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Bitcoin cairá para US$ 2,8 mil, diz analista

Prepare-se para uma queda de 76% em relação à alta do fim de fevereiro, o que levará o bitcoin a irrisórios US$ 2.800 se a tendência de queda se repetir

Criptomoedas (Denes Farkas/Thinkstock)

Rita Azevedo

Publicado em 16 de março de 2018 às 15h00.

Última atualização em 16 de março de 2018 às 15h00.

Os traders que procuram uma direção futura dos preços debitcoin nos padrões dos gráficos estão encontrando mais indicadores que sugerem que a maior moeda digital do mundo pode enfrentar novas quedas.

A média móvel de 50 dias do bitcoin caiu e atingiu a maior proximidade com a média móvel de 200 dias em nove meses. Uma queda para abaixo desse nível -- algo que não acontece desde 2015 -- sinalizaria para os analistas técnicos uma nova fraqueza futura, fenômeno que chamariam de “death cross”, ou “cruz da morte”. Outro indicador de momentum com média móvel já mostra tendência de queda.

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Apesar de muitos investidores em criptomoedas não seguirem análises técnicas, o universo das moedas digitais está atraindo o interesse de traders profissionais, que prestam cada vez mais atenção nos indicadores após o salto recorde do token em dezembro.

“Houve uma mudança definitiva nos últimos meses após a bolha do fim de 2017”, disse Paul Day, analista técnico e chefe de futuros e opções da Market Securities Dubai.

O estrategista estudou a queda de 2013 da moeda virtual em busca de pistas a respeito de como ela pode se comportar desta vez. A conclusão? Prepare-se para uma queda de 76 por cento em relação à alta do fim de fevereiro, o que levará o bitcoin a irrisórios US$ 2.800 se a tendência de queda se repetir.

Independentemente disso, os investidores em bitcoins deveriam fazer as pazes com a volatilidade, muitas vezes ligada a riscos regulatórios e de segurança.

Quando a média móvel de 50 dias da moeda esteve pela última vez abaixo da média mais longa, nos primeiros 10 meses de 2015, seu desempenho era pouco interessante. O preço caiu 5,2 por cento no período. Posteriormente, do dia em que ficou novamente acima do nível de resistência até o fim do ano, subiu 43 por cento.

A moeda está acima dessa linha desde 2015 e acumulou três ganhos anuais consecutivos no processo.

“Os gráficos e as análises técnicas passaram a ser usados na negociação de bitcoin e outras criptomoedas com a chegada de organismos profissionais ao mercado”, disse Daire Ferguson, da plataforma de câmbio irlandesa AvaTrade, acrescentando que as políticas regulatórias determinarão a sorte dos tokens digitais.

-(Bloomberg/Bloomberg)

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