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Bolsas asiáticas fecham sem direção única

Os investidores na região permaneceram cautelosos por causa da escalada de tensões geopolíticas na península coreana


	O índice Xangai Composto encerrou em queda de 0,6%, aos 2.211,59 pontos, o nível mais baixo desde 25 de dezembro do ano passado
 (Getty Images)

O índice Xangai Composto encerrou em queda de 0,6%, aos 2.211,59 pontos, o nível mais baixo desde 25 de dezembro do ano passado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2013 às 06h48.

Tóquio - Os mercados de ações asiáticos fecharam em direções divergentes nesta segunda-feira, com as ações chinesas recuando em meio a crescentes preocupações sobre o surto mais recente de gripe aviária no continente.

Além disso, os investidores na região permaneceram cautelosos por causa da escalada de tensões geopolíticas na península coreana por causa das ameaças da Coreia do Norte. Entre os fatores econômicos, os agentes do mercado também se preparam para a divulgação de dados sobre a inflação e o comércio da China.

Ações ligadas à indústria de turismo e agricultura caíram acentuadamente na China continental, tendo em vista as notícias de que o novo surto de gripe aviária já causou a morte de seis pessoas e infectou 21 pessoas até domingo, de acordo com a mídia estatal.

A Hunan New Wellful caiu 2,4%, a Air China perdeu 3,4% e a Hunan Dakang Pasture Farming recuou 8,3% em Xangai. O índice Xangai Composto encerrou em queda de 0,6%, aos 2.211,59 pontos, o nível mais baixo desde 25 de dezembro do ano passado, quando fechou em 2.213,61 pontos.

Já o índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, caiu 0,04%, para 21.718,05 pontos. O índice Shenzhen Composto avançou 0,6%, para 918,50 pontos.

Por outro lado, alguns analistas aconselharam ter uma visão de longo prazo sobre a situação.

"Achamos que o declínio é uma reação automática e o mercado pode exagerar um pouco sobre o (foco) da gripe aviária", disse a analista Amy Lin, da Capital Securities, que acrescentou que ainda é muito cedo para avaliar o impacto total da nova onda de gripe aviária.


"A divulgação de informações é muito melhor do que a da SARS (Síndrome respiratória aguda grave) há quase dez anos", disse Lin.

Em Sydney, o índice S&P ASX/200 avançou 0,3%, para 4.905,5 pontos, impulsionado por ganhos em mineradoras de ouro depois que o metal à vista postou seu maior aumento em cinco meses na sexta-feira. A BHP Billiton subiu 1,3%, enquanto a Newcrest Mining ganhou 2,0%.

O índice Kospi, da Bolsa de Seul, terminou em queda de 0,4%, aos 1.918,69 pontos, após variar entre 1.918 e 1.933 pontos durante a sessão. O aumento das tensões geopolíticas por causa das ameaças constantes de guerra da Coreia do Norte deixou a confiança do investidor mais frágil.

A Samsung Electronics foi uma das poucas empresas a terminar em alta, com avanço de 1%, por causa das expectativas dos resultados corporativos. Já a SK Hynix liderou as perdas com queda de 2,3%.

As ações na Bolsa de Taipé, em Taiwan, terminaram o pregão em território negativo, com o índice Taiwan Weighted em queda de 2,4%, aos 7.752,79 pontos, influenciado pelo declínio global desencadeado por fracos dados dos EUA na sexta-feira e pelas da região.

Com isso, os investidores se mostraram mais avessos ao risco, de acordo com especialistas. Boa parte das empresas de tecnologia recuaram na sessão. A TSMC caiu 2,0%, a Hon Hai cedeu 2,8% e a HTC fechou em queda de 2,2%. Ações de bancos também fecharam o pregão em terreno negativo: a Cathay Financial perdeu 3,0% e a Fubon Financial caiu 2,4%.

Nas Filipinas, as ações fecharam em alta, puxadas pela caça por barganhas em blue chips. O índice PSEi subiu 0,1%, para 6.732,22 pontos.

Segundo especialistas, o mercado ainda não tem um catalisador claro, visto que há muitas incertezas, incluindo os incidentes nas Coreias. Por isso, os investidores terão de esperar mais algumas semanas antes de começar para começar a analisar resultados das empresas e os dados do PIB. As informações são da Dow Jones.

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