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Aversão a risco no exterior ajuda a puxar o Ibovespa para baixo

Sessão da bolsa de valores é marcada ainda por vencimento de opções sobre o Ibovespa, o que pode adicionar alguma volatilidade aos negócios

Bolsa brasileira: às 11:24, o Ibovespa caía 0,9 por cento, a 68.062 pontos. O giro financeiro era de 1,74 bilhão de reais (Germano Luders/Site Exame)

Bolsa brasileira: às 11:24, o Ibovespa caía 0,9 por cento, a 68.062 pontos. O giro financeiro era de 1,74 bilhão de reais (Germano Luders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 17 de maio de 2017 às 11h36.

Última atualização em 17 de maio de 2017 às 11h45.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista recuava nesta quarta-feira, após subir por seis pregões seguidos, tendo como pano de fundo o cenário externo menos favorável a ativos de risco diante de preocupações com o governo do presidente norte-americano, Donald Trump.

A sessão é marcada ainda por vencimento de opções sobre o Ibovespa, o que pode adicionar alguma volatilidade aos negócios.

Às 11:24, o Ibovespa caía 0,9 por cento, a 68.062 pontos. O giro financeiro era de 1,74 bilhão de reais.

A cautela no exterior ganhou força após notícias de que o presidente dos Estados Unidos teria pedido ao então diretor do FBI, James Comey, para encerrar investigação sobre as ligações entre o ex-conselheiro de segurança nacional da Casa Branca Michael Flynn e a Rússia.

"As notícias de Washington aumentam as preocupações já crescentes com a agenda econômica que deveria impulsionar a expansão econômica com uma reforma tributária dramática, iniciativa de infraestrutura e reorientação do comércio", escreveram analistas do banco de investimentos Brown Brothers Harriman (BBH).

Localmente, as atenções seguem voltadas às reformas, com destaque para a da Previdência, e investidores aguardando a votação da medida no plenário da Câmara dos Deputados.

Destaques

- JBS ON tinha baixa de 2,54 por cento, ampliando as perdas da véspera após o balanço do primeiro trimestre e com as operações da Polícia Federal envolvendo o nome da empresa ainda pesando sobre o ativo. Também no radar estavam as expectativas quanto à oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos Estados Unidos da subsidiária JBS Foods International. Na véspera, o presidente da JBS disse que ainda vê o segundo semestre como uma janela para a realização do IPO.

- Itaú Unibanco PN perdia 1,04 por cento e Bradesco PN tinha baixa de 1,4 por cento, em pregão negativo para o setor bancário como um todo, o que reforçava o viés baixista do Ibovespa devido ao peso das ações em sua composição. Banco do Brasil ON recuava 1,7 por cento e Santander UNIT cedia 0,84 por cento.

- Petrobras PN caía 0,45 por cento e Petrobras ON perdia 0,25 por cento, contrariando a alta do petróleo no mercado internacional, que subia com expectativas de que dados semanais de estoques dos EUA possam dar ao investidor uma pista sobre a efetividade dos cortes de produção liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

- Vale PNA tinha baixa de 1,16 por cento e Vale ON recuava 1,47 por cento, também acompanhando o tom negativo do mercado, apesar do avanço dos contatos futuros do minério de ferro na China.

- Qualicorp ON subia 1,35 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa, esticando ganhos observados após o balanço trimestral, que levou analistas do Credit Suisse a elevarem o preço-alvo da ação de 26 para 30 reais.

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