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Bolsa de Tóquio tem maior perda semanal desde crise de 2008

O Nikkei, que reúne as empresas mais negociadas na capital japonesa, caiu 4,84%, encerrando o dia a 14.952,61 pontos, o menor patamar desde outubro de 2014

Japão: o Nikkei caiu 4,84%, encerrando o dia a 14.952,61 pontos, o menor patamar desde outubro de 2014 (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2016 às 07h37.

São Paulo - A Bolsa de Tóquio voltou a apresentar fortes perdas no pregão desta sexta-feira, após permanecer fechada ontem devido a um feriado nacional no Japão, encerrando sua pior semana desde a crise financeira mundial, em meio a preocupações com a saúde da economia dos EUA e do setor financeiro global.

O Nikkei, que reúne as empresas mais negociadas na capital japonesa, caiu 4,84%, encerrando o dia a 14.952,61 pontos, o menor patamar desde outubro de 2014. Ao longo da semana, o índice acumulou desvalorização de 11,1%, a maior desde outubro de 2008.

A postura cautelosa do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em relação a novos aumentos de juros gerou dúvidas sobre a economia dos EUA e deu forte impulso ao iene frente ao dólar nesta semana.

Ontem, o dólar chegou a cair a 110,99 ienes, seu menor valor desde 31 de outubro de 2014, dia em que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu expandir seu programa de compra de ativos. Nesta manhã, o dólar ensaiava recuperação e subia moderadamente ante a moeda japonesa.

O iene valorizado tende a pressionar economias muito dependentes de exportações, como a do Japão.

"O impacto nos lucros (de empresas japonesas) advindo do iene é muito grande", comentou Fumio Nakakubo, diretor de investimentos para o Japão na divisão de gestão de fortunas do UBS.

Para Nakakubo, uma série de fatores, incluindo a desaceleração da China, a tendência de queda do petróleo e preocupações com a saúde dos bancos europeus estão contribuindo para a fraqueza da economia global e também para o avanço do iene.

Existem temores de que o setor bancário global enfrente uma crise, diante de políticas monetárias que favorecem juros muito baixos ou negativos e do avanço no volume de empréstimos inadimplentes.

Os destaques de baixa em Tóquio hoje incluíram as ações das montadoras Toyota (-6,81%) e Nissan (5,82%) e da fabricante de eletrônicos Sharp (-10,32%).

O tom negativo também penalizou o setor financeiro do mercado japonês: Mitsubishi UFJ recuou 2,23%, enquanto Sumitomo Mitsui Financial Group caiu 4,06%, Mizuho Financial teve queda de 3,66% e Nomura, de 9,21%.

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O Nikkei, que reúne as empresas mais negociadas na capital japonesa, caiu 4,84%, encerrando o dia a 14.952,61 pontos, o menor patamar desde outubro de 2014. Ao longo da semana, o índice acumulou desvalorização de 11,1%, a maior desde outubro de 2008.

A postura cautelosa do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em relação a novos aumentos de juros gerou dúvidas sobre a economia dos EUA e deu forte impulso ao iene frente ao dólar nesta semana.

Ontem, o dólar chegou a cair a 110,99 ienes, seu menor valor desde 31 de outubro de 2014, dia em que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) decidiu expandir seu programa de compra de ativos. Nesta manhã, o dólar ensaiava recuperação e subia moderadamente ante a moeda japonesa.

O iene valorizado tende a pressionar economias muito dependentes de exportações, como a do Japão.

"O impacto nos lucros (de empresas japonesas) advindo do iene é muito grande", comentou Fumio Nakakubo, diretor de investimentos para o Japão na divisão de gestão de fortunas do UBS.

Para Nakakubo, uma série de fatores, incluindo a desaceleração da China, a tendência de queda do petróleo e preocupações com a saúde dos bancos europeus estão contribuindo para a fraqueza da economia global e também para o avanço do iene.

Existem temores de que o setor bancário global enfrente uma crise, diante de políticas monetárias que favorecem juros muito baixos ou negativos e do avanço no volume de empréstimos inadimplentes.

Os destaques de baixa em Tóquio hoje incluíram as ações das montadoras Toyota (-6,81%) e Nissan (5,82%) e da fabricante de eletrônicos Sharp (-10,32%).

O tom negativo também penalizou o setor financeiro do mercado japonês: Mitsubishi UFJ recuou 2,23%, enquanto Sumitomo Mitsui Financial Group caiu 4,06%, Mizuho Financial teve queda de 3,66% e Nomura, de 9,21%.

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