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Aversão a risco derruba Ibovespa e acentua volatilidade

Índice era contaminado pelo o movimento de desalavancagem nos mercados financeiros no exterior

BM&FBovespa: às 11h09, o Ibovespa recuava 2,61 por cento, a 54.672 pontos (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 11h28.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava fortemente pelo segundo pregão consecutivo nesta quinta-feira, contaminado pelo o movimento de desalavancagem nos mercados financeiros no exterior em meio a preocupações sobre a dinâmica do crescimento global.

Pesquisas eleitorais confirmando empate técnico na disputa presidencial também estavam no radar, e corroboravam o viés de baixa ao mostrar aumento na rejeição ao candidato do PSDB, Aécio Neves, revelado pelo Datafolha.

Às 11h09, o Ibovespa recuava 2,61 por cento, a 54.672 pontos, com praticamente todas as ações da carteira teórica no vermelho. O volume financeiro do pregão somava 2,33 bilhões de reais.

A mudança na percepção sobre a força da economia mundial e a leitura de que bancos centrais podem não atuar de forma tão agressiva levaram muitos investidores a embolsarem lucros recentes e reduzirem suas posições em ativos mais arriscados.

Nesta sessão, o europeu FTSEurofirst 300 tocou a mínima de 13 meses e norte-americano S&P 500 cedia 0,9 por cento, mas há poucas semanas, o S&P 500 estava na máxima recorde, enquanto o europeu atingia a maior cotação em vários anos.

"Há um aumento da aversão a risco devido a uma menor expectativa de crescimento global", observa o gestor Joaquim Kokudai, Effectus Investimentos, que considera o movimento uma grande realização de lucros e um pouco exagerado.

O índice Vix de volatilidade, um termômetro do nervosismo dos mercados, apurava elevação de 8 por cento.

Ele destacou que a deterioração externa somou-se à tensão doméstica com o cenário eleitoral. "Trouxe um componente adicional e importante de volatilidade", ressaltou.

Na véspera, pesquisas Datafolha e Ibope mostraram estabilidade e empate técnico na disputa eleitoral, mas enquanto presidente Dilma Rousseff (PT) viu sua rejeição diminuir a do candidato tucano subiu. "A agressividade da campanha petista, com o objetivo de desconstruir a candidatura tucana vem surtindo efeito e a rejeição de Aécio Neves está muito próxima à Dilma Rousseff", diz o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets.

As ações da Petrobras , fortemente ligadas ao panorama eleitoral, apareciam entre as maiores perdas do índice, embora ainda acumulem ganho no mês de outubro.

NOTÍCIAS CORPORATIVAS As ações da Oi recuavam 5,2 por cento, após o conselho de administração da empresa de telecomunicações aprovar proposta de grupamento da totalidade de ações ONs e PNs da companhia, na razão de dez para uma. MRV tinha queda de 0,7 por cento, após reportar que as vendas contratadas da companhia subiram 5,7 por cento no terceiro trimestre sobre um ano antes. Já os lançamentos da companhia cresceram 17,3 por cento na mesma base. Porém, a empresa apurou recuos em ambas as linhas na comparação com o segundo trimestre. As ações de bancos seguiam a tendência e também recuavam , apesar da decisão do Banco Central de permitir que sejam incluídos também os empréstimos para capital de giro no cálculo para o recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo.

O dólar em alta ajudava as ações de Suzano e Fibria, que têm a receitas impactadas por exportações, a trabalhar no azul.

Fora do Ibovespa, os papéis da MMX Mineração e Metálicos despencavam 16,6 por cento depois que a MMX Sudeste Mineração dar entrada com pedido de recuperação judicial em caráter de urgência. Veja as maiores baixas e altas do Ibovespa às 11h08: BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação PETROBRAS PN 19,06 -5,41% PETROBRAS ON 18,05 -5,1% OI PN 1,28 -5,19% BMF BOVESPA ON 11,96 -4,7% BR PROPERT ON 12,24 -4,15% ENERGIAS BR ON 9,67 -3,97% MARFRIG ON 6,35 -3,79% LOCALIZA ON 35,74 -3,77% EVEN ON 5,37 -3,76% COSAN ON 35,16 -3,67% Ação Código Preço(R$) Variação SUZANO PAPEL PNA 9 0,33% FIBRIA ON 24,83 0,12% (Edição Alberto Alerigi Jr.)

