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Bolsa de Tóquio ignora dólar e fecha em queda

A queda foi incluenciada pelos dados de emprego nos EUA

Bolsa de Tóquio: o Nikkei encerrou a segunda-feira com perda de 0,95%, a 18.790,55 pontos (REUTERS/Yuya Shino)
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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2015 às 07h01.

Tóquio - Apesar da alta do dólar em relação ao iene, as ações negociadas em Tóquio iniciaram a semana em queda, com a intensificação de um sentimento de aversão ao risco após um movimento de liquidação nas bolsas de Nova York na sexta-feira, que caíram em reação a dados de emprego nos Estados Unidos.

Diante disso, o índice Nikkei encerrou a segunda-feira com perda de 0,95%, a 18.790,55 pontos, o recuo mais acentuado desde 2 de fevereiro.

Na sexta-feira, o governo dos EUA divulgou que a economia do país criou cerca de 290 mil postos de trabalho em fevereiro, bem acima da expectativa do mercado, de criação de 240 mil vagas.

"Cresceram as especulações sobre um aumento das taxas de juros em junho, mas ainda é preciso verificar uma melhora na renda para fazer o Fed agir de forma decisiva", disse Takashi Hiroki, estrategista-chefe da Monex.

Com isso, as bolsas de Nova York fecharam em queda com um movimento predominante de vendas de ações, o que elevou a aversão ao risco em Tóquio nesta segunda-feira.

Nem mesmo a alta do dólar ante o iene, que costuma valorizar os papéis de exportadoras japonesas, foi capaz de levar o índice Nikkei para o território positivo.

A explicação é que permanece viva a sensação dos investidores de que o mercado financeiro japonês está superaquecido.

Na noite de domingo, o governo japonês informou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no quarto trimestre de 2014 foi revisado para baixo.

A nova estimativa aponta para uma expansão de 1,5% ante igual período de 2013, ante um avanço de 2,2% na leitura anterior.

O resultado, no entanto, teve pouco impacto no mercado. "No momento, o PIB preocupa menos que os juros nos EUA", disse o estrategista Nicholas Smith, da CLSA.

No noticiário corporativo, as maiores quedas foram protagonizadas por distribuidoras de energia, que caíram após a JX Nippon Oil & Energy anunciar que vai dobrar sua produção de energia.

A percepção de aumento da competição levou a Kansai Electric Power, a Tokyo Electric Power e a Chugoku Electric Power a perdem, respectivamente, 3,5%, 1,5% e 2,7%.

No mercado de bônus japoneses, a demanda pelo JGB de 10 anos caiu, na esteira dos treasuries dos EUA, cujos preços recuaram após os resultados de empregos sinalizarem uma melhora na economia norte-americana.

Por volta das 3h (de Brasília), o bônus subia para 0,430%, de 0,380% no mesmo horário na sexta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Tóquio - Apesar da alta do dólar em relação ao iene, as ações negociadas em Tóquio iniciaram a semana em queda, com a intensificação de um sentimento de aversão ao risco após um movimento de liquidação nas bolsas de Nova York na sexta-feira, que caíram em reação a dados de emprego nos Estados Unidos.

Diante disso, o índice Nikkei encerrou a segunda-feira com perda de 0,95%, a 18.790,55 pontos, o recuo mais acentuado desde 2 de fevereiro.

Na sexta-feira, o governo dos EUA divulgou que a economia do país criou cerca de 290 mil postos de trabalho em fevereiro, bem acima da expectativa do mercado, de criação de 240 mil vagas.

"Cresceram as especulações sobre um aumento das taxas de juros em junho, mas ainda é preciso verificar uma melhora na renda para fazer o Fed agir de forma decisiva", disse Takashi Hiroki, estrategista-chefe da Monex.

Com isso, as bolsas de Nova York fecharam em queda com um movimento predominante de vendas de ações, o que elevou a aversão ao risco em Tóquio nesta segunda-feira.

Nem mesmo a alta do dólar ante o iene, que costuma valorizar os papéis de exportadoras japonesas, foi capaz de levar o índice Nikkei para o território positivo.

A explicação é que permanece viva a sensação dos investidores de que o mercado financeiro japonês está superaquecido.

Na noite de domingo, o governo japonês informou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no quarto trimestre de 2014 foi revisado para baixo.

A nova estimativa aponta para uma expansão de 1,5% ante igual período de 2013, ante um avanço de 2,2% na leitura anterior.

O resultado, no entanto, teve pouco impacto no mercado. "No momento, o PIB preocupa menos que os juros nos EUA", disse o estrategista Nicholas Smith, da CLSA.

No noticiário corporativo, as maiores quedas foram protagonizadas por distribuidoras de energia, que caíram após a JX Nippon Oil & Energy anunciar que vai dobrar sua produção de energia.

A percepção de aumento da competição levou a Kansai Electric Power, a Tokyo Electric Power e a Chugoku Electric Power a perdem, respectivamente, 3,5%, 1,5% e 2,7%.

No mercado de bônus japoneses, a demanda pelo JGB de 10 anos caiu, na esteira dos treasuries dos EUA, cujos preços recuaram após os resultados de empregos sinalizarem uma melhora na economia norte-americana.

Por volta das 3h (de Brasília), o bônus subia para 0,430%, de 0,380% no mesmo horário na sexta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

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