Bolsa de Buenos Aires tem novo recorde por Petrobras
Os papéis da Petrobras subiram 7,63%. O índice Merval avançou 2,15%, para 3.814,72 pontos, superando os 3.734,24 pontos marcados na última sexta-feira
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Buenos Aires - A Bolsa de Buenos Aires renovou recorde, nesta segunda-feira, 29, sob impulso dos papéis da Petrobras , que subiram 7,63%, e da siderúrgica Siderar, que teve valorização de 5,53%. O índice Merval avançou 2,15%, para 3.814,72 pontos, superando os 3.734,24 pontos marcados na última sexta-feira, 26.
Analistas argentinos ouvidos pela Agência Estado explicaram que a forte alta da Petrobras esteve relacionada a dois fatores: o resultado do trimestre melhor do que o esperado pelo mercado e o cerco oficial que obriga os fundos comuns de investimentos a se desfazer de ações de empresas do Mercosul.
"Os fundamentos da empresa melhoraram e isso se refletiu no preço do papel", disse o operador Rubén Pascuali, da corretora Mayoral, em referência ao resultado do primeiro trimestre, cujo lucro recuou 17%.
Ele também sinalizou que os investidores apostaram nas operações com ações diante das restrições à compra de dólar, especialmente, em dias prévios ao feriado de primeiro de maio.
O analista da corretora Tavelli & Cia., Juan Pablo Vera, concordou que, "como fator externo, a alta acompanhou o ritmo do ADR da Petrobras que subiu 6,70% porque o balanço financeiro foi bom".
Em contrapartida, do ponto de vista interno, continuou o especialistas, nas últimas duas semanas, o volume de negócios com papéis de empresas brasileiras triplicou diante da interpretação da norma da Comissão Nacional de Valores (CNV) que limita a porcentagem máxima de investimento nos papéis chamados de Certificados de Depósito Argentino (Cedears), que possuem ações estrangeiras em suas carteiras.
Em março, o organismo determinou aos investidores de fundos mútuos no mercado de capitais, chamados na Argentina de fundos comuns de investimentos, que eles terão que reservar 75% de seu portfólio para ações de empresas argentinas.
As empresas sediadas no Mercosul (Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) teriam o mesmo tratamento dado às locais, com preferência sobre as situadas fora da América Latina.
Porém, há duas semanas, a CNV informou aos fundos que o privilégio terminaria, porque as operações com os Cedears aumentaram exageradamente, indicando que o instrumento está sendo usado para a fuga de divisas do mercado argentino.
A medida limita uma das poucas brechas ainda existentes para poupar em moeda estrangeira, já que os papéis Cedear são adquiridos em pesos e vendidos no exterior em dólares. "Claramente, a alta da Petrobras e o volume operado em outros papéis brasileiros estão relacionados com o desinvestimento forçoso deste instrumento", afirmou Vera.
"Esta era uma das duas maneiras que os investidores usavam para poder comprar dólares e deixá-los no exterior", comentou o economista-chefe da mesa de um banco estrangeiro.
Ele explicou que, "deixando de lado os Cedears do Mercosul não sobra muita opção para investir em ativos no país". Vera disse que o papel "mais pujante da Bolsa local tem sido o da Petrobras".
Buenos Aires - A Bolsa de Buenos Aires renovou recorde, nesta segunda-feira, 29, sob impulso dos papéis da Petrobras , que subiram 7,63%, e da siderúrgica Siderar, que teve valorização de 5,53%. O índice Merval avançou 2,15%, para 3.814,72 pontos, superando os 3.734,24 pontos marcados na última sexta-feira, 26.
Analistas argentinos ouvidos pela Agência Estado explicaram que a forte alta da Petrobras esteve relacionada a dois fatores: o resultado do trimestre melhor do que o esperado pelo mercado e o cerco oficial que obriga os fundos comuns de investimentos a se desfazer de ações de empresas do Mercosul.
"Os fundamentos da empresa melhoraram e isso se refletiu no preço do papel", disse o operador Rubén Pascuali, da corretora Mayoral, em referência ao resultado do primeiro trimestre, cujo lucro recuou 17%.
Ele também sinalizou que os investidores apostaram nas operações com ações diante das restrições à compra de dólar, especialmente, em dias prévios ao feriado de primeiro de maio.
O analista da corretora Tavelli & Cia., Juan Pablo Vera, concordou que, "como fator externo, a alta acompanhou o ritmo do ADR da Petrobras que subiu 6,70% porque o balanço financeiro foi bom".
Em contrapartida, do ponto de vista interno, continuou o especialistas, nas últimas duas semanas, o volume de negócios com papéis de empresas brasileiras triplicou diante da interpretação da norma da Comissão Nacional de Valores (CNV) que limita a porcentagem máxima de investimento nos papéis chamados de Certificados de Depósito Argentino (Cedears), que possuem ações estrangeiras em suas carteiras.
Em março, o organismo determinou aos investidores de fundos mútuos no mercado de capitais, chamados na Argentina de fundos comuns de investimentos, que eles terão que reservar 75% de seu portfólio para ações de empresas argentinas.
As empresas sediadas no Mercosul (Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) teriam o mesmo tratamento dado às locais, com preferência sobre as situadas fora da América Latina.
Porém, há duas semanas, a CNV informou aos fundos que o privilégio terminaria, porque as operações com os Cedears aumentaram exageradamente, indicando que o instrumento está sendo usado para a fuga de divisas do mercado argentino.
A medida limita uma das poucas brechas ainda existentes para poupar em moeda estrangeira, já que os papéis Cedear são adquiridos em pesos e vendidos no exterior em dólares. "Claramente, a alta da Petrobras e o volume operado em outros papéis brasileiros estão relacionados com o desinvestimento forçoso deste instrumento", afirmou Vera.
"Esta era uma das duas maneiras que os investidores usavam para poder comprar dólares e deixá-los no exterior", comentou o economista-chefe da mesa de um banco estrangeiro.
Ele explicou que, "deixando de lado os Cedears do Mercosul não sobra muita opção para investir em ativos no país". Vera disse que o papel "mais pujante da Bolsa local tem sido o da Petrobras".