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Bolsa recua com Previdência e Fed depois de quase encostar em máxima

Durante pregão, índice acionário brasileiro chegou próximo ao recorde histórico, mas fechou em queda de 0,98% a 96.704,27 pontos

Bolsa: Ibovespa encerrou a 96.704,27 pontos (Supachai Laingam / EyeEm/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 20 de fevereiro de 2019 às 18h14.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2019 às 18h41.

A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em queda nesta quarta-feira, após encostar na máxima histórica no começo da sessão, marcada pela apresentação pelo governo da proposta reforma da Previdência e bateria de resultados corporativos, além de ata da última decisão de política monetária nos Estados Unidos .

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 1,14 por cento, a 96.544,81 pontos, de acordo com dados preliminares. No melhor momento, alcançou 98.543,68 pontos, perto do recorde de 98.588,63 pontos registrado no começo do mês.

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O volume financeiro da sessão somava 16,2 bilhões de reais.

Investidores avaliaram positivamente o texto de reforma da Previdência, que prevê endurecimento na concessão de benefícios assistenciais, alíquota de contribuição previdenciária diferente por diferentes faixas salariais. O texto também equaliza a idade mínima de aposentadoria no serviço público e privado.

"A proposta é bem planejada e confiável para reduzir o déficit fiscal", afirmou Bernd Berg, estrategista global de macro e moedas na Woodman Asset Management. Ele ressalvou que não espera que o processo seja suave ou rápido, mas que mantém a visão positiva sobre os ativos brasileiros.

A proposta prevê economia de 1,072 trilhão de reais.

"Agora que a proposta foi apresentada ao Congresso, o foco será o quanto o projeto poderá ser diluído para garantir sua aprovação", destacou o Bank of America Merrill Lynch, citando que detalhes do texto apontam para uma reforma abrangente.

No final da tarde, a ata do Federal Reserve também ocupou a atenção de agentes financeiros e mostrou que o banco central norte-americano avaliou em janeiro que pausar os aumentos da taxa de juros dos EUA representava pouco risco.

Para o gestor Henrique Bredda, da Alaska Asset Management, o documento ajudou a esfriar o ritmo na bolsa, ao reforçar o cenário de economia um pouco mais fraca nos EUA, com membros do Fed querendo desacelerar ou encerrar as reduções no balanço.

Destaques

- BRADESCO PN caiu 1,65 por cento, com bancos entre os destaques negativos. ITAÚ UNIBANCO PN teve baixa de 1,27 por cento, e BANCO DO BRASIL recuou 2,83 por cento.

- PETROBRAS PN recuou 1,24 por cento, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior e anúncio de que iniciou nesta quarta-feira a produção de petróleo e gás natural da P-76, terceira plataforma a entrar em produção no campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos.

- ENGIE BRASIL recuou 5,62 por cento, após forte alta na véspera, tendo no radar lucro líquido de 761,6 milhões de reais no quarto trimestre, alta de 8,1 por cento ano a ano. O BTG disse que o resultado foi sólido, mas esperado.

- B2W caiu 5,36 por cento, após balanço da Via Varejo no quarto trimestre, considerado fraco por analistas. A ação da dona do Ponto Frio e da Casas Bahia, que já havia recuado na véspera, teve baixa de 1,33 por cento, após divulgar prejuízo trimestral de 279 milhões.

- CSN avançou 3,74 por cento, em sessão positiva do setor siderúrgico e antes da divulgação do balanço do quarto trimestre, previsto para após o fechamento do mercado.

- VALE encerrou com acréscimo de 0,68 por cento, tendo no radar anúncio da mineradora de realocação de 125 pessoas situadas no entorno de cinco barragens a montante em Minas Gerais que passam por processo de descomissionamento. Também disse que busca outras auditoras após Tüv Süd suspender emissão de laudos de barragens.

- TIM subiu 2,51 por cento, após balanço do quarto trimestre e expectativa de resultados positivos em 2019, apesar do ambiente altamente competitivo, sobretudo no segmento pré-pago, disseram executivos da operadora. TELEFÔNICA BRASIL , que também divulgou balanço, fechou em baixa de 1,81 por cento.

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