Banqueiro grego compra casa em Londres antes de falir banco
CEO do estatal ATEbank enviou seus recursos para fora do país antes da bancarrota da instituição
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2012 às 20h33.
São Paulo – Um escândalo político criado por uma questão “ética” de um banqueiro tem agitado a Grécia nos últimos dias. Isso porque o ex-chefe do banco estatal ATEbank teria enviado parte do seu patrimônio para o exterior antes da falência da instituição financeira que comandava. De acordo com o site grego Realnews, Theodoros Pantalakis transferiu 8 milhões de euros para comprar um imóvel em Londres apenas alguns meses antes da bancarrota.
Segundo o executivo, a transação foi devidamente informada às autoridades do país em 2011 e que os impostos da transferência também foram pagos. “Estou em férias e não planejo dizer nada sobre isso até retornar à Atenas”, disse ele em uma entrevista concedida ao Financial Times. Ele é esperado em breve diante de uma comissão do Parlamento grego para falar sobre os três anos que chefiou o banco.
De acordo com o FT, dezenas de gregos endinheirados, entre eles políticos, têm comprado imóveis de alto nível em Londres nos últimos anos. O chefe do Banco Central da Grécia, George Provopoulos, afirmou que concedeu os detalhes da transação para as autoridades da receita do país.
“Ninguém sugeriu que o Sr. Pantalakis enviou ilegalmente os fundos ao exterior, mas há claramente um problema ético porque ele servia como o chefe de um grande banco estatal em uma época de crise financeira e econômica”, disse ao jornal um banqueiro que pediu para não ser identificado.
Outro caso
Não é a primeira vez em que a atuação de executivos dos bancos estatais é questionada. Em agosto de 2009, por exemplo, o banco Hellenic Post Bank, controlado pelo governo grego, comprou quase 1 bilhão de dólares em CDS (Credit Default Swaps) contra os papéis do país. Esse tipo de título é usado como proteção contra um possível calote de um emissor, que nesse caso seria o próprio governo da Grécia. Quanto mais elevado é o custo de um CDS, maior é a expectativa de que ocorra um calote.
O Hellenic comprou os papéis quando eles estavam com o spread - diferencial em relação ao título original - em 135 pontos-base. Em dezembro, a direção vendeu os papéis com um spread de 235 pontos-base, lucrando aproximadamente 35 milhões de dólares, revelam documentos obtidos pelo jornal grego Kathimerini.
São Paulo – Um escândalo político criado por uma questão “ética” de um banqueiro tem agitado a Grécia nos últimos dias. Isso porque o ex-chefe do banco estatal ATEbank teria enviado parte do seu patrimônio para o exterior antes da falência da instituição financeira que comandava. De acordo com o site grego Realnews, Theodoros Pantalakis transferiu 8 milhões de euros para comprar um imóvel em Londres apenas alguns meses antes da bancarrota.
Segundo o executivo, a transação foi devidamente informada às autoridades do país em 2011 e que os impostos da transferência também foram pagos. “Estou em férias e não planejo dizer nada sobre isso até retornar à Atenas”, disse ele em uma entrevista concedida ao Financial Times. Ele é esperado em breve diante de uma comissão do Parlamento grego para falar sobre os três anos que chefiou o banco.
De acordo com o FT, dezenas de gregos endinheirados, entre eles políticos, têm comprado imóveis de alto nível em Londres nos últimos anos. O chefe do Banco Central da Grécia, George Provopoulos, afirmou que concedeu os detalhes da transação para as autoridades da receita do país.
“Ninguém sugeriu que o Sr. Pantalakis enviou ilegalmente os fundos ao exterior, mas há claramente um problema ético porque ele servia como o chefe de um grande banco estatal em uma época de crise financeira e econômica”, disse ao jornal um banqueiro que pediu para não ser identificado.
Outro caso
Não é a primeira vez em que a atuação de executivos dos bancos estatais é questionada. Em agosto de 2009, por exemplo, o banco Hellenic Post Bank, controlado pelo governo grego, comprou quase 1 bilhão de dólares em CDS (Credit Default Swaps) contra os papéis do país. Esse tipo de título é usado como proteção contra um possível calote de um emissor, que nesse caso seria o próprio governo da Grécia. Quanto mais elevado é o custo de um CDS, maior é a expectativa de que ocorra um calote.
O Hellenic comprou os papéis quando eles estavam com o spread - diferencial em relação ao título original - em 135 pontos-base. Em dezembro, a direção vendeu os papéis com um spread de 235 pontos-base, lucrando aproximadamente 35 milhões de dólares, revelam documentos obtidos pelo jornal grego Kathimerini.