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Bancos levantam Ibovespa, mas OGX e Vale reduzem alta

Índice apresenta variação positiva de 0,35 por cento, a 53.971 pontos, com giro financeiro de 4,3 bilhões de reais


	Mulher passa em frente ao logo da Bovespa, em São Paulo: setor financeiro é o principal destaque da bolsa desde o início da sessão
 (REUTERS/Nacho Doce)

Mulher passa em frente ao logo da Bovespa, em São Paulo: setor financeiro é o principal destaque da bolsa desde o início da sessão (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 16h06.

São Paulo - O principal índice da Bovespa subia nesta sexta-feira, com o expressivo avanço das units do Santander Brasil ajudando a levantar o setor financeiro como um todo, o que compensava a queda da petroleira OGX e da mineradora Vale.

Às 15h37, o Ibovespa tinha variação positiva de 0,35 por cento, a 53.971 pontos. O giro financeiro do pregão era de 4,3 bilhões de reais.

O setor financeiro é o principal destaque da bolsa desde o início da sessão, após o Santander Brasil ter anunciado na noite de quinta-feira mudanças para otimizar sua estrutura de capital que permitirão remunerar os acionistas em 6 bilhões de reais.

"Gostamos da proposta de redução de capital, já que o Santander Brasil estava investindo seu excesso de capital com uma taxa de juros abaixo de seu custo de capital", afirmaram analistas do Itaú BBA liderados por Regina Longo Sanchez em relatório.

Além da alta de 7,99 por cento nas units da instituição financeira, ações de outros bancos, como Banco do Brasil e Itaú Unibanco, também exibiam fortes ganhos.

"Outro ponto é que, segundo as novas regras para o Ibovespa, os bancos vão ser o principal setor da bolsa a partir de meados do ano que vem. O ajuste de posições já pode começar no fim deste ano", afirmou o analista Carlos Daltozo, do BB Investimentos.

A nova estrutura do Ibovespa, que começa a valer em 2014, vai mudar a composição setorial do índice, com bancos tomando a primeira posição do setor de petróleo, enquanto os setores siderúrgico e de construção perderão peso. Na outra ponta, a ação da petroleira OGX era a principal pressão negativa, na inércia do tombo de 16,22 por cento sofrido na véspera. "Isso (a queda) está ocorrendo em meio às especulações sobre a possibilidade de um default e de que a empresa saia do Ibovespa", afirmou o operador Carlos Nielebock, da Icap Corretora. "O mercado especula que isso possa ocorrer logo no início de outubro, se ocorrer o default e a empresa decretar recuperação judicial", completou. A OGX tem afirmado repetidamente que não tem intenção de reestruturar sua dívida, mas está em um processo de reavaliação de sua estrutura de capital. As ações ordinárias e preferenciais da mineradora Vale também limitavam a alta do índice. No cenário externo, continuava pesando a apreensão com as negociações sobre o orçamento e o teto da dívida dos Estados Unidos, que pode tocar o limite em 17 de outubro, levando o país a um default se não for elevado.

"Caso essa discussão não evolua, automaticamente os EUA são obrigados a cortar investimentos, o que pode frear uma recuperação da economia", afirmou o economista Fausto Gouveia, da Legan Asset.

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