BM&FBovespa prevê 30 IPOs por ano e maior aproximação com mercados da Ásia
Setores ligados ao consumo, construção e recursos naturais devem abrir capital, disse o chairman da bolsa brasileira em entrevista à rede CNBC
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2011 às 09h12.
São Paulo – O presidente do conselho de administração da BM&FBovespa ( BVMF3 ) e ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, prevê que o Brasil terá de 20 a 30 aberturas de capital a cada ano, e afirmou que a bolsa brasileira está preparada para se expandir na Ásia, aproximando-se de Xangai, Hong Kong e Cingapura.
Em entrevista à rede de TV americana CNBC, Fraga estimou que a maioria das empresas que abrirá capital é do setor de consumo, especialmente por conta da ascensão das classes baixa e média no Brasil. Ele citou ainda o potencial do setor de construção e incorporação, que tem recorrido ao mercado de capitais para adquirir recursos, citando inclusive as administradoras de shoppings.
Outro ponto em destaque são as empresas relacionadas aos recursos naturais. “Com o ‘boom’ nos preços das commodities, o Brasil está bem posicionado e muitas companhias chegam ao mercado de olho nos investimentos, em especial infraestrutura”, disse Fraga.
Citando o potencial do agronegócio no Brasil, o chairman da BM&FBovespa estima que os investimentos em infraestrutura serão necessários para escoar toda a produção que está localizada no centro do País, sem falar nas aplicações que serão necessárias para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
200 novos IPOs e 5 milhões de investidores até 2015
Questionado sobre os planos da BM&FBovespa, terceira maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado, Fraga afirmou que as metas são “ambiciosas”. A bolsa brasileira prevê ter 5 milhões de investidores pessoa física até 2015, e conta com a chegada de 200 novas companhias ao mercado de ações até o término deste período.
Para isso, a BM&FBovespa desenvolveu programas para educar as companhias a abrirem capital no futuro, além de projetos que criam uma aproximação maior com os investidores pessoa física.
Fraga explica que, enquanto nos Estados Unidos a taxa básica de juros varia entre 0% e 0,25% e as pessoas estão com o dinheiro “queimando nas mãos e procurando aonde investir”, no Brasil isso não ocorre. Aqui a Selic está atualmente fixada em 12% ao ano e não existe a cultura de investir no longo prazo. “Está é uma barreira na qual não temos controle”, disse o ex-presidente do BC.
“Tenho a esperança de que o governo fará sua parte, criando condições para os juros possam cair. Esta é uma meta até da presidente Dilma Rousseff. Além disso, as pessoas devem começar a aprender mais sobre finanças pessoais, e isso deve começar no sistema público de ensino, criando condições para que a população comece a pensar no seu futuro, fazendo seu dinheiro render”, acredita.
Consolidação das bolsas de valores no mundo
“O mundo está ficando cada vez mais integrado”, disse Armínio Fraga quando questionado sobre o processo de fusão e aquisição visto recentemente entre as principais bolsas de valores no mundo. O executivo lembrou o acordo com o CME Group, onde a BM&FBovespa ampliou a sua participação na Chicago Mercantile Exchange (CME) de 1,8% para 5% em 2010.
“O acordo foi maravilhoso para nós... e estamos buscando por novas oportunidades. É importante para nossos clientes que eles tenham acesso total a diversas opções de investimentos. Contudo, ainda não temos novos planos. Mas nunca se sabe o que está por vir”, ironiza o ex-presidente do BC.
Quando perguntado sobre a necessidade da BM&FBovespa de se “tornar global” para melhor competir com as demais bolsas do mundo, Fraga afirmou que a companhia está preparada para se expandir na Ásia e que gostaria de se aproximar de Xangai, Hong Kong e Cingapura.
São Paulo – O presidente do conselho de administração da BM&FBovespa ( BVMF3 ) e ex-presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, prevê que o Brasil terá de 20 a 30 aberturas de capital a cada ano, e afirmou que a bolsa brasileira está preparada para se expandir na Ásia, aproximando-se de Xangai, Hong Kong e Cingapura.
Em entrevista à rede de TV americana CNBC, Fraga estimou que a maioria das empresas que abrirá capital é do setor de consumo, especialmente por conta da ascensão das classes baixa e média no Brasil. Ele citou ainda o potencial do setor de construção e incorporação, que tem recorrido ao mercado de capitais para adquirir recursos, citando inclusive as administradoras de shoppings.
Outro ponto em destaque são as empresas relacionadas aos recursos naturais. “Com o ‘boom’ nos preços das commodities, o Brasil está bem posicionado e muitas companhias chegam ao mercado de olho nos investimentos, em especial infraestrutura”, disse Fraga.
Citando o potencial do agronegócio no Brasil, o chairman da BM&FBovespa estima que os investimentos em infraestrutura serão necessários para escoar toda a produção que está localizada no centro do País, sem falar nas aplicações que serão necessárias para a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
200 novos IPOs e 5 milhões de investidores até 2015
Questionado sobre os planos da BM&FBovespa, terceira maior bolsa de valores do mundo em valor de mercado, Fraga afirmou que as metas são “ambiciosas”. A bolsa brasileira prevê ter 5 milhões de investidores pessoa física até 2015, e conta com a chegada de 200 novas companhias ao mercado de ações até o término deste período.
Para isso, a BM&FBovespa desenvolveu programas para educar as companhias a abrirem capital no futuro, além de projetos que criam uma aproximação maior com os investidores pessoa física.
Fraga explica que, enquanto nos Estados Unidos a taxa básica de juros varia entre 0% e 0,25% e as pessoas estão com o dinheiro “queimando nas mãos e procurando aonde investir”, no Brasil isso não ocorre. Aqui a Selic está atualmente fixada em 12% ao ano e não existe a cultura de investir no longo prazo. “Está é uma barreira na qual não temos controle”, disse o ex-presidente do BC.
“Tenho a esperança de que o governo fará sua parte, criando condições para os juros possam cair. Esta é uma meta até da presidente Dilma Rousseff. Além disso, as pessoas devem começar a aprender mais sobre finanças pessoais, e isso deve começar no sistema público de ensino, criando condições para que a população comece a pensar no seu futuro, fazendo seu dinheiro render”, acredita.
Consolidação das bolsas de valores no mundo
“O mundo está ficando cada vez mais integrado”, disse Armínio Fraga quando questionado sobre o processo de fusão e aquisição visto recentemente entre as principais bolsas de valores no mundo. O executivo lembrou o acordo com o CME Group, onde a BM&FBovespa ampliou a sua participação na Chicago Mercantile Exchange (CME) de 1,8% para 5% em 2010.
“O acordo foi maravilhoso para nós... e estamos buscando por novas oportunidades. É importante para nossos clientes que eles tenham acesso total a diversas opções de investimentos. Contudo, ainda não temos novos planos. Mas nunca se sabe o que está por vir”, ironiza o ex-presidente do BC.
Quando perguntado sobre a necessidade da BM&FBovespa de se “tornar global” para melhor competir com as demais bolsas do mundo, Fraga afirmou que a companhia está preparada para se expandir na Ásia e que gostaria de se aproximar de Xangai, Hong Kong e Cingapura.