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Bolsa recua com ações de bancos e consumo

Às 11:20, o Ibovespa caía 0,92 por cento, a 82.850 pontos

Bovespa: principal índice de ações da B3 recuava quase 1 por cento na manhã desta sexta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 18 de maio de 2018 às 11h50.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 recuava quase 1 por cento na manhã desta sexta-feira, com as ações de bancos e consumo entre as maiores pressões de baixa, tendo como pano de fundo um quadro ainda desfavorável para mercados emergentes, enquando exportadoras atenuavam as perdas diante da disparada do dólar.

Às 11:20, o Ibovespa caía 0,92 por cento, a 82.850 pontos. No pior momento mais cedo, o índice caiu 1,95 por cento, a 81.989 pontos. O volume financeiro era de 4,2 bilhões de reais.

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No exterior, o índice MSCI de ações para mercados emergentes recuava cerca de 0,6 por cento.

Estrategistas do UBS avaliam que o clima negativo nas ações de mercados nos últimos dias está exagerado. Eles não veem isso como uma "crise", mas uma rodada de alta de rendimentos de títulos e do dólar que está tirando dinheiro de ativos arriscados, segundo nota enviada aos clientes.

No Brasil, o dólar chegou a disparar 2 por cento para 3,7774 reais, enfraquecendo papéis de empresas que têm custos na moeda estrangeira, como a companhia aérea Gol, enquanto favorecia setores com receita em dólar, como o de papel e celulose.

O operador da BGC Liquidez Alexandre Soares, afirmou que o movimento no câmbio até limitava a queda no pregão brasileiro, ajudando papéis de exportadoras.

Às 11:21, a moeda tinha elevação ao redor de 1,15 por cento, a 3,7447 reais.

De acordo com o chefe da área de renda fixa da corretora de um importante banco em São Paulo, o mercado está testando o Banco Central brasileiro após ele decidir na quarta-feira manter os juros e citar preocupação com o dólar. "Ele está preocupado com o câmbio? Então tem que atuar", disse.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 2,48 por cento e BRADESCO PN perdia 0,51 por cento, contaminado pelo viés negativo com emergentes em geral, que derrubava o setor bancário como um todo na bolsa brasileira.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON tinham variações positivas de 0,12 e 1,16 por cento, respectivamente, revertendo perdas na abertura, com o petróleo Brent ao redor de 80 dólares o barril e com as negociações sobre a cessão onerosa também no radar. Na véspera, a companhia disse que as negociações com a União sobre a renegociação do contrato de cessão onerosa evoluíram na definição de critérios a serem usados para cálculo do valor final do acerto.

- GOL recuava 2,83 por cento em meio ao fortalecimento do dólar, que afeta o tamanho da dívida da empresa. Além disso, o Brent seguia ao redor de 80 dólares, atuando como pressão adicional aos papéis, uma vez que o preço de combustível é a principal linha de custos das companhias aéreas.

- LOJAS AMERICANAS recuava 3,44 por cento, com o setor de varejo e consumo sofrendo ainda em razão da decisão do Banco Central de interromper o ciclo de corte na taxa básica de juros, instrumento que vinha sendo visto como suporte para o segmento, dada a retomada ainda lenta da atividade econômica.

- SUZANO tinha elevação de 3,69 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, uma vez que a receita da fabricante de papel e celulose é favorecida pela alta do dólar ante o real. No setor, FIBRIA avançava 0,54 por cento e KLABIN UNIT subia 0,23 por cento.

- JBS mostrava alta de 0,86 por cento, também beneficiada pelo movimento no câmbio, mas também pela decisão da Fitch de manter o rating da companhia em 'BB-' e retirar a observação negativa para a nota de crédito da companhia, com perspectiva estável.

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