Bolsa de Buenos Aires registra queda de mais de 5%
Bolsa latino-americana seguiu mercados globais e chegou aos 2.890.01 pontos
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2011 às 13h26.
Buenos Aires - A bolsa de Buenos Aires acompanha os mercados globais e, por volta das 12h40, registrava forte queda de 5,78%, a 2.890.01 pontos. As ações da siderúrgica Tenaris, a empresa líder do índice Merval, baixavam 7,92% e as da subsidiária da Petrobras retrocediam 8,42%. Os operadores afirmam que a reação da bolsa argentina é uma resposta ao rebaixamento da dívida dos Estados Unidos por parte da agência Standard & Poor's.
"Na semana passada, tivemos componentes locais que acentuaram a reação negativa ao contexto internacional, mas hoje o comportamento está vinculado ao cenário externo", explicou o analista Rubén Pascualli, da corretora Mayoral. Para ele, os investidores olham dos dois lados do Atlântico e não encontram outro cenário diferente de fortes ajustes, dúvidas e turbulências nos EUA e na zona do euro.
"Estas regiões representam 30% da economia mundial e têm um peso relativo suficiente para gerar um impacto significativo no mundo, sem excluir a Argentina, o Brasil e a região", afirmou a economista Diana Mondino, professora de Finanças e diretora da Universidade Ucema.
Em sua opinião, os investidores perceberam, na última semana, que a economia mundial enfrenta um problema de solvência. Diana, ex-analista da S&P na Argentina, afirmou que na Europa, por exemplo, a situação é similar à da Argentina em 2001. "A Grécia tem uma dívida enorme que, se não for honrada, bancos e depositantes serão prejudicados, como ocorreu na Argentina." A economista disse que o contágio da Argentina se dará pela redução na oferta de trabalho e pela via do comércio exterior, especialmente se houver turbulência na economia brasileira, que absorve cerca de 30% das exportações argentinas.
Guitarra
Enquanto a S&P tirava dos títulos americanos o selo "triplo-A", na Argentina os investidores se irritavam com o ministro de Economia, Amado Boudou. Candidato a vice-presidente de Cristina, Boudou fez campanha na periferia, dando uma de roqueiro: subiu ao palco com uma banda de rock e tocou guitarra. A cena já se tornou lugar comum no dia a dia de Boudou, mas não em plena turbulência global. Entre um palco e outro, o ministro disse à imprensa local que, "com a crise, a demanda internacional vai cair, mas tentaremos não só redirecionar o comércio, mas também potencializá-lo".
Buenos Aires - A bolsa de Buenos Aires acompanha os mercados globais e, por volta das 12h40, registrava forte queda de 5,78%, a 2.890.01 pontos. As ações da siderúrgica Tenaris, a empresa líder do índice Merval, baixavam 7,92% e as da subsidiária da Petrobras retrocediam 8,42%. Os operadores afirmam que a reação da bolsa argentina é uma resposta ao rebaixamento da dívida dos Estados Unidos por parte da agência Standard & Poor's.
"Na semana passada, tivemos componentes locais que acentuaram a reação negativa ao contexto internacional, mas hoje o comportamento está vinculado ao cenário externo", explicou o analista Rubén Pascualli, da corretora Mayoral. Para ele, os investidores olham dos dois lados do Atlântico e não encontram outro cenário diferente de fortes ajustes, dúvidas e turbulências nos EUA e na zona do euro.
"Estas regiões representam 30% da economia mundial e têm um peso relativo suficiente para gerar um impacto significativo no mundo, sem excluir a Argentina, o Brasil e a região", afirmou a economista Diana Mondino, professora de Finanças e diretora da Universidade Ucema.
Em sua opinião, os investidores perceberam, na última semana, que a economia mundial enfrenta um problema de solvência. Diana, ex-analista da S&P na Argentina, afirmou que na Europa, por exemplo, a situação é similar à da Argentina em 2001. "A Grécia tem uma dívida enorme que, se não for honrada, bancos e depositantes serão prejudicados, como ocorreu na Argentina." A economista disse que o contágio da Argentina se dará pela redução na oferta de trabalho e pela via do comércio exterior, especialmente se houver turbulência na economia brasileira, que absorve cerca de 30% das exportações argentinas.
Guitarra
Enquanto a S&P tirava dos títulos americanos o selo "triplo-A", na Argentina os investidores se irritavam com o ministro de Economia, Amado Boudou. Candidato a vice-presidente de Cristina, Boudou fez campanha na periferia, dando uma de roqueiro: subiu ao palco com uma banda de rock e tocou guitarra. A cena já se tornou lugar comum no dia a dia de Boudou, mas não em plena turbulência global. Entre um palco e outro, o ministro disse à imprensa local que, "com a crise, a demanda internacional vai cair, mas tentaremos não só redirecionar o comércio, mas também potencializá-lo".