Azul firma acordos de R$ 3 bi com arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos
Empresa renegociou 92% de suas obrigações com esses credores, que trocarão dívida por ações da companhia aérea; informação foi antecipada pelo INSIGHT
Repórter Exame IN
Publicado em 7 de outubro de 2024 às 22h34.
Última atualização em 7 de outubro de 2024 às 22h37.
A companhia aéreaAzul anunciou hoje que firmou acordos de renegociação com 92% de suas obrigações com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs). No total são cerca de R$ 3 bilhões em obrigações que foram renegociados.
A proximidade de um acordo com a maioria de seus lessores, jargão do setor para os arrendadores de aeronaves, foi antecipada pelo INSIGHT no fim de setembro.
Um acordo com esses credores é crucial para que a companhia aérea ganhe o aval dos bondholders para a nova injeção de capital, apurou o INSIGHT.
Em nota desta segunda-feira, 7, a companhia destacou que esses acordos fazem parte de uma estratégia paramelhorar a geração de caixa e otimizar a estrutura de capital da companhia.
O processo envolve a substituição de obrigações por ações preferenciais da Azul, com os arrendadores e OEMs concordando em abrir mão de suas participações em cerca de R$ 3 bilhões em dívidas. Como contrapartida, esses credores receberão até 100 milhões de novas ações preferenciais da Azul, sujeitas a condições e aprovações corporativas.
Segundo o comunicado oficial, a Azul está em negociações com os detentores dos 8% restantes das obrigações e continua conversando com outras partes envolvidas. A companhia destaca que mantém a intenção de finalizar a documentação necessária para "garantir o sucesso desse plano de reestruturação".