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Bancos de investimento do Brasil buscam emissores no exterior

BTG Pactual, Itaú BBA, Bradesco BBI e BB Securities estão se envolvendo em operações para clientes estrangeiros

O movimento acontece também num momento em que os maiores bancos de investimentos globais dos EUA e da Europa se reestruturam vendendo ativos (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 18h53.

São Paulo - Discretamente, bancos de investimentos brasileiros estão expandindo a atuação no mercado de dívida para emissores de fora do país.

Em 2012, em meio à reabertura da janela desse mercado, que já trouxe cerca 15 bilhões de dólares para o país, BTG Pactual, Itaú BBA, Bradesco BBI e BB Securities estão se envolvendo em operações para clientes estrangeiros.

O BBA está coordenando uma emissão da elétrica argentina Edesa, enquanto o BTG lidera uma captação para a cidade de Buenos Aires. O Bradesco BBI participou como co-manager de uma captação global da montadora Ford. E o braço de securities do BB diz que também está sendo sondado por empresas latinas.

"Temos dois mandatos no Chile", disse à Reuters a diretora de mercado de capitais internacional do Itaú BBA, Nadine Cavusoglu. "Podemos ter mais operações de América Latina a partir de março." Para executivos dos bancos, as operações refletem um gradual processo de expansão nos últimos anos, com as instituições domésticas fincando os pés nos principais centros de distribuição global para os investidores, baseado no tripé Estados Unidos (Nova York), Europa (Londres) e Ásia (Hong Kong ou Cingapura).


No começo, esse movimento atendeu mais a emissões de sucursais de empresas brasileiras no exterior, tais como Gerdau e Vale. Com maior estrutura e acesso a investidores, os bancos chamaram a atenção de emissores de fora.

"Os bancos brasileiros estão sendo levados mais a sério", disse o diretor do Bradesco BBI Renato Ejnismam. O banco de investimento inaugurou na semana passada uma unidade em Hong Kong.

O movimento acontece também num momento em que os maiores bancos de investimentos globais dos EUA e da Europa se reestruturam vendendo ativos, segregando atividades ou demitindo empregados, em meio a um ambiente regulatório mais exigente, após as crises dos últimos anos que deixou vários deles fragilizados.

Enquanto isso, as instituições nacionais estão espalhando filiais pela América Latina, liderados por BTG e Itaú BBA.

O primeiro, ao finalizar semana passada a compra do banco de investimentos chileno Celfin, avisou que deve ter a nova unidade como base para, entre outras atividades, operar com mercados de dívida de vizinhos latinos como Peru, Colômbia.

"A estratégia do banco é continuar falando com companhias fora do Brasil", disse o diretor responsável por captações externas no BTG Pactual, Alexander Sandy Severino.

Já o Itaú tem escritórios na Argentina, na Colômbia, no Peru e no Chile. O Bradesco pretende também ter filiais na Colômbia e no Peru, segundo o vice-presidente do Bradesco responsável pelo BBI, Sérgio Clemente.

NO Banco do Brasil, o braço de banco de investimentos passou para o guarda-chuva da área internacional, chefiada pelo vice-presidente Paulo Rogério Caffarelli, num claro sinal de que o setor deve ser envolvido nos planos de maior presença da instituição no exterior.

Em meio a essa ofensiva, dias atrás, o Bradesco BBI foi convidado a atuar como co-manager numa recente operação global da Ford Motor. O banco tratou o episódio com discrição por se tratar de uma participação coadjuvante em relação aos chamados bookrunners, mas foi uma novidade para instituições brasileiras.

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São Paulo - Discretamente, bancos de investimentos brasileiros estão expandindo a atuação no mercado de dívida para emissores de fora do país.

Em 2012, em meio à reabertura da janela desse mercado, que já trouxe cerca 15 bilhões de dólares para o país, BTG Pactual, Itaú BBA, Bradesco BBI e BB Securities estão se envolvendo em operações para clientes estrangeiros.

O BBA está coordenando uma emissão da elétrica argentina Edesa, enquanto o BTG lidera uma captação para a cidade de Buenos Aires. O Bradesco BBI participou como co-manager de uma captação global da montadora Ford. E o braço de securities do BB diz que também está sendo sondado por empresas latinas.

"Temos dois mandatos no Chile", disse à Reuters a diretora de mercado de capitais internacional do Itaú BBA, Nadine Cavusoglu. "Podemos ter mais operações de América Latina a partir de março." Para executivos dos bancos, as operações refletem um gradual processo de expansão nos últimos anos, com as instituições domésticas fincando os pés nos principais centros de distribuição global para os investidores, baseado no tripé Estados Unidos (Nova York), Europa (Londres) e Ásia (Hong Kong ou Cingapura).


No começo, esse movimento atendeu mais a emissões de sucursais de empresas brasileiras no exterior, tais como Gerdau e Vale. Com maior estrutura e acesso a investidores, os bancos chamaram a atenção de emissores de fora.

"Os bancos brasileiros estão sendo levados mais a sério", disse o diretor do Bradesco BBI Renato Ejnismam. O banco de investimento inaugurou na semana passada uma unidade em Hong Kong.

O movimento acontece também num momento em que os maiores bancos de investimentos globais dos EUA e da Europa se reestruturam vendendo ativos, segregando atividades ou demitindo empregados, em meio a um ambiente regulatório mais exigente, após as crises dos últimos anos que deixou vários deles fragilizados.

Enquanto isso, as instituições nacionais estão espalhando filiais pela América Latina, liderados por BTG e Itaú BBA.

O primeiro, ao finalizar semana passada a compra do banco de investimentos chileno Celfin, avisou que deve ter a nova unidade como base para, entre outras atividades, operar com mercados de dívida de vizinhos latinos como Peru, Colômbia.

"A estratégia do banco é continuar falando com companhias fora do Brasil", disse o diretor responsável por captações externas no BTG Pactual, Alexander Sandy Severino.

Já o Itaú tem escritórios na Argentina, na Colômbia, no Peru e no Chile. O Bradesco pretende também ter filiais na Colômbia e no Peru, segundo o vice-presidente do Bradesco responsável pelo BBI, Sérgio Clemente.

NO Banco do Brasil, o braço de banco de investimentos passou para o guarda-chuva da área internacional, chefiada pelo vice-presidente Paulo Rogério Caffarelli, num claro sinal de que o setor deve ser envolvido nos planos de maior presença da instituição no exterior.

Em meio a essa ofensiva, dias atrás, o Bradesco BBI foi convidado a atuar como co-manager numa recente operação global da Ford Motor. O banco tratou o episódio com discrição por se tratar de uma participação coadjuvante em relação aos chamados bookrunners, mas foi uma novidade para instituições brasileiras.

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