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Bolsas asiáticas divergem e mercado chinês cai forte

As principais bolsas da região encerraram as negociações em queda


	Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto encerrou em queda de 0,6% e caiu para 2.207,37 pontos
 (Getty Images)

Bolsa de Xangai: o índice Xangai Composto encerrou em queda de 0,6% e caiu para 2.207,37 pontos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 06h58.

São Paulo - Os mercados acionários da Ásia encerraram o dia sem uma direção definida, mas as principais bolsas da região encerraram as negociações em queda, enquanto os volumes ainda permaneceram relativamente baixos por conta do feriado prolongado nos EUA.

O pregão chinês se destacou pelas fortes perdas diante da expectativa de uma série de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês).

O governo chinês publicou no fim de semana as linhas gerais para o mercado de IPOs, no qual cerca de 800 empresas esperam por uma chance para fazer parte do mercado acionário. Desde 2012 o país instaurou uma moratória sobre novos entrantes.

A Comissão Reguladora de Ativos Mobiliários da China (CSRC, na sigla em inglês) disse que as empresas poderão começar a se listarem na bolsa já em janeiro. Analistas estimam que três quartos dessas empresas são de porte médio e pequeno.

O índice Xangai Composto encerrou em queda de 0,6% e caiu para 2.207,37 pontos, e o Shenzhen Composto perdeu 5,0% e atingiu os 1.035,54 pontos. O Xangai Composto chegou a registrar queda de 2,2% durante o dia.

Já o índice ChiNext, que acompanha 100 empresas listadas em um quadro semelhante ao da Nasdaq nos EUA, fechou em forte baixa de 8,3%, na maior queda da história do índice de quatro anos.

"Os investidores se preocuparam que o aumento do fornecimento de ações colocará uma pressão nos preços", disse Steve Wang, economista na Reorient Financial Markets. "Eles deveriam notar que o fato de interromper os IPOs não fez quase nada para ajudar o mercado. Novos IPOs são novas oportunidades", ponderou.


A China também revelou regras que permitiriam às empresas listadas emitirem ações preferenciais pela primeira vez. Chen Wenzhao, analista no China Merchants Securities, afirmou que a reabertura dos IPOs pode prejudicar o sentimento no curto prazo, mas que essa é a direção correta para seguir a um sistema orientado pelo mercado. "Isso não mudará a atual tendência do mercado", disse.

Em Hong Kong, o foco dos investidores se voltou para a divulgação dos índices dos gerentes de compras (PMI) da indústria, ligeiramente melhores que o esperado. O índice Hang Seng encerrou o dia em alta de 0,7%, a 24.038,55 pontos.

O PMI oficial, divulgado pelo governo, superou a expectativa do mercado com uma leitura de 51,4, enquanto o HSBC revelou uma leitura de 50,8 em novembro. Ainda que essa leitura do HSBC tenha sido mais fraca que os 50,9 de outubro, veio acima dos 50,4 registrados na leitura preliminar.

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 encerrou em queda de 0,8% e atingiu a pontuação mínima em sete semanas, aos 5.279,5 pontos. Operadores de mercado disseram que as perdas podem ter sido intensificadas pelo baixo volume negociado por conta do feriado do dia de Ação de Graças nos EUA.

"Dada a magnitude da queda, no primeiro dia do mês, isso me diz que deve ter havido um considerável portfólio de venda. Outra coisa é que há vários IPOs surgindo", afirmou o operador na área institucional do Goldman Sachs, Richard Coppleson.

O índice Kospi, na Coreia do Sul, encerrou o dia em baixa de 0,7%, recuando para 2.030,78 pontos. Em Taiwan, o índice Taiwan Weighted alcançou o sétimo pregão consecutivo de ganhos ao avançar 0,1% e atingir os 8.414,61 pontos.

O índice PSEi, das Filipinas, também avançou e fechou em alta de 0,2%, aos 6.223,37 pontos. Fonte: Dow Jones Newswires.

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