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BC vende US$ 465 mi em 2º leilão de dólar à vista da sessão

Com a intervenção do Banco Central, a moeda norte-americana registra uma valorização de 2,4%

Dólar: moeda norte-americana apresenta uma alta de 2,4% na operação desta segunda-feira (Don Farrall/Getty Images)

Dólar: moeda norte-americana apresenta uma alta de 2,4% na operação desta segunda-feira (Don Farrall/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2020 às 16h20.

O Banco Central vendeu mais 465 milhões de dólares nesta segunda-feira em moeda à vista, depois de mais cedo ter colocado 3 bilhões de dólares spot em apenas um leilão, quantia elevada da oferta original de 1 bilhão diante da extrema volatilidade nos mercados globais por causa do petróleo e do coronavírus.

O segundo leilão do BC foi anunciado às 15:21:37, depois que o dólar voltou a acelerar a alta e bateu 4,7801 reais na venda enquanto as praças financeiras internacionais aprofundavam as perdas.

O BC não limitou a oferta neste segundo leilão, determinando apenas um valor de 1 milhão de dólares como lote mínimo.

Às 15:48, o dólar avançava 2,35%, a 4,7434 reais na venda.

Na máxima da sessão, alcançada às 9h15, a cotação foi a 4,7950 reais na venda, novo recorde intradiário.

O dólar futuro negociado na B3 tinha um salto de 2,45%, a 4,7485 reais, após bater 4,7990 reais no pico.

Os leilões no mercado à vista marcam uma mudança na estratégia de intervenção da autoridade monetária, que até então vinha ofertando apenas contratos de swap cambial tradicional --que injetam dólares no mercado futuro. Na semana passada, o BC vendeu 5 bilhões de dólares nesses ativos.

Em evento em São Paulo nesta segunda, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse que a instituição atuará no mercado de câmbio com instrumentos e montante necessários para acalmar o mercado e promover a funcionalidade das operações.

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