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Bolsa busca melhor maio em 10 anos apesar de saída estrangeira

O índice mostra alta de 1% neste mês, num movimento de recuperação depois da forte queda registrada nas três primeiras semanas de maio.

B3: os investidores estrangeiros retiraram R$ 5,2 bilhões da bolsa neste mês até o dia 28 (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona

Publicado em 31 de maio de 2019 às 11h19.

(Bloomberg) -- O Ibovespa caminha para o primeiro ganho mensal em maio desde 2009, apesar da retirada de recursos pelos investidores estrangeiros.

O índice mostra alta de 1% neste mês, num movimento de recuperação depois da forte queda registrada nas três primeiras semanas de maio. Os indicadores de crescimento econômico mais fracos do que o esperado foram compensados p​ela melhora do cenário político. Os investidores locais passar a ver mais chances de aprovação da reforma da Previdência, a partir do andamento da pauta do governo no Congresso, com a aprovação de medidas provisórias que estavam perto de vencer.

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"Acreditamos que o Brasil conseguirá fazer uma reforma da Previdência considerável no segundo semestre", escreveram os estrategistas do Santander, liderados por Daniel Gewehr, em relatório de 16 de maio. "Avaliamos que o Congresso é agora o dono dessa agenda e que há pouca oposição a elementos-chave da reforma, como a idade mínima”, disse Gewehr.

O Santander reiterou sua recomendação de overweight para o Brasil e a projeção de 115.000 pontos para o Ibovespa - cerca de 18% acima dos níveis atuais.

"Não estamos adicionando nem reduzindo a posição em Brasil", disse Peter Taylor, diretor de ações brasileiras da Aberdeen Asset Management, que tem recomendação de pequeno overweight para as ações do país. "Estamos vendo o terceiro ano de decepção na recuperação do crescimento e ainda estamos em modo ’esperar para ver’ em relação à reforma da Previdência", disse em entrevista por telefone.

Mesmo assim, os investidores estrangeiros retiraram R$ 5,2 bilhões da bolsa neste mês até o dia 28, invertendo o número de fluxo positivo para o ano, de acordo com dados da B3 compilados pela Bloomberg.

De acordo com Pablo Riveroll, diretor de ações da Schroders na América Latina, a aprovação da reforma da Previdência ou um ritmo mais acelerado de recuperação econômica seriam necessários para que ele ampliasse sua recomendação overweight no Brasil.

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