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Bolsa registra alta após eleição na Argentina

Às 11:48, o Ibovespa subia 0,37 %, a 107.760,29 pontos

Ibovespa: índice registra leve alta na abertura desta segunda (Cris Faga/Getty Images)

Ibovespa: índice registra leve alta na abertura desta segunda (Cris Faga/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de outubro de 2019 às 10h23.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 12h10.

São Paulo - O Ibovespa ensaiava bater um novo recorde intradia na manhã desta segunda-feira, com papéis de bancos tendo ampla participação na alta, enquanto agentes do mercado reagem aos balanços trimestrais das empresas listadas na bolsa paulista.

Às 11:48, o Ibovespa subia 0,37 %, a 107.760,29 pontos. O volume financeiro era de 3,581 bilhões de reais.

Na máxima, o índice foi aos 108.002,55 pontos, perto do pico intradia histórico de 108.083,26 pontos alcançado na sexta-feira passada.

Da pauta do dia, investidores acompanhavam os desdobramentos dos resultados da eleição argentina, enquanto analisavam nova rodada de corte nas previsões para a taxa básica de juros no Brasil a dois dias das decisões de política monetária aqui e nos Estados Unidos.

Os peronistas voltaram ao poder na Argentina, no domingo, com o candidato Alberto Fernández derrotando o presidente neoliberal Mauricio Macri com uma vantagem confortável, em uma eleição que desloca a terceira maior economia da América Latina para a esquerda depois de sofrer uma profunda crise econômica.

Para a equipe da Levante Investimentos, a notícia deve ter impacto negativo para os mercados emergentes, especialmente o Brasil. Além de poder afetar as empresas brasileiras que investem ou possuem operações no Argentina.

Do lado doméstico, o mercado reduziu ainda mais suas expectativas para a taxa básica de juros em 2020, com o grupo dos que mais acertam as previsões na pesquisa Focus vendo a Selic a 4%, em meio ao ciclo de afrouxamento do Banco Central.

O BC reúne-se na quarta-feira para definir os próximos passos da política monetária, com uma expectativa unânime em pesquisa da Reuters de corte de 0,5 ponto percentual, para nova mínima recorde de 5%. A queda dos juros aumenta a atratividade da renda variável, o que, segundo analistas, explica parte do rali da bolsa paulista neste ano.

O noticiário sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China seguia no radar. O presidente, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que espera assinar uma parte significativa do acordo comercial com a China antes do previsto, mas não deu detalhes sobre o cronograma.

O S&P 500 avançava 0,7% nesta segunda, tendo ultrapassado máxima histórica logo na abertura da sessão.

Destaques

- MAGAZINE LUIZA ON subia 0,8%, perto da ponta superior do Ibovespa, após perder quase 4% nas três sessões anteriores. No setor, VIA VAREJO ON ganhava 1,1%, também entre as maiores altas, e LOJAS AMERICANAS PN valorizava-se 0,7%.

- KLABIN operava em queda de 0,2%, após iniciar as negociações em alta. A empresa teve lucro líquido de 207 milhões de reais no terceiro trimestre crescimento ante o desempenho de 104 milhões obtido no mesmo período do ano passado, apesar de queda no volume vendido e na receita líquida

- HYPERA ON recuava 0,5%. A farmacêutica divulgou na sexta-feira que registrou lucro líquido de 267,2 milhões de reais no terceiro trimestre, alta de 10,3% sobre um ano antes, resultado influenciado pela redução do imposto de renda

- BRADESCO PN avançava 1,9%, sustentando a tendência do índice, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN ganhava 1,5% e BANCO DO BRASIL ON subia 1,1%.

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN avançavam 0,2% ambas, em linha com a alta nos preços dos contratos futuros do petróleo.

- VALE ON caía 0,1%. A Samarco, joint venture da Vale com a BHP obteve autorização para retomar suas operações no Brasil, que estavam suspensas desde um rompimento de barragem em 2015.

- Marcando suas estreias na bolsa, C&A subia 3,6% e BMG UNT subia menos de 0,1%.

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