Mercados

BC amplia prazo de pagamento antecipado de exportação

O BC informou que havia uma demanda por um prazo maior para essas operações e que as condições de mercado permitiam a mudança para cinco anos


	Banco Central: desde março deste ano o pagamento antecipado de exportações estava limitado a 12 meses
 (Divulgação/Banco Central)

Banco Central: desde março deste ano o pagamento antecipado de exportações estava limitado a 12 meses (Divulgação/Banco Central)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 10h02.

Brasília e São Paulo - O Banco Central divulgou nesta terça-feira circular ampliando de um para cinco anos o prazo para as operações de pagamento antecipado de exportações. O Banco Central informou que havia uma demanda por um prazo maior para essas operações e que as condições de mercado permitiam essa mudança.

Desde março deste ano o pagamento antecipado de exportações estava limitado a 12 meses. O BC decidiu manter uma outra limitação para essas operações, que também foi criada neste ano.

Apenas importadores e instituições financeiras podem financiar os exportadores por meio desse tipo de operação. A medida é anunciada depois que o BC fez, na segunda-feira (03), quatro intervenções no câmbio por meio de leilões de swap cambial e de venda de moeda com recompra.

Mais dólares

Com a ampliação de um ano para cinco anos do prazo para as operações de pagamento antecipado de exportações, o BC solta uma importante amarra adotada em março e que teve impacto forte para conter a entrada de dólares no País.


Para o economista Fernando Genta, da MCM Consultores, a medida é adequada, considerando-se o momento de aumento da demanda por dólares no mercado, e pode amenizar a pressão sobre o câmbio.

"O seu efeito deve ser o de injetar mais dólares no mercado e, consequentemente, melhorar a liquidez", disse o economista. Ele ainda não calculou o impacto potencial de ingresso de dólares decorrentes da medida.

Segundo Genta, o BC reduziu para um ano em março o prazo das operações de pagamento antecipado de exportações sob o argumento de que os players do mercado estavam recorrendo a essa modalidade de crédito não com o objetivo de financiar a exportação, mas para investir os recursos captados no exterior nos juros domésticos - arbitragem.

Acompanhe tudo sobre:B3Banco Centralbolsas-de-valoresComércio exteriorExportaçõesMercado financeiro

Mais de Mercados

DiDi registra lucro de 1,7 bilhão de yuans no 3º trimestre de 2024

Novo patamar: até onde vai a disparada do dólar contra o real?

Real foi oitava moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar em 2024, diz Austin Rating

Pacote fiscal terá um impacto total de R$ 46 bilhões em dois anos, estima BTG Pactual