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São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava fortemente pelo segundo pregão consecutivo nesta quinta-feira, contaminado pelo o movimento de desalavancagem nos mercados financeiros no exterior em meio a preocupações sobre a dinâmica do crescimento global.

Pesquisas eleitorais confirmando empate técnico na disputa presidencial também estavam no radar, e corroboravam o viés de baixa ao mostrar aumento na rejeição ao candidato do PSDB, Aécio Neves, revelado pelo Datafolha.

Às 11h09, o Ibovespa recuava 2,61 por cento, a 54.672 pontos, com praticamente todas as ações da carteira teórica no vermelho. O volume financeiro do pregão somava 2,33 bilhões de reais.

A mudança na percepção sobre a força da economia mundial e a leitura de que bancos centrais podem não atuar de forma tão agressiva levaram muitos investidores a embolsarem lucros recentes e reduzirem suas posições em ativos mais arriscados.

Nesta sessão, o europeu FTSEurofirst 300 tocou a mínima de 13 meses e norte-americano S&P 500 cedia 0,9 por cento, mas há poucas semanas, o S&P 500 estava na máxima recorde, enquanto o europeu atingia a maior cotação em vários anos.

"Há um aumento da aversão a risco devido a uma menor expectativa de crescimento global", observa o gestor Joaquim Kokudai, Effectus Investimentos, que considera o movimento uma grande realização de lucros e um pouco exagerado.

O índice Vix de volatilidade, um termômetro do nervosismo dos mercados, apurava elevação de 8 por cento.

Ele destacou que a deterioração externa somou-se à tensão doméstica com o cenário eleitoral. "Trouxe um componente adicional e importante de volatilidade", ressaltou.

Na véspera, pesquisas Datafolha e Ibope mostraram estabilidade e empate técnico na disputa eleitoral, mas enquanto presidente Dilma Rousseff (PT) viu sua rejeição diminuir a do candidato tucano subiu. "A agressividade da campanha petista, com o objetivo de desconstruir a candidatura tucana vem surtindo efeito e a rejeição de Aécio Neves está muito próxima à Dilma Rousseff", diz o analista Marco Aurélio Barbosa, da CM Capital Markets.

As ações da Petrobras , fortemente ligadas ao panorama eleitoral, apareciam entre as maiores perdas do índice, embora ainda acumulem ganho no mês de outubro.

NOTÍCIAS CORPORATIVAS As ações da Oi recuavam 5,2 por cento, após o conselho de administração da empresa de telecomunicações aprovar proposta de grupamento da totalidade de ações ONs e PNs da companhia, na razão de dez para uma. MRV tinha queda de 0,7 por cento, após reportar que as vendas contratadas da companhia subiram 5,7 por cento no terceiro trimestre sobre um ano antes. Já os lançamentos da companhia cresceram 17,3 por cento na mesma base. Porém, a empresa apurou recuos em ambas as linhas na comparação com o segundo trimestre. As ações de bancos seguiam a tendência e também recuavam , apesar da decisão do Banco Central de permitir que sejam incluídos também os empréstimos para capital de giro no cálculo para o recolhimento compulsório sobre depósitos a prazo.

O dólar em alta ajudava as ações de Suzano e Fibria, que têm a receitas impactadas por exportações, a trabalhar no azul.

Fora do Ibovespa, os papéis da MMX Mineração e Metálicos despencavam 16,6 por cento depois que a MMX Sudeste Mineração dar entrada com pedido de recuperação judicial em caráter de urgência. Veja as maiores baixas e altas do Ibovespa às 11h08: BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação PETROBRAS PN 19,06 -5,41% PETROBRAS ON 18,05 -5,1% OI PN 1,28 -5,19% BMF BOVESPA ON 11,96 -4,7% BR PROPERT ON 12,24 -4,15% ENERGIAS BR ON 9,67 -3,97% MARFRIG ON 6,35 -3,79% LOCALIZA ON 35,74 -3,77% EVEN ON 5,37 -3,76% COSAN ON 35,16 -3,67% Ação Código Preço(R$) Variação SUZANO PAPEL PNA 9 0,33% FIBRIA ON 24,83 0,12% (Edição Alberto Alerigi Jr.)

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