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Bolsa de Tóquio cai 0,8%, no pior nível em três meses

As preocupações sobre a crise na zona do euro e a fraqueza da moeda única europeia fizeram cair as ações de exportadores com exposição ao euro, como Canon e Nikon

Índice Nikkei, da bolsa de valores de Tóquio, no Japão (Getty Images)

Índice Nikkei, da bolsa de valores de Tóquio, no Japão (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2012 às 06h24.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio, no Japão, fechou em queda nesta terça-feira, na pior pontuação em mais de três meses. As preocupações sobre a crise na zona do euro e a fraqueza da moeda única europeia fizeram cair as ações de exportadores com exposição ao euro, como Canon e Nikon.

O Nikkei perdeu 73,10 pontos, ou 0,8%, e terminou aos 8.900,74 pontos, após alta de 0,2% na sessão de segunda-feira - foi o pior fechamento desde 3 de fevereiro. O volume de negociações aumentou para 2,05 bilhões de ações, não particularmente robusto, mas o maior nível desde 27 de abril.

O índice recuou 0,7% logo após a abertura, no embalo dos fracos desempenhos de Wall Street e das bolsas europeias, depois da rentabilidade dos títulos espanhóis atingir 6% em meio a preocupações sobre as finanças da Espanha.

A persistente incerteza política na Grécia e a ameaça de saída do país da zona do euro, juntamente com o rebaixamento do crédito de 26 bancos italianos pela agência de classificação de risco Moody's, também pesaram no sentimento dos investidores.

Para o mercado acionário japonês, "a maior preocupação é que é difícil prever a extensão da fraqueza do euro se a Grécia deixar a zona do euro", disse Hiroyuki Fukunaga, CEO da Investrust.

"A menos que apareça qualquer direção clara sobre os problemas gregos, o clima de risco vai demorar para se dissipar", afirmou Naoki Fujiwara, gestor de fundos da Shinkin Asset Management, acrescentando que "é provável que o sentimento pessimista continue ao menos mais um mês, com a alta probabilidade de uma nova eleição na Grécia em junho."

Kathy Matsui, estrategista chefe de ações do Goldman Sachs em Tóquio, disse, em nota a clientes, que até que haja uma maior segurança macroeconômica, as ações com melhor visibilidade de ganhos e os balanços relativamente saudáveis podem continuar a ter um desempenho acima do mercado no curto prazo. As informações são da Dow Jones.

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