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BC segura dólar acima de R$1,95 e moeda sobe 0,51% ante real

O anúncio do BC de que faria um leilão de swap cambial reverso segurou a alta da moeda

A divisa norte-americana encerrou a sessão com sua maior alta desde 20 de fevereiro (Chung Sung-Jun/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 17h58.

O dólar fechou com a maior alta frente ao real em quase três semanas nesta segunda-feira após o Banco Central intervir no mercado, segurando a divisa norte-americana acima do nível de 1,95 real, considerado por boa parte do mercado como o piso de uma banda informal para a moeda.

O dólar avançou 0,51 por cento, para 1,9570 real na venda, após atingir 1,9424 real na mínima e 1,9630 na máxima do pregão, com alta de 0,82 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,015 bilhões de dólares.

Foi a maior alta no fechamento desde 20 de fevereiro, quando a moeda avançou 0,56 por cento, cotada a 1,9660 real na venda.

"O que aconteceu foi exatamente aquilo que o mercado esperava. Em determinado momento, o Banco Central já entrou e sacramentou o dia", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

O BC anunciou que faria um leilão de swap cambial reverso --contrato derivativo que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro-- pela manhã, quando a moeda norte-americana era negociada a 1,9455 real na venda, apenas ligeiramente abaixo do fechamento anterior.

Foi a primeira operação desse tipo desde 15 de fevereiro, quando o BC também atuou para conter a queda do dólar após ameaçar testar patamares abaixo de 1,95 real. Analistas especulavam se o governo permitiria que a moeda recuasse para abaixo desse nível para conter pressões inflacionárias e baratear importações de bens de capital.

O dólar fechou abaixo do nível de 1,95 real pela primeira vez em 10 meses na sexta-feira depois que dados de inflação acima das expectativas aumentaram as apostas em alta da taxa básica de juros, o que tornaria ativos denominados em reais mais atraentes para investidores internacionais.

Desde então, investidores negociavam com extrema cautela no mercado cambial, no aguardo de uma possível atuação da autoridade monetária.

Segundo operadores, entretanto, a tendência é que o mercado volte a testar patamares mais baixos para o dólar, diante da perspectiva de maiores entradas de moedas estrangeiras na economia brasileira.


Fatalmente o mercado vai testar esse piso", acrescentou Galhardo. "Aumentou um pouco o fluxo de entrada de dinheiro, isso tem levado a uma certa liquidez e está pesando diariamente no mercado".

Embora o fluxo cambial --balanço de entrada e saída de divisas estrangeiras do país-- tenha fechado fevereiro negativo em 105 milhões de dólares, o país registrou entrada líquida de 3,151 bilhões de dólares na última semana do mês.

Alguns analistas mostravam-se incertos sobre a existência de um chão para a divisa.

"O BC está sinalizando que não vai deixar o real se fortalecer muito, não que haja necessariamente um piso", disse o especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo dos Santos.

A moeda norte-americana quase 4,5 por cento desde o início do ano com apostas de que o BC quer um real mais valorizado para baratear o custo de produtos importados e ajudar na luta contra a inflação.

Na sexta-feira, dados mostraram que a inflação pelo IPCA, índice que baliza o sistema de metas oficial, chegou a 6,31 por cento nos últimos 12 meses --acima das expectativas de economistas e muito próximo do teto de 6,5 por cento estabelecido pelo governo.

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O dólar fechou com a maior alta frente ao real em quase três semanas nesta segunda-feira após o Banco Central intervir no mercado, segurando a divisa norte-americana acima do nível de 1,95 real, considerado por boa parte do mercado como o piso de uma banda informal para a moeda.

O dólar avançou 0,51 por cento, para 1,9570 real na venda, após atingir 1,9424 real na mínima e 1,9630 na máxima do pregão, com alta de 0,82 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,015 bilhões de dólares.

Foi a maior alta no fechamento desde 20 de fevereiro, quando a moeda avançou 0,56 por cento, cotada a 1,9660 real na venda.

"O que aconteceu foi exatamente aquilo que o mercado esperava. Em determinado momento, o Banco Central já entrou e sacramentou o dia", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

O BC anunciou que faria um leilão de swap cambial reverso --contrato derivativo que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro-- pela manhã, quando a moeda norte-americana era negociada a 1,9455 real na venda, apenas ligeiramente abaixo do fechamento anterior.

Foi a primeira operação desse tipo desde 15 de fevereiro, quando o BC também atuou para conter a queda do dólar após ameaçar testar patamares abaixo de 1,95 real. Analistas especulavam se o governo permitiria que a moeda recuasse para abaixo desse nível para conter pressões inflacionárias e baratear importações de bens de capital.

O dólar fechou abaixo do nível de 1,95 real pela primeira vez em 10 meses na sexta-feira depois que dados de inflação acima das expectativas aumentaram as apostas em alta da taxa básica de juros, o que tornaria ativos denominados em reais mais atraentes para investidores internacionais.

Desde então, investidores negociavam com extrema cautela no mercado cambial, no aguardo de uma possível atuação da autoridade monetária.

Segundo operadores, entretanto, a tendência é que o mercado volte a testar patamares mais baixos para o dólar, diante da perspectiva de maiores entradas de moedas estrangeiras na economia brasileira.


Fatalmente o mercado vai testar esse piso", acrescentou Galhardo. "Aumentou um pouco o fluxo de entrada de dinheiro, isso tem levado a uma certa liquidez e está pesando diariamente no mercado".

Embora o fluxo cambial --balanço de entrada e saída de divisas estrangeiras do país-- tenha fechado fevereiro negativo em 105 milhões de dólares, o país registrou entrada líquida de 3,151 bilhões de dólares na última semana do mês.

Alguns analistas mostravam-se incertos sobre a existência de um chão para a divisa.

"O BC está sinalizando que não vai deixar o real se fortalecer muito, não que haja necessariamente um piso", disse o especialista em câmbio da Icap Corretora, Italo dos Santos.

A moeda norte-americana quase 4,5 por cento desde o início do ano com apostas de que o BC quer um real mais valorizado para baratear o custo de produtos importados e ajudar na luta contra a inflação.

Na sexta-feira, dados mostraram que a inflação pelo IPCA, índice que baliza o sistema de metas oficial, chegou a 6,31 por cento nos últimos 12 meses --acima das expectativas de economistas e muito próximo do teto de 6,5 por cento estabelecido pelo governo.

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