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Bolsa de NY fecha em baixa com temor sobre petróleo

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, em sua maioria, refletindo a preocupação dos investidores com o efeito do preço elevado do petróleo sobre a recuperação da economia e também com os conflitos na Líbia, onde manifestantes contrários ao governo continuam sofrendo repressão violenta […]

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2011 às 18h17.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em queda, em sua maioria, refletindo a preocupação dos investidores com o efeito do preço elevado do petróleo sobre a recuperação da economia e também com os conflitos na Líbia, onde manifestantes contrários ao governo continuam sofrendo repressão violenta das forças de segurança.

O Dow Jones caiu 37,28 pontos, ou -0,31%, para 12.068,50 pontos, enquanto o S&P-500 recuou 1,30 ponto, ou -0,10%, para 1.306,10 pontos. O Nasdaq foi a exceção e fechou em alta de 14,91 pontos, ou 0,55%, a 2.737,90 pontos.

Hoje os preços do petróleo superaram US$ 103 por barril na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), impulsionados por receios com a possibilidade de a Líbia suspender completamente sua produção da commodity. Posteriormente, no entanto, autoridades dos EUA, da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e da Agência Internacional de Energia (AIE) afirmaram que há suprimentos suficientes para compensar uma eventual interrupção na oferta de petróleo líbio e o valor do barril caiu para perto de US$ 97.

Analistas, no entanto, consideram preocupante o avanço nos preços do petróleo para além dos US$ 100 por barril. "Preços elevados para o petróleo, especialmente se estiverem muito altos, estarão relacionados a um crescimento econômico mais lento e a uma inflação mais forte", disse Hank Herrmann, executivo-chefe da Waddell & Reed Financial.

O petróleo também é o insumo das refinarias e hoje as ações dessas companhias tiveram queda relativamente acentuada, visto que a valorização do barril da commodity pode significar lucros menores para essas empresas se houver dificuldade no repasse dos custos para os consumidores.

"Essas empresas ganham dinheiro com a diferença de preço entre o que compram e o que vendem", disse King Lip, executivo-chefe de investimentos da Baker Avenue Asset Management. "O custo do insumo obviamente disparou, mas o preço da gasolina que elas vendem ainda não acompanhou esse aumento. As refinarias sofrerão uma certa pressão, a não ser que os preços da gasolina comecem a subir", acrescentou.

Os indicadores econômicos divulgados hoje nos EUA mostraram um quadro misto sobre a economia. Entre as empresas que apresentaram balanço, a Priceline.com divulgou que seu lucro do quarto trimestre cresceu 73% na comparação com igual período do ano passado. As ações da companhia, que fazem parte do índice Nasdaq, fecharam em alta de 8,5%.

A General Motors anunciou um lucro líquido de US$ 510 milhões para o quarto trimestre, resultado menor que o esperado pelo mercado, e suas ações caíram 4,5%. As informações são da Dow Jones.

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