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Bolsa de Hong Kong suspende negociação dos HDRs da Vale

Mineradora apresentou “pendências” durante a divulgação dos resultados de 2010

Investimentos estrangeiros em Hong Kong aumentaram 30% (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 15h29.

São Paulo – A mineradora brasileira Vale (VALE3); (VALE5) informou que a negociação de seus HDRs (Hong Kong Depositary Receipts) foi suspensa nesta sexta-feira (25), tanto para os papéis representativos de ações ordinárias, quanto para os de ações preferenciais classe A.

Em comunicado enviado à HKEx (Hong Kong Stock Exchange, a bolsa de valores de Hong Kong), o diretor de finanças e RI da empresa, Guilhermer Perboyre, explica que a negociação foi suspensa por conta de “pendências” sobre a divulgação dos resultados da companhia, referentes ao ano de 2010.

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Em resposta solicitada pela reportagem de EXAME.com, a assessoria de imprensa da Vale informou que "as ações serão negociadas com normalidade na próxima segunda-feira (28). Elas foram suspensas somente em função da divulgação de resultados". A última cotação registrada para os papéis ordinários marcava o preço de 264,8 dólares de Hong Kong, enquanto os preferenciais eram cotados a 228.

Presença na Ásia

As ações da Vale foram listadas para negociação no na bolsa de Hong Kong em dezembro de 2010. O objetivo da operação era oferecer aos investidores de todo o mundo a possibilidade de negociar as ações da mineradora quase vinte e quatro horas por dia, nas Américas, Europa e Ásia, o que consolidaria a posição da Vale como uma empresa global.

Resultados

A Vale registrou no ano passado o maior lucro líquido da história da indústria de mineração: 30,1 bilhões de reais, um resultado que superou as expectativas mais otimistas do mercado. “Estamos vivendo nossos melhores dias”, comemorou o presidente da companhia, Roger Agnelli, no comunicado enviado nos últimos minutos de ontem (24) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O recorde anterior havia sido batido em 2008, com lucro líquido de 21,279 bilhões de reais. Não fosse a crise deflagrada em setembro daquele ano, a Vale certamente teria tido um desempenho melhor, mas sem a certeza de ultrapassar a marca alcançada no ano passado.

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