Exame Logo

Arábia Saudita pode vender US$15 bi em títulos, dizem fontes

A Arábia Saudita está estudando a venda de até US$ 15 bilhões em títulos na primeira incursão do país nos mercados de capitais internacionais, disseram fontes

Arábia Saudita: a Arábia Saudita está estudando uma venda de até US$ 10 bilhões em títulos de cinco, 10 e 30 anos após o fim do Ramadã, dizem fontes (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2016 às 21h47.

A Arábia Saudita está estudando a venda de até US$ 15 bilhões em títulos neste ano naquela que seria a primeira incursão do país nos mercados de capitais internacionais, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

Incentivada pela emissão recorde do Catar, realizada na semana passada, a Arábia Saudita está estudando uma venda de até US$ 10 bilhões em títulos de cinco, 10 e 30 anos após o fim do Ramadã, em julho, disseram as pessoas.

Nenhuma decisão final foi tomada e as discussões ainda estão em estágios preliminares, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as conversas são privadas.

Os governos dos seis países do Conselho de Cooperação do Golfo, dentre eles a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, as duas maiores economias árabes, estão se voltando para os mercados públicos depois que a queda dos preços do petróleo deixou buracos em seus orçamentos.

Na semana passada, o Catar atraiu US$ 23 bilhões em pedidos para sua venda de US$ 9 bilhões, a maior já feita no Oriente Médio. Abu Dhabi captou US$ 5 bilhões com a venda de títulos de cinco e 10 anos em abril e Dubai estaria preparando uma venda de títulos internacionais neste ano.

“O governo falou em elevar a relação entre dívida e PIB de praticamente zero atualmente -- deve estar em 5 por cento ou 6 por cento agora -- para 50 por cento em cerca de cinco anos”, disse Fahd Iqbal, chefe de pesquisa do Credit Suisse no Oriente Médio, em entrevista à Bloomberg TV nesta quarta-feira. “Por isso, este é realmente o primeiro passo de um plano maior e se eles atingirem a meta de 50 por cento, o que é bastante difícil em cinco anos, isso resultaria em algo da ordem de US$ 350 bilhões”.

O ministério das Finanças da Arábia Saudita não respondeu imediatamente aos telefonemas em busca de comentário.

As vendas de títulos do Oriente Médio e do Norte da África já subiram a um recorde de US$ 32 bilhões neste ano, segundo dados compilados pela Bloomberg. Nesta quarta-feira, Omã também anunciou planos de emissão de títulos.

Primeiro empréstimo

A Arábia Saudita está passando por uma reformulação econômica, liderada pelo vice-príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, para se preparar para uma era pós-petróleo. Um dos maiores desafios do governo será lidar com a pior desaceleração econômica desde a crise financeira global. As autoridades estão reduzindo investimentos para fechar um déficit orçamentário que atingiu cerca de 15 por cento do produto interno bruto em 2015.

A classificação de crédito do reino foi reduzida de Aa3 para A1 no mês passado, no segundo corte realizado neste ano pela Moody’s Investors Service. A classificação do reino também foi reduzida pela Fitch Ratings e pela S&P Global Ratings no início de 2016.

Veja também

A Arábia Saudita está estudando a venda de até US$ 15 bilhões em títulos neste ano naquela que seria a primeira incursão do país nos mercados de capitais internacionais, disseram pessoas com conhecimento do assunto.

Incentivada pela emissão recorde do Catar, realizada na semana passada, a Arábia Saudita está estudando uma venda de até US$ 10 bilhões em títulos de cinco, 10 e 30 anos após o fim do Ramadã, em julho, disseram as pessoas.

Nenhuma decisão final foi tomada e as discussões ainda estão em estágios preliminares, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as conversas são privadas.

Os governos dos seis países do Conselho de Cooperação do Golfo, dentre eles a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, as duas maiores economias árabes, estão se voltando para os mercados públicos depois que a queda dos preços do petróleo deixou buracos em seus orçamentos.

Na semana passada, o Catar atraiu US$ 23 bilhões em pedidos para sua venda de US$ 9 bilhões, a maior já feita no Oriente Médio. Abu Dhabi captou US$ 5 bilhões com a venda de títulos de cinco e 10 anos em abril e Dubai estaria preparando uma venda de títulos internacionais neste ano.

“O governo falou em elevar a relação entre dívida e PIB de praticamente zero atualmente -- deve estar em 5 por cento ou 6 por cento agora -- para 50 por cento em cerca de cinco anos”, disse Fahd Iqbal, chefe de pesquisa do Credit Suisse no Oriente Médio, em entrevista à Bloomberg TV nesta quarta-feira. “Por isso, este é realmente o primeiro passo de um plano maior e se eles atingirem a meta de 50 por cento, o que é bastante difícil em cinco anos, isso resultaria em algo da ordem de US$ 350 bilhões”.

O ministério das Finanças da Arábia Saudita não respondeu imediatamente aos telefonemas em busca de comentário.

As vendas de títulos do Oriente Médio e do Norte da África já subiram a um recorde de US$ 32 bilhões neste ano, segundo dados compilados pela Bloomberg. Nesta quarta-feira, Omã também anunciou planos de emissão de títulos.

Primeiro empréstimo

A Arábia Saudita está passando por uma reformulação econômica, liderada pelo vice-príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, para se preparar para uma era pós-petróleo. Um dos maiores desafios do governo será lidar com a pior desaceleração econômica desde a crise financeira global. As autoridades estão reduzindo investimentos para fechar um déficit orçamentário que atingiu cerca de 15 por cento do produto interno bruto em 2015.

A classificação de crédito do reino foi reduzida de Aa3 para A1 no mês passado, no segundo corte realizado neste ano pela Moody’s Investors Service. A classificação do reino também foi reduzida pela Fitch Ratings e pela S&P Global Ratings no início de 2016.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaMercado financeiroOriente MédioTítulos públicos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mercados

Mais na Exame