ATUALIZA2-Americanas nega incorporar B2W, que dispara na bolsa
(Texto acrescido de cotação de fechamento) SÃO PAULO, 10 de janeiro (Reuters) - A Lojas Americanas informou nesta segunda-feira que não "há qualquer estudo em andamento ou decisão" para aquisição da totalidade das ações de sua controlada B2W , o que poderia resultar no fechamento do capital da empresa de comércio eletrônico. As ações da […]
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 17h42.
(Texto acrescido de cotação de fechamento)
SÃO PAULO, 10 de janeiro (Reuters) - A Lojas Americanas
informou nesta segunda-feira que não "há qualquer
estudo em andamento ou decisão" para aquisição da totalidade
das ações de sua controlada B2W , o que poderia
resultar no fechamento do capital da empresa de comércio
eletrônico.
As ações da B2W reduziram a valorização imediatamente após
o comunicado da Lojas Americanas enviado no meio da tarde, mas
em seguida voltaram a acelerar para encerrar o dia praticamente
na máxima da sessão, com ganho de 7 por cento, a 34,24 reais.
Já os papéis da Americanas perderam 0,70 por cento, a 15,53
reais. O Ibovespa terminou com variação positiva de 0,1 por
cento.
Embora tenha negado estudos para incorporar a B2W, a
Americanas disse que "está sempre analisando a possibilidade de
aumentar a eficiência de sua estrutura empresarial" em nota
enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O Valor Econômico publicou na edição desta segunda-feira
que a Lojas Americanas estaria em negociações para adquirir o
total das ações em circulação da B2W e fechar seu capital.
Citando fontes, o jornal afirmou que a operação, que
deveria acontecer por meio de incorporação, ocorreria no atual
trimestre.
A Lojas Americanas detém quase 55 por cento do capital da
empresa de comércio eletrônico dona dos sites Americanas.com,
Submarino e Shoptime.
Ainda de acordo com o Valor Econômico, a preços de mercado,
a operação seria de cerca de 1,7 bilhão de reais.
Procuradas pela Reuters no início do dia, ambas as empresas
não quiseram comentar o assunto.
Para o analista Mário Bernardes, do BB Investimentos, a
aquisição da B2W garantiria à Americanas maior poder sobre sua
controlada, reduzindo custos.
"Por outro lado, gastaria caixa que poderia ser investido
na parte operacional (da B2W) para ajudá-la a enfrentar a
concorrência", disse ele. "Se adquirir (a B2W), Americanas terá
que se endividar, e ela já é uma empresa bastante endividada",
acrescentou.
Ao longo de 2010, a B2W foi pressionada pela intensificação
da concorrência no varejo online e por queda nas margens,
contrariando o cenário favorável para o consumo doméstico.
Refletindo a preocupação do mercado, as ações da B2W
tiveram queda acumulada de 34 por cento em 2010, respondendo
pelo pior desempenho entre os papéis da carteira teórica do
Ibovespa , principal índice do mercado acionário
brasileiro.
Em agosto passado, a B2W informou que até o final de 2010
terminaria de estruturar sua plataforma de unificação de
marcas. Mas, após sofrer uma queda de 75 por cento no lucro
líquido do terceiro trimestre, a varejista online estimou em
novembro que a integração de suas operações deveria ser
concluída apenas no início deste ano.
O longo prazo para unificar as operações tecnológica e de
logística das marcas Submarino, Americanas.com e Shoptime é
apontado por analistas do setor como um um dos fatores de maior
peso nos resultados da B2W. Para eles, o ganho em eficiência
operacional é fundamental para que a companhia enfrente a
concorrência e volte a conquistar a credibilidade de
investidores.
(Por Vivian Pereira; Edição de Cesar Bianconi)
(Texto acrescido de cotação de fechamento)
SÃO PAULO, 10 de janeiro (Reuters) - A Lojas Americanas
informou nesta segunda-feira que não "há qualquer
estudo em andamento ou decisão" para aquisição da totalidade
das ações de sua controlada B2W , o que poderia
resultar no fechamento do capital da empresa de comércio
eletrônico.
As ações da B2W reduziram a valorização imediatamente após
o comunicado da Lojas Americanas enviado no meio da tarde, mas
em seguida voltaram a acelerar para encerrar o dia praticamente
na máxima da sessão, com ganho de 7 por cento, a 34,24 reais.
Já os papéis da Americanas perderam 0,70 por cento, a 15,53
reais. O Ibovespa terminou com variação positiva de 0,1 por
cento.
Embora tenha negado estudos para incorporar a B2W, a
Americanas disse que "está sempre analisando a possibilidade de
aumentar a eficiência de sua estrutura empresarial" em nota
enviada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O Valor Econômico publicou na edição desta segunda-feira
que a Lojas Americanas estaria em negociações para adquirir o
total das ações em circulação da B2W e fechar seu capital.
Citando fontes, o jornal afirmou que a operação, que
deveria acontecer por meio de incorporação, ocorreria no atual
trimestre.
A Lojas Americanas detém quase 55 por cento do capital da
empresa de comércio eletrônico dona dos sites Americanas.com,
Submarino e Shoptime.
Ainda de acordo com o Valor Econômico, a preços de mercado,
a operação seria de cerca de 1,7 bilhão de reais.
Procuradas pela Reuters no início do dia, ambas as empresas
não quiseram comentar o assunto.
Para o analista Mário Bernardes, do BB Investimentos, a
aquisição da B2W garantiria à Americanas maior poder sobre sua
controlada, reduzindo custos.
"Por outro lado, gastaria caixa que poderia ser investido
na parte operacional (da B2W) para ajudá-la a enfrentar a
concorrência", disse ele. "Se adquirir (a B2W), Americanas terá
que se endividar, e ela já é uma empresa bastante endividada",
acrescentou.
Ao longo de 2010, a B2W foi pressionada pela intensificação
da concorrência no varejo online e por queda nas margens,
contrariando o cenário favorável para o consumo doméstico.
Refletindo a preocupação do mercado, as ações da B2W
tiveram queda acumulada de 34 por cento em 2010, respondendo
pelo pior desempenho entre os papéis da carteira teórica do
Ibovespa , principal índice do mercado acionário
brasileiro.
Em agosto passado, a B2W informou que até o final de 2010
terminaria de estruturar sua plataforma de unificação de
marcas. Mas, após sofrer uma queda de 75 por cento no lucro
líquido do terceiro trimestre, a varejista online estimou em
novembro que a integração de suas operações deveria ser
concluída apenas no início deste ano.
O longo prazo para unificar as operações tecnológica e de
logística das marcas Submarino, Americanas.com e Shoptime é
apontado por analistas do setor como um um dos fatores de maior
peso nos resultados da B2W. Para eles, o ganho em eficiência
operacional é fundamental para que a companhia enfrente a
concorrência e volte a conquistar a credibilidade de
investidores.
(Por Vivian Pereira; Edição de Cesar Bianconi)