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Bolsa recua com atenções voltadas às pautas em votação no Congresso

Às 12:00, o Ibovespa caía 0,24%, a 94.130,24 pontos. O volume financeiro era de 4,43 bilhões de reais

B3: índice Ibovespa recuava nesta quinta-feira (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)
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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2019 às 11h12.

Última atualização em 23 de maio de 2019 às 12h32.

São Paulo — O índice Ibovespa recuava nesta quinta-feira, com realização de lucros em mais um dia de expectativa com votações no Congresso e em meio a clima de aversão ao risco no exterior por preocupações sobre o Brexit e a disputa comercial entre Estados Unidos e China.

Às 12:00, o Ibovespa caía 0,24%, a 94.130,24 pontos. O volume financeiro era de 4,43 bilhões de reais.

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Para o economista-chefe do banco digital Modalmais, Alvaro Bandeira, é possível observar uma realização de lucros em um momento em que a atenção do mercado se divide entre as votações em pauta no Congresso e os conflitos no exterior.

"A tendência é continuar com essa volatilidade até que saia alguma resolução entre EUA e China, Brexit e que a reforma da Previdência seja aprovada", afirmou.

Na quarta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu deixar a conclusão da votação da Medida Provisória 870, que altera a estrutura do governo federal e reduz o número de ministérios, para esta quinta-feira após um acirramento das tensões no plenário.

Ainda na quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou a admissibilidade da reforma tributária, que agora passará por análise de uma comissão especial.

No front externo, os principais índices acionários de Wall Street operavam em queda diante de preocupações sobre o acirramento das disputas comerciais entre Estados Unidos e China. Também corroborava a piora das negociações sobre o Brexit da primeira-ministra britânica, Theresa May, com o Parlamento britânico, após fracasso da última manobra para tentar concretizar a desfiliação britânica da União Europeia.

Destaques

- NATURA recuava quase 7%, liderando as perdas do Ibovespa, após empresa ter anunciado na véspera acordo para compra da norte-americana Avon numa transação com troca de ações que deve criar o quarto maior grupo de beleza do mundo. Nesta quinta-feira, executivos da fabricante brasileira de cosméticos disseram esperar um aumento das receitas com investimento em marca e digitalização de processos.

- PETROBRAS PN perdia 2% e PETROBRAS ON declinava 2,4%, em linha com a queda nos preços do petróleo no exterior. Na véspera, a estatal informou que seu conselho de administração aprovou o modelo de venda adicional de sua participação na BR Distribuidora , que será conduzida por meio de uma oferta pública secundária de ações.

- GOL tinha alta de 4%, em meio à aprovação do Senado da medida provisória que autoriza a participação de até 100 por cento de capital estrangeiro em companhias aéreas. O texto irá agora à sanção do presidente Jair Bolsonaro e inclui a retomada da franquia mínima de bagagem no transporte aéreo doméstico e internacional de até 23 quilos nas aeronaves a partir de 31 assentos sem cobrança adicional. No setor, AZUL subia 1,6%.

- ITAÚ UNIBANCO PN desvalorizava-se 0,7%, enquanto BRADESCO PN perdia 0,8%, contribuindo para o viés negativo do Ibovespa.

- VALE declinava 0,6%, tendo de pano de fundo notícia de que o grupo China Communications Construction Company (CCCC) em parceria com a mineradora darão nesta quinta-feira o primeiro passo para a instalação de uma laminadora de aço no Pará, com um investimento de 450 milhões de dólares, informou o governo paraense. As ações da mineradora têm apresentado oscilações diante de incertezas envolvendo a segurança de barragem em Barão de Cocais, que, em caso rompimento, pode afetar três municípios de Minas Gerais.

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