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Balanços: algumas surpresas, nenhum grande mudança

Após a calmaria do feriado, a quinta-feira tem tudo para ser agitada no mercado financeiro com a retomada dos balanços do terceiro trimestre. Ao menos nove empresas de capital aberto publicam seus resultados, entre as quais estão a operadora de turismo CVC, a empresa de milhas Multiplus e a concessionária de rodovias CCR. Um levantamento […]

Suzano: conversão dos papéis será feita na proporção 1 para 1 (Germano Luders/Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2016 às 21h07.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h43.

Após a calmaria do feriado, a quinta-feira tem tudo para ser agitada no mercado financeiro com a retomada dos balanços do terceiro trimestre. Ao menos nove empresas de capital aberto publicam seus resultados, entre as quais estão a operadora de turismo CVC, a empresa de milhas Multiplus e a concessionária de rodovias CCR.

Um levantamento da consultoria Economatica para EXAME Hoje revela que as 50 empresas listadas que já publicaram seus balanços apresentaram um lucro total de 20,1 bilhões de reais no terceiro trimestre. O valor é quase cinco vezes maior que o lucro de 4,2 bilhões de reais que essas mesmas companhias tiveram entre julho a setembro de 2015.

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Apesar do grande aumento nos ganhos, a melhora veio de casos muito específicos e que não significam que o trimestre foi de alívio. Entre os maiores destaques está o balanço da mineradora Vale, que lucrou 1,8 bilhão de reais neste ano com a melhora no câmbio e no preço do minério, ante o prejuízo de 6,6 bilhões de reais no ano passado. Os números também foram impulsionados pelas exportadoras de papel e celulose Fibria, Suzano e Klabin que saíram de um prejuízo total de 2,9 bilhões de reais no período em 2015 para um lucro de 112 milhões de reais este ano. O ganho dessas companhias não foi impulsionado por uma melhora expressiva nas receitas, e sim por um ganho financeiro com a variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira.

Até aqui, a temporada já serviu para mostrar que a situação de alguns setores continua complicada, como é o caso das varejistas. No segmento de roupas, a Renner teve a sua primeira queda nas vendas no conceito mesmas lojas (abertas pelo menos 12 meses) desde 2009. Na Via Varejo, que reúne operações das Casas Bahia e Ponto Frio, o prejuízo quase dobrou na comparação anual, para 89 milhões de reais. A temporada de balanços ainda vai até o dia 15 de novembro. Até lá, investidores estarão esperando por surpresas, boas, é claro.

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