Mercados

Bolsas asiáticas caem com foco em estímulos nos EUA

As especulações de que o Fed poderá retirar os estímulos à economia ganharam força e deixaram os investidores cautelosos


	Investidores na bolsa coreana, Kospi: o índice na Coreia do Sul registrou perdas de 1,1%, para 2.009,36 pontos
 (SeongJoon Cho/Bloomberg)

Investidores na bolsa coreana, Kospi: o índice na Coreia do Sul registrou perdas de 1,1%, para 2.009,36 pontos (SeongJoon Cho/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 06h34.

São Paulo - Os principais mercados acionários da Ásia registraram perdas à medida que os investidores se tornaram cautelosos com o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

As especulações de que o Fed poderá retirar os estímulos à economia ganharam força amparadas na divulgação de novos indicadores econômicos. Ontem à tarde o Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) divulgou uma alta no índice de atividade industrial para 57,3 em novembro. Além de superar as expectativas, o índice alcançou o maior nível no ano.

O Fed vem reforçando nos últimos meses que a retirada dos estímulos depende da melhora econômica dos EUA.

Agora, os investidores aguardam por dados que serão anunciados durante a semana para avaliar o desempenho da economia, como o relatório da ADP sobre criação de empregos no setor de trabalho amanhã, a segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) na quinta-feira e o relatório de emprego na sexta-feira.

O índice Kospi, na Coreia do Sul, registrou perdas de 1,1%, para 2.009,36 pontos, o PSEi, nas Filipinas, recuou 0,7%, para 6.179,50 pontos, e o Taiwan Weighted marcou queda de 0,3%, aos 8.392,55 pontos, encerrando uma série de sete altas consecutivas. O índice Hang Seng, de Hong Kong, declinou 0,5% e atingiu 23.910,47 pontos.

Na Austrália, o índice S&P/ASX 200 encerrou em baixa de 0,4% e atingiu os 5.256,1 pontos, na menor pontuação em sete semanas. "Os mercados globais ainda estão tentando entender o prospecto da redução dos estímulos do Fed nos próximos meses, e o mercado acionário nos EUA precisa de uma correção técnica", afirmou o consultor de investimentos na Shaw Stockbroking, Shawn Hickman.


Além disso, mais de 20 empresas devem lançar IPOs antes do Natal, o que também exerce influência negativa sobre os preços. Já a equipe de análise do Goldman Sachs lembrou que os investidores receberão 5,5 bilhões de dólares australianos (US$ 6 bilhões) em pagamentos de dividendos até meados de dezembro.

A exceção ficou por conta do mercado chinês, que recuperou parte das perdas registradas na véspera. O índice Xangai Composto encerrou o dia em alta de 0,7%, aos 2.222,67 pontos, enquanto o Shenzhen Composto ganhou 1,7% e subiu para 1.053,29 pontos.

Ontem os mercados acionários da China registraram fortes perdas após o governo apresentar as linhas gerais para retomar as ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). O governo prevê que o primeiro IPO já poderá ser lançado em janeiro.

"Leva tempo para os investidores avaliarem o potencial impacto", disse Zheng Gang, analista no Yingda Securities. Para Zhang Haidong, analista na Tebon Securities, o mercado provavelmente irá consolidar até o início do primeiro IPO nas próximas semanas.

As ações de empresas do setor de telecomunicações se destacaram na recuperação depois da queda de segunda-feira. Os investidores apostaram que os investimentos no setor aumentarão após a concessão de novas licenças para o investimento em 4G, afirmaram analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valores

Mais de Mercados

Hypera anuncia processo de otimização do capital de giro de até R$2,5 bi

Embraer registra recorde de US$ 22,7 bilhões na carteira de pedidos com aumento de 33% nas entregas

Vale e BHP: termos finais do acordo da barragem do Fundão, em Mariana (MG), devem somar R$ 170 bi

Morre aos 85 anos Peter Rodenbeck, o empresário que trouxe o McDonald's e Outback ao Brasil