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Bolsa de Tóquio recua mais de 3% após BC manter estímulos

A Bolsa do Japão fechou em queda de 3,1% depois que o banco central do país anunciou que não tomaria novas medidas de estímulo à economia

Nikkei: índice já perdeu 7% apenas nesta semana (Issei Kato/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2016 às 07h29.

São Paulo - A Bolsa do Japão caiu acentuadamente nesta quinta-feira após o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manter suas principais taxas juros inalteradas e não anunciar nenhuma medida de estímulo adicional mesmo diante do risco de uma deflação, um crescimento fraco no país e temores com a economia global.

O Nikkei , índice que reúne as empresas mais negociadas na capital do Japão, caiu 3,1%, a 15.434,14 pontos. Apenas nesta semana, o índice já perdeu 7,0%.

Especulações de que o BoJ poderia oferecer algum estímulo em meio a possibilidade de o Reino Unido sair da União Europeia (UE) - em um plebiscito que ocorrerá na próxima semana - tinha gerado certo otimismo entre os investidores, mas a falta de ação minou o compromisso do banco central com a meta de inflação, avaliam analistas.

"Se de fato o Reino Unido deixar o bloco, certamente haverá implicações negativas, principalmente na valorização do iene", destaca Hitoshi Ishiyama, estrategista-chefe da Sumitomo Mitsui Asset Management.

O Japão já tem sofrido com um crescimento lento, além de lutar contra uma possível deflação, e a falta de um estímulo adicional em meio a possibilidade cada vez mais crescente de o Reino Unido deixar a UE - o que tem gerado preocupações nos mercados financeiros ao redor do mundo - fez com que a busca por segurança aumentasse, o que levou o iene ao seu maior nível em quase dois anos, após o dólar atingir uma mínima a 103,55 ienes durante a sessão.

Às 5h00 (de Brasília), o dólar recuava a 103,94 ienes. A valorização acentuada do iene contribuiu para as perdas, uma vez que prejudica diretamente as empresas exportadoras.

Fumio Nakakubo, diretor de investimentos para o Japão na divisão de gestão de fortunas do UBS, disse que o crescente ceticismo sobre a eficácia das políticas monetárias agressivas do BoJ pode ser uma razão pela qual o banco central não tenha agido.

Após o fechamento dos mercados, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse que a instituição está "sempre preparada para empreender flexibilização adicional sem hesitação" e que a taxa de juros pode ser alterada se movimentos ameaçarem minar a meta de inflação de 2%. Ao mesmo tempo, ele enfatizou que o BoJ não tem como alvo a taxa de câmbio.

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O Nikkei , índice que reúne as empresas mais negociadas na capital do Japão, caiu 3,1%, a 15.434,14 pontos. Apenas nesta semana, o índice já perdeu 7,0%.

Especulações de que o BoJ poderia oferecer algum estímulo em meio a possibilidade de o Reino Unido sair da União Europeia (UE) - em um plebiscito que ocorrerá na próxima semana - tinha gerado certo otimismo entre os investidores, mas a falta de ação minou o compromisso do banco central com a meta de inflação, avaliam analistas.

"Se de fato o Reino Unido deixar o bloco, certamente haverá implicações negativas, principalmente na valorização do iene", destaca Hitoshi Ishiyama, estrategista-chefe da Sumitomo Mitsui Asset Management.

O Japão já tem sofrido com um crescimento lento, além de lutar contra uma possível deflação, e a falta de um estímulo adicional em meio a possibilidade cada vez mais crescente de o Reino Unido deixar a UE - o que tem gerado preocupações nos mercados financeiros ao redor do mundo - fez com que a busca por segurança aumentasse, o que levou o iene ao seu maior nível em quase dois anos, após o dólar atingir uma mínima a 103,55 ienes durante a sessão.

Às 5h00 (de Brasília), o dólar recuava a 103,94 ienes. A valorização acentuada do iene contribuiu para as perdas, uma vez que prejudica diretamente as empresas exportadoras.

Fumio Nakakubo, diretor de investimentos para o Japão na divisão de gestão de fortunas do UBS, disse que o crescente ceticismo sobre a eficácia das políticas monetárias agressivas do BoJ pode ser uma razão pela qual o banco central não tenha agido.

Após o fechamento dos mercados, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, disse que a instituição está "sempre preparada para empreender flexibilização adicional sem hesitação" e que a taxa de juros pode ser alterada se movimentos ameaçarem minar a meta de inflação de 2%. Ao mesmo tempo, ele enfatizou que o BoJ não tem como alvo a taxa de câmbio.

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