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Bolsa de NY fecha em alta puxada por setor de energia

Por Gustavo Nicoletta Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, ganhando força nas últimas horas do pregão com o avanço dos papéis do segmento de energia. Dados divulgados hoje apresentaram um quadro mais positivo do que o esperado sobre a economia do país, mas pouco contribuíram para […]

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2010 às 18h57.

Por Gustavo Nicoletta

Nova York - Os principais índices do mercado de ações dos EUA fecharam em alta, ganhando força nas últimas horas do pregão com o avanço dos papéis do segmento de energia. Dados divulgados hoje apresentaram um quadro mais positivo do que o esperado sobre a economia do país, mas pouco contribuíram para o fortalecimento dos índices, visto que os investidores deram mais atenção ao que consideraram motivos de preocupação na Europa e na China.

Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, o número de pessoas que entraram com pedido de auxílio-desemprego caiu 24 mil e atingiu o menor nível em 4 meses. Economistas ouvidos pela Dow Jones esperavam queda de 7 mil solicitações. Além disso, o déficit comercial do país caiu 5,3% em setembro ante agosto, para US$ 44 bilhões, de acordo com o Departamento de Comércio. A expectativa era de déficit de US$ 45 bilhões.

Apesar disso, o governo chinês pediu que alguns grandes bancos deixem mais dinheiro depositado no banco central, numa tentativa de conter o crescimento do crédito diante das preocupações com a alta da inflação e o indesejado fluxo de capital estrangeiro provocado pela política de afrouxamento monetário do Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Na Europa, ressurgiram os temores relacionados à dívida de países como Portugal, Espanha e Irlanda. "Estamos começando a ver algumas notícias ruins na Europa e não tenho certeza de que o mundo está considerando o afrouxamento quantitativo algo muito amigável - será que isso não atiçará as chamas de uma guerra cambial?", disse Keith Bliss, vice-presidente da Cuttone & Co.

O nervosismo apontado por Bliss ocorre na mesma semana em que os líderes das 20 maiores economias do mundo se reunirão em Seul, na Coreia do Sul. Walter Zimmermann, analista da United-ICAP, disse que os investidores estarão atentos aos sinais de tensão em razão das preocupações crescentes com questões cambiais e ligadas ao comércio. "Estamos todos interessados em qual será a linguagem utilizada pelo G20", acrescentou.

Após passar boa parte da sessão em território negativo, o Dow Jones subiu 10,29 pontos, ou 0,09%, para 11.357,04 pontos, puxado por componentes como Bank of America (+2,44%) e Chevron (+1,93%) - esta última particularmente beneficiada pelo avanço nos preços do petróleo para perto de US$ 88 por barril. O Nasdaq ganhou 15,80 pontos, ou 0,62%, para 2.578,78 pontos. O S&P 500 avançou 5,31 pontos, ou 0,44%, para 1.218,71 pontos.

As ações da Boeing - que faz parte do índice Dow Jones - tiveram uma das quedas mais acentuadas da sessão, recuando 3,15% após um 787 Dreamliner fazer um pouso de emergência no sul do Texas. A situação foi o mais recente revés do novo modelo da companhia, cuja data de entrega está atrasada em três anos na comparação com o cronograma original. As informações são da Dow Jones.

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