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Boeing irá se reunir com CEOs de aéreas para tentar contornar crise, diz jornal

Empresa tem produzido e entregue menos aeronaves ao mercado depois de problemas com seu modelo 737

Pedido para se reunir com diretores da Boeing é um sinal incomum no mercado (Samuel Corum/Getty Images)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 21 de março de 2024 às 09h55.

Última atualização em 21 de março de 2024 às 09h58.

Os maiores clientes da Boeing estão levando suas frustrações diretamente para o conselho de administração da empresa.

Segundo o The Wall Street Journal, um grupo de CEOs de companhias aéreas solicitou recentemente uma reunião com o conselho da Boeing para expressar preocupação com o acidente da Alaska Airlines e problemas de produção que prejudicaram os planos do setor.

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Os chefes das companhias aéreas querem que os diretores da Boeing abordem as consequências da explosão do painel de 5 de janeiro em um 737 MAX e expliquem seu plano para corrigir os problemas de qualidade da fabricante de aeronaves - cada fez mais frequentes.

A Boeing respondeu oferecendo-se para enviar seu presidente Larry Kellner e outros membros do board para se reunir com executivos de seus principais clientes nos EUA já na próxima semana. Os diretores da Boeing também devem se reunir nas próximas semanas com CEOs de companhias aéreas internacionais que dependem de suas aeronaves.

O pedido para se reunir com os diretores da Boeing é um sinal incomum de frustração com os problemas da fabricante e de seu líder, David Calhoun. O CEO da Boeing não deve participar das reuniões planejadas.

Atrasos na entrega e uma desaceleração na aprovação de novas aeronaves Boeing prejudicaram os planos de crescimento das companhias aéreas. Alaska Airlines, Southwest Airlines, American Airlines e United Airlines estão entre os maiores usuários do 737 MAX, modelo que apresentou muitos problemas recentemente. Num voo da Alaska, por exemplo, uma porta explodiu e levou a um pouso de emergência.

O acidente levantou dúvidas sobre o controle de qualidade de produção da Boeing e a segurança do 737 MAX, modelo bastante utilizada pela principais transportadoras do mundo. Os investigadores do acidente disseram que parecia que o jato envolvido deixou a fábrica da Boeing sem parafusos necessários para manter a tampa da porta segura.

Com isso, a Boeing tem produzido e entregue muito menos aeronaves este ano, à medida que elimina problemas de qualidade e enfrenta escrutínio regulatório. Os analistas esperam que a empresa entregue cerca de 15  aviões por mês pelos próximos 90 dias, abaixo dos mais de 40 mensais entregues no final de 2023.

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