio de operações rotineiras normalmente conduzidas às terças e quintas.

A iniciativa veio depois de o PBoC oferecer, na semana passada, mais de 1,5 trilhão de yuans em empréstimos de curto e médio prazos aos bancos.

Com as injeções, o PboC busca atender o aumento da demanda por capital antes do feriado do ano-novo chinês, que será na segunda semana de fevereiro, e conter a aceleração da fuga de capitais. No ano passado, as saídas de capital da China totalizaram US$ 500 bilhões, o equivalente a 13% das reservas internacionais do país.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou em tom positivo, favorecida pela recuperação do petróleo, que ontem subiu em Nova York e Londres, e de outras commodities, como minério de ferro e cobre.

O S&P/ASX 200, que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, avançou 0,6%, a 4.976,20 pontos. No acumulado de janeiro, porém, o índice australiano tem desvalorização de 6%.

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