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Mercados asiáticos recuam com alta do petróleo por Líbia

CINGAPURA - Os preços futuros do petróleo avançaram para o maior patamar em dois anos e meio nesta quarta-feira em meio a temores de que interrupções de produção na Líbia possam se espalhar para outras produtores do Oriente Médio e afetar a economia global. A tensão pressionou os mercados acionários da Ásia, que encerraram a […]

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2011 às 08h02.

CINGAPURA - Os preços futuros do petróleo avançaram para o maior patamar em dois anos e meio nesta quarta-feira em meio a temores de que interrupções de produção na Líbia possam se espalhar para outras produtores do Oriente Médio e afetar a economia global. A tensão pressionou os mercados acionários da Ásia, que encerraram a sessão em queda.

Protestos populares derrubaram líderes do Egito e da Tunísia, mas Muammar Gaddafi, o segundo líder mundial há mais tempo no poder depois do sultão de Brunei, afirmou que não será derrubado pela revolta violenta que varre o terceiro maior produtor de petróleo da África.

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Pelo menos três companhias petrolíferes interromperam produção na Líbia, que produz 1,6 milhão de barris por dia, ou quase 2 por cento do fornecimento global.

O preço do petróleo chegou a subir para 96,08 dólares o barril, valor mais alto desde outubro de 2008. Às 7h11 (horário de Brasília), o barril era cotado a 95,74 dólares.

Preços maiores de combustíveis podem impedir o crescimento econômico e prejudicar o resultado de empresas, incentivando pressões inflacionárias e complicando políticas monetárias de governos e bancos centrais.

O índice que reúne bolsas de valores da Ásia com exceção do Japão <.MIAPJ0000PUS> mostrava baixa de 0,52 por cento, a 460,96 pontos. A bolsa de Tóquio <.N225> fechou em queda de 0,8 por cento, com investidores vendendo ativos de risco maior.

"Mesmo que a Líbia pare completamente, não haverá problema de oferta, mas o preço do petróleo nos EUA pode ir para 100 dólares, dado o potencial de contágio da crise para a Arábia Saudita", disse Jonathan Barratt, diretor da Commodity Broking Services, em Sydney.

Companhias de transporte, cujas contas de combustíveis estão em alta, ampliaram as perdas de terça-feira. A Korean Air Line <003490.KS> caiu 1,8 por cento. A Air China <0753.HK>, recuou 0,8 por cento e a Cathay Pacific <0293.HK>, de Hong Kong, tombou 4,2 por cento.

"A única observação que um estrangeiro que está na Ásia pode fazer sobre os eventos no Oriente Médio e Norte da África é que a imprevisibilidade dos acontecimentos e a dificuldade de identificar um cenário no fim das turbulências significa que um equilíbrio nos mercados de ações ainda está a uma certa distância", disse Sean Darby, analista do Nomura.

A bolsa de Xangai <.SSEC> subiu 0,25 por cento, Seul <.KS11> recuou 0,42 por cento e Hong Kong <.HSI> registrou baixa de 0,36 por cento. A bolsa de Taiwan <.TWII> caiu 1,67 por cento, Cingapura <.FTSTI> perdeu 0,57 por cento e Sydney <.AXJO> teve desvalorização de 0,22 por cento.

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