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Bancos derrubam Bovespa em pregão de baixo volume

Índice caiu 0,76 por cento, a 52.239 pontos, pressionado pelas ações da Petrobras e pelo setor financeiro

Bovespa: giro financeiro foi de R$ 4,5 bilhões, contra média diária de R$ 6,6 bilhões em 2014 (Alexandre Battibugli/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 18h04.

São Paulo - A Bovespa fechou no vermelho nesta quinta-feira, em novo pregão de poucos negócios, pressionada pelas ações da Petrobras e pelo setor financeiro, que repercutiu dados de crédito do Banco Central.

O Ibovespa caiu 0,76 por cento, a 52.239 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 4,5 bilhões de reais, contra média diária de 6,6 bilhões em 2014.

Todas as ações de bancos que integram o índice recuaram e o setor, que possui o maior peso no Ibovespa, foi a principal pressão negativa do dia.

Além da incerteza sobre os desdobramentos futuros do caso de perdas geradas em cadernetas de poupanças por planos econômicos no Supremo Tribunal Federal (STF), o mercado voltou os olhos para a nota de crédito do BC.

O crescimento do crédito em abril baseado principalmente nos empréstimos de bancos públicos foi um ponto negativo, disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, já que parte do mercado esperava que o papel de tais instituições diminuísse, abrindo espaço para bancos privados.

Em relatório, o Goldman Sachs afirmou que "o crescente papel dos bancos públicos na originação e alocação de crédito têm implicações macroeconômicas e é uma fonte de desconforto no médio prazo".

Com queda de cerca de 2 por cento, as ações da Petrobras foram outro peso sobre o Ibovespa.

A ação da JBS caiu mais de 4 por cento, maior queda do índice, com investidores temendo uma guerra de ofertas, após a Tyson Foods fazer uma proposta pela Hillshire Brands maior que a da Pilgrim's Pride, unidade da empresa brasileira nos Estados Unidos.

A JBS já havia caído mais de 4 por cento na terça, quando a Pilgrim's anunciou a oferta pela Hillshire, em meio a preocupações com o endividamento do grupo. Na ponta positiva, Rossi Residencial e Souza Cruz foram destaques.

No exterior, o mercado digeriu o resultado da revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que no primeiro trimestre teve contração pela primeira vez em três anos devido ao inverno rigoroso.

Ainda assim, as bolsas do país fecharam no azul devido a expectativas de crescimento forte no segundo trimestre.

A atuação dos investidores estrangeiros tem sustentado o Ibovespa nos níveis atuais, com especialistas alertando que a retirada de recursos externos traria uma forte correção para a bolsa.

"A bolsa não tem definido tendência firme pois o estrangeiro está comprado e investidores institucionais e pessoas físicas estão vendidos... Se esse capital externo tiver uma saída abrupta, teremos o índice definindo queda", disse o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine.

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São Paulo - A Bovespa fechou no vermelho nesta quinta-feira, em novo pregão de poucos negócios, pressionada pelas ações da Petrobras e pelo setor financeiro, que repercutiu dados de crédito do Banco Central.

O Ibovespa caiu 0,76 por cento, a 52.239 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 4,5 bilhões de reais, contra média diária de 6,6 bilhões em 2014.

Todas as ações de bancos que integram o índice recuaram e o setor, que possui o maior peso no Ibovespa, foi a principal pressão negativa do dia.

Além da incerteza sobre os desdobramentos futuros do caso de perdas geradas em cadernetas de poupanças por planos econômicos no Supremo Tribunal Federal (STF), o mercado voltou os olhos para a nota de crédito do BC.

O crescimento do crédito em abril baseado principalmente nos empréstimos de bancos públicos foi um ponto negativo, disse o economista Hersz Ferman, da Elite Corretora, já que parte do mercado esperava que o papel de tais instituições diminuísse, abrindo espaço para bancos privados.

Em relatório, o Goldman Sachs afirmou que "o crescente papel dos bancos públicos na originação e alocação de crédito têm implicações macroeconômicas e é uma fonte de desconforto no médio prazo".

Com queda de cerca de 2 por cento, as ações da Petrobras foram outro peso sobre o Ibovespa.

A ação da JBS caiu mais de 4 por cento, maior queda do índice, com investidores temendo uma guerra de ofertas, após a Tyson Foods fazer uma proposta pela Hillshire Brands maior que a da Pilgrim's Pride, unidade da empresa brasileira nos Estados Unidos.

A JBS já havia caído mais de 4 por cento na terça, quando a Pilgrim's anunciou a oferta pela Hillshire, em meio a preocupações com o endividamento do grupo. Na ponta positiva, Rossi Residencial e Souza Cruz foram destaques.

No exterior, o mercado digeriu o resultado da revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, que no primeiro trimestre teve contração pela primeira vez em três anos devido ao inverno rigoroso.

Ainda assim, as bolsas do país fecharam no azul devido a expectativas de crescimento forte no segundo trimestre.

A atuação dos investidores estrangeiros tem sustentado o Ibovespa nos níveis atuais, com especialistas alertando que a retirada de recursos externos traria uma forte correção para a bolsa.

"A bolsa não tem definido tendência firme pois o estrangeiro está comprado e investidores institucionais e pessoas físicas estão vendidos... Se esse capital externo tiver uma saída abrupta, teremos o índice definindo queda", disse o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine.

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