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Bolsas asiáticas fecham sem direção

O destaque do dia ficou por conta das bolsas chinesas, que fecharam em alta

Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto fechou em forte queda de 2,0%, aos 2.084,79 pontos (Tomohiro Ohsumi/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 07h07.

São Paulo - As bolsas asiáticas encerraram o último pregão da semana sem direção definida, mas o destaque do dia ficou por conta das bolsas chinesas. As preocupações com o aperto de liquidez voltaram a atingir as ações chinesas e o índice Xangai Composto fechou em forte queda de 2,0%, aos 2.084,79 pontos.

Esse é o menor nível desde 23 de agosto e o nono pregão seguido em baixa. O índice Shenzhen Composto recuou 1,3%, aos 1.026,24 pontos, e em Hong Kong o índice Hang Seng caiu 0,4% e fechou com 22.812,18 pontos.

Ontem após o fechamento do mercado o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) admitiu que interveio no mercado interbancário por meio de instrumentos de financiamento de curto prazo, mas o mercado avaliou essa operação como inadequada e esperou por mais.

O jornal local China Business News publicou, citando uma funcionário de um banco de médio porte, que a intervenção foi de 200 bilhões de yuans.

A preocupação se refletiu nos mercados monetários, nos quais a média da taxa de recompra de sete dias era negociada pela última vez a 7,75%, de 7,06% no fechamento de quinta-feira. Durante as negociações asiáticas, a taxa atingiu o pico de 10,0%.

"Isso reflete o ambiente apertado de liquidez e sinaliza que a injeção de capital do PBoC ontem não foi suficiente. Ele deve injetar mais hoje", disse Tang Yonggang, analista na Hongyuan Securities.

Para Zhou Xu, analista do Nanjing Securities, os investidores esperam que a liquidez continue apertada, mas o mercado ainda espera que o banco central intervenha mais, uma vez que disse que continuará a oferecer apoio de liquidez se necessário.

Bancos com grande peso no índice registraram fortes perdas no pregão. As ações da China Citic Bank caíram 8,7% e as da China Construction Bank perderam 6,2%. As empresas de setores com uso intensivo de capital, como as imobiliárias, marcaram perdas com preocupações sobre a disponibilidade de fundos.


Os produtos de metais também marcaram perdas diante de temores de que haverá menos dinheiro para gastar nas commodities metálicas à medida que os gestores de fundos se voltam para as ações dos EUA para retornos maiores.

Em Hong Kong, o mercado focou a estreia das ações da China Everbright Bank. O banco, que admitiu recentemente ter dado um calote durante a crise de crédito de junho, registrou queda de 3,5% nas ações depois de captar US$ 3 bilhões na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 alcançou uma máxima de duas semanas ao registrou alta de 1,2%, para 5.625,2 pontos. O mercado continuou sendo impulsionado por compras de fim de ano e pela redução das incertezas nos EUA, depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou que irá começar a retirada dos estímulos em janeiro.

Com o anúncio do Fed, os investidores podem estar mais inclinados a reinvestirem os pagamentos de dividendos nas ações australianas, afirmaram operadores de mercado. As ações da ANZ lideraram os ganhos no setor bancário e subiram 2,1%.

As ações relacionadas ao ouro também mostraram recuperação e encerraram o dia em alta. O operador institucional da BBY Peter Argyrides afirmou que houve uma cobertura de posições vendidas em ouro por um ETF, o que sustentou o mercado.

No restante da região, o desempenho dos mercados foi misto. O índice Kospi, na Coreia do Sul, avançou 0,4%, para 1.983,35 pontos, o índice Taiwan Weighted se manteve estável, com 8.408,53 pontos, e o PSEi, nas Filipinas, perdeu 1,5% e encerrou o dia a 5.835,13 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Esse é o menor nível desde 23 de agosto e o nono pregão seguido em baixa. O índice Shenzhen Composto recuou 1,3%, aos 1.026,24 pontos, e em Hong Kong o índice Hang Seng caiu 0,4% e fechou com 22.812,18 pontos.

Ontem após o fechamento do mercado o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) admitiu que interveio no mercado interbancário por meio de instrumentos de financiamento de curto prazo, mas o mercado avaliou essa operação como inadequada e esperou por mais.

O jornal local China Business News publicou, citando uma funcionário de um banco de médio porte, que a intervenção foi de 200 bilhões de yuans.

A preocupação se refletiu nos mercados monetários, nos quais a média da taxa de recompra de sete dias era negociada pela última vez a 7,75%, de 7,06% no fechamento de quinta-feira. Durante as negociações asiáticas, a taxa atingiu o pico de 10,0%.

"Isso reflete o ambiente apertado de liquidez e sinaliza que a injeção de capital do PBoC ontem não foi suficiente. Ele deve injetar mais hoje", disse Tang Yonggang, analista na Hongyuan Securities.

Para Zhou Xu, analista do Nanjing Securities, os investidores esperam que a liquidez continue apertada, mas o mercado ainda espera que o banco central intervenha mais, uma vez que disse que continuará a oferecer apoio de liquidez se necessário.

Bancos com grande peso no índice registraram fortes perdas no pregão. As ações da China Citic Bank caíram 8,7% e as da China Construction Bank perderam 6,2%. As empresas de setores com uso intensivo de capital, como as imobiliárias, marcaram perdas com preocupações sobre a disponibilidade de fundos.


Os produtos de metais também marcaram perdas diante de temores de que haverá menos dinheiro para gastar nas commodities metálicas à medida que os gestores de fundos se voltam para as ações dos EUA para retornos maiores.

Em Hong Kong, o mercado focou a estreia das ações da China Everbright Bank. O banco, que admitiu recentemente ter dado um calote durante a crise de crédito de junho, registrou queda de 3,5% nas ações depois de captar US$ 3 bilhões na oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 alcançou uma máxima de duas semanas ao registrou alta de 1,2%, para 5.625,2 pontos. O mercado continuou sendo impulsionado por compras de fim de ano e pela redução das incertezas nos EUA, depois que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou que irá começar a retirada dos estímulos em janeiro.

Com o anúncio do Fed, os investidores podem estar mais inclinados a reinvestirem os pagamentos de dividendos nas ações australianas, afirmaram operadores de mercado. As ações da ANZ lideraram os ganhos no setor bancário e subiram 2,1%.

As ações relacionadas ao ouro também mostraram recuperação e encerraram o dia em alta. O operador institucional da BBY Peter Argyrides afirmou que houve uma cobertura de posições vendidas em ouro por um ETF, o que sustentou o mercado.

No restante da região, o desempenho dos mercados foi misto. O índice Kospi, na Coreia do Sul, avançou 0,4%, para 1.983,35 pontos, o índice Taiwan Weighted se manteve estável, com 8.408,53 pontos, e o PSEi, nas Filipinas, perdeu 1,5% e encerrou o dia a 5.835,13 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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