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Atuação do governo incentiva especulação de curto prazo no câmbio, diz SocGén

Mais atividade do tipo poderia ter um efeito prejudicial sobre a confiança e a inflação, diz estrategista

“Os investidores de longo prazo no Brasil estão observando pacientemente", explica Galy (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de março de 2012 às 15h16.

São Paulo – As recentes medidas do governo para conter a valorização do real em relação ao dólar abriram espaço para uma maior atuação dos investidores de curto prazo no câmbio, explica Sebastien Galy, estrategista sênior de câmbio do Société Générale.

“As alterações do governo na taxação impulsionaram o dólar bruscamente, levando a uma maior atividade dos investidores de curto prazo. Mais atividade do tipo poderia ter um efeito prejudicial sobre a confiança e a inflação”, disse Galy para EXAME.com. O dólar em relalção ao real tem alta de 3,8% em 2012.

Segundo a CME, maior bolsa de futuros do mundo, os negócios com a moeda brasileira saltaram 425% em 2011 enquanto os volumes de mercados emergentes, na média, subiram 42% na comparação com o ano anterior.

O ministério da Fazenda anunciou na segunda-feira a elevação para cinco anos do prazo para incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6% para empréstimos no exterior. A medida veio apenas onze dias após o aumento para três anos do prazo.

“Dinheiro de curto prazo pressiona nossa moeda. Se não tivéssemos tomando medidas como essas e a compra de dólares, nós estaríamos com o câmbio a US$ 1,40 e toda a indústria estaria quebrada. Não teríamos competitividade”, disse o ministro Guido Mantega em uma audiência no Senado Federal na terça-feira.

“Os investidores de longo prazo no Brasil estão observando pacientemente, julgando e se adaptando para um cenário mais complexo”, explica Galy.

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“As alterações do governo na taxação impulsionaram o dólar bruscamente, levando a uma maior atividade dos investidores de curto prazo. Mais atividade do tipo poderia ter um efeito prejudicial sobre a confiança e a inflação”, disse Galy para EXAME.com. O dólar em relalção ao real tem alta de 3,8% em 2012.

Segundo a CME, maior bolsa de futuros do mundo, os negócios com a moeda brasileira saltaram 425% em 2011 enquanto os volumes de mercados emergentes, na média, subiram 42% na comparação com o ano anterior.

O ministério da Fazenda anunciou na segunda-feira a elevação para cinco anos do prazo para incidência do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 6% para empréstimos no exterior. A medida veio apenas onze dias após o aumento para três anos do prazo.

“Dinheiro de curto prazo pressiona nossa moeda. Se não tivéssemos tomando medidas como essas e a compra de dólares, nós estaríamos com o câmbio a US$ 1,40 e toda a indústria estaria quebrada. Não teríamos competitividade”, disse o ministro Guido Mantega em uma audiência no Senado Federal na terça-feira.

“Os investidores de longo prazo no Brasil estão observando pacientemente, julgando e se adaptando para um cenário mais complexo”, explica Galy.

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