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As melhores e piores ações dos bancos que você não vê na rua

HSBC vê oportunidade em papéis negociados a um desconto em relação aos bancos gigantes

Para o HSBC, o Bic Banco é um dos bancos preferidos do segmento (Wania Corredo)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 16h21.

São Paulo – Há oportunidades nos bancos médios listados na bolsa brasileira com um desconto “confortável” em relação aos gigantes que atendem ao varejo, apontam os analistas do HSBC em um relatório publicado nesta semana. “Acreditamos que existem nomes de qualidade no universo de bancos de médio porte, negociados com avaliações atrativas”, explicam Victor Galliano e Mariel Santiago, que assinam a análise.

O HSBC analisou 7 ações de bancos que se dividem principalmente em dois segmentos de atuação. Um grupo foca na concessão de empréstimos para empresas, que buscam alternativas após não conseguirem um tratamento especial dos grandes do setor. É o chamado Middle Market.

Os principais representantes são o ABC Brasil, BicBanco, Sofisa, Daycoval e Pine. Os demais têm uma operação mais voltada para o crédito consignado, com destaque para o Cruzeiro do Sul e Paraná Banco. Alguns também operam com o crédito automotivo, como o Daycoval e o Sofisa.

Prós e contras

Para os analistas, os maiores problemas estão concentrados nos focados em crédito ao consumidor. “Apesar dos aspectos estruturais melhores de qualidade do crédito desse segmento, a longa duração dos vencimentos e as pressões competitivas expõem os bancos que concedem esse tipo de crédito a uma erosão das taxas de juros em novos empréstimos, bem como ao risco de pagamento antecipado – uma vez que os credores refinanciam com taxas mais baixas – os empréstimos existentes”, ressaltam.


Eles também são os que mais fazem uso do DPGE (Depósitos a Prazo com Garantia Especial), que são linhas de financiamento mais caras, porém garantidas pelo governo até 20 milhões de reais.

“Os bancos com foco no middle market também têm desafios a enfrentar em termos de captação no atual ambiente global difícil, mas não no mesmo nível dos voltados ao crédito consignado – uma vez que estes têm um desafio maior em termos dos vencimentos de crédito/captação”, afirmam.

As apostas

“Apesar de termos observado um aumento recente no preço dos principais nomes de médio porte, ainda acreditamos que nossas apostas preferidas no segmento, a saber, ABC Brasil, Pine e BIC são negociados a um desconto atrativo no múltiplo P/VP (Preço sobre o Valor Patrimonial) prospectivo em relação aos grandes bancos, especialmente Itaú Unibanco e Bradesco, como mostra a tabela na página anterior”, apontam.

Segundo os cálculos do HSBC, os papéis do ABC, PINE e Bic são negociados a um desconto de 54%, 57% e 45%. "As principais ações que classificamos como UW [underweight - alocação abaixo da média] continuam sendo Cruzeiro do Sul e Sofisa, com sua liquidez e índices de crédito/captação piores que os pares e em virtude do prêmio presente na avaliação do Cruzeiro", concluem.

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São Paulo – Há oportunidades nos bancos médios listados na bolsa brasileira com um desconto “confortável” em relação aos gigantes que atendem ao varejo, apontam os analistas do HSBC em um relatório publicado nesta semana. “Acreditamos que existem nomes de qualidade no universo de bancos de médio porte, negociados com avaliações atrativas”, explicam Victor Galliano e Mariel Santiago, que assinam a análise.

O HSBC analisou 7 ações de bancos que se dividem principalmente em dois segmentos de atuação. Um grupo foca na concessão de empréstimos para empresas, que buscam alternativas após não conseguirem um tratamento especial dos grandes do setor. É o chamado Middle Market.

Os principais representantes são o ABC Brasil, BicBanco, Sofisa, Daycoval e Pine. Os demais têm uma operação mais voltada para o crédito consignado, com destaque para o Cruzeiro do Sul e Paraná Banco. Alguns também operam com o crédito automotivo, como o Daycoval e o Sofisa.

Prós e contras

Para os analistas, os maiores problemas estão concentrados nos focados em crédito ao consumidor. “Apesar dos aspectos estruturais melhores de qualidade do crédito desse segmento, a longa duração dos vencimentos e as pressões competitivas expõem os bancos que concedem esse tipo de crédito a uma erosão das taxas de juros em novos empréstimos, bem como ao risco de pagamento antecipado – uma vez que os credores refinanciam com taxas mais baixas – os empréstimos existentes”, ressaltam.


Eles também são os que mais fazem uso do DPGE (Depósitos a Prazo com Garantia Especial), que são linhas de financiamento mais caras, porém garantidas pelo governo até 20 milhões de reais.

“Os bancos com foco no middle market também têm desafios a enfrentar em termos de captação no atual ambiente global difícil, mas não no mesmo nível dos voltados ao crédito consignado – uma vez que estes têm um desafio maior em termos dos vencimentos de crédito/captação”, afirmam.

As apostas

“Apesar de termos observado um aumento recente no preço dos principais nomes de médio porte, ainda acreditamos que nossas apostas preferidas no segmento, a saber, ABC Brasil, Pine e BIC são negociados a um desconto atrativo no múltiplo P/VP (Preço sobre o Valor Patrimonial) prospectivo em relação aos grandes bancos, especialmente Itaú Unibanco e Bradesco, como mostra a tabela na página anterior”, apontam.

Segundo os cálculos do HSBC, os papéis do ABC, PINE e Bic são negociados a um desconto de 54%, 57% e 45%. "As principais ações que classificamos como UW [underweight - alocação abaixo da média] continuam sendo Cruzeiro do Sul e Sofisa, com sua liquidez e índices de crédito/captação piores que os pares e em virtude do prêmio presente na avaliação do Cruzeiro", concluem.

